segunda-feira, abril 28, 2008

Ainda do fim de semana

Passeios a pé, ao sol. À parva. Até ao castelo, mas pelas ruas erradas. A descobrir ruas com casas que desafiam a legislação predial e a gravidade. Com escadas intermédias, meios andares, anexos, nichos, capoeiras e afins. Miséria is very tipical...

quinta-feira, abril 24, 2008

Visitas

Sonhei com o meu pai. Estava igual, bem disposto, bem presente. Estávamos em casa do meu avô, em ruinas. Ele esteve a dizer-me o que fazer à casa, para chamar um carpinteiro, para não deixar a casa assim. Instrucções. Cá fora, já havia gente a cobiçar as madeiras das tulhas, mesmo estragadas.

terça-feira, abril 22, 2008

Merda

O chamado dia-de-merda hoje ganhou novo significado para mim. E ainda não acabou. Ainda tenho de ir a uma dicionário de exageros para descrever isto...

Ai a minha vida...

sábado, abril 19, 2008

Dos taxistas

Ontem apanhei o chamado "ginjas". O da carinha matreira, cheio de tiques de engatatão old-school, que tem aquela pronuncia eloquente de bairro. Gestos cúmplices a falar, gestos de quem está a permanentemente a vender a banha da cobra.
O Ginjas vinha todo contente: tinha vindo do baile das viuvas, e a noite tinha-le corrido bem - apesar de não ter facturado - tinha ganho o interesse de uma senhora em particular, o que lhe massajou o ego o suficiente para se gabar do feito ainda assim.
Explicou então, com detalhe, que esquema usam os taxistas para ganhar uns cobres à conta das seguradoras. É claro que não é visto como uma desonestidade da classe. É um modo de vida, só.
Não sabem como a vida tá dificil?

sexta-feira, abril 18, 2008

Um pedido

Há uns tempos recebi um mail de um ex-colega de turma que rezava qualquer coisa assim: "preciso de ajuda: preciso de alugar um t2 em lisboa, central, no maximo 500€. Eu sei que é dificil, se não fosse não pedia ajuda."

o meu cérebro ficou em silêncio uns segundos...

....Deixo aqui o mesmo pedido, não custa nada. Pretty please?

quinta-feira, abril 17, 2008

Ai é?

Houve jogo ontem, foi?


edit - depois de ouvir 2 vezes a mesma boca, deixo aqui o esclarecimento: Não é charme nem elitismo, é mesmo não ligar à trampa da bola.

quarta-feira, abril 16, 2008

Aniversário

Dois anos a perder-me na cidade que já não se nota, só porque não nos perdemos nela como deviamos. Em Lisboa, é partir das Amoreiras até São Bento, ver os antiquários, descobrir os cantos à casa repetindo transversais, ir ao engano e voltar a encontrar o caminho, orientado pelo rio lá em baixo. Nem reparava, 2 anos a debitar neste blog. Não parece.

O gozo de escrever, esse, está instalado. Que se lixe.

Já estou a ver a porra do resultado da autópsia

"Instituto de Medicina Legal de Lisboa informa que , tal tal, com 33 anos - bem conservados - e o médico legista tal tal, declara que a vitima faleceu de azia. Lisboa, 16 de Abril de 2008"

Não há nada que pare isto?

sexta-feira, abril 11, 2008

A verdade é que...

A minha cabeça parece uma máquina de lavar.

Não é o tamanho. Eu sei que é grande. Mas é uma metáfora. Mais uma. É pra demonstrar que é confusa. As pessoas pensam "ah, maquina de lavar, sempre às voltas pois". É por aí. género " cuecas e meias verdes misturadas com t-shirts, camisolas e calças cheias de trocos e recibos do multibanco". As pessoas vêm logo uma granda confusão. Isto se pensarem em imagens. se não, se calhar a metáfora não funciona. Podia dizer só que a minha cabeça parece algo muito distraido e desorientado, mas não tinha piada como a maquina-de-lavar.

quinta-feira, abril 10, 2008

Estórias

Adoro ouvir estórias. Reais. De taxistas, por exemplo. Mostram como uma fraca figura esconde coisas inimagináveis. É de rir, ir vendo a personagem a surgir aos poucos. E como a realidade é cómica, inesperada e no fundo, irreal. A televisão anda a enganar-nos, parece. A porra da novela não é nada comparada com a vida da vizinha do 5º esquerdo.
Ontem ouvi estórias, mas ficções. Contadas por um actor, estórias a contar com toda a gente à volta. Coisa que normalmente deixamos de ouvir a partir de certa idade. Mas afinal há contos para crescidos. E há tertulias.

quarta-feira, abril 09, 2008

Adverbismo

Tenho um caso grave de Adverbismo Sentencial, já devem ter reparado, certamente. Infelizmente é algo mais forte que eu, e que sinceramente me preocupa. É praticamente impossível fazer uma frase em que não coloque um advérbio. Honestamente. E para quem só me conhece porque segue este blog religiosamente, esclareço: Mesmo em conversa, os advérbios aparecem permanentemente. É um cansaço para quem ouve, de certeza. Sei que tenho isto desde os 6 anos, quando aprendi a ler, e descobri palavras que achava engraçadas. Agora, 3 décadas passadas, dificilmente os largo. Há truques ou tenho de andar com um dicionário de sinónimos?

terça-feira, abril 08, 2008

Net, porquê?

Perguntem, porquê tanto tempo perdido na Net? Porque é uma pena perder o mundo de vista. Porque não me é possível ignorar o que se passa numa aldeia norueguesa onde uma italiana de origem malaia que vive numa casa que mostra na webcam, faz cupcakes de uma receita que encontrou num site brasileiro para o seu gato egípcio e para o marido japonês que trabalha como webdesigner mas cuja verdadeira paixão é o steampunk e que já perdeu anos de vida a fazer escultura, depois de ter desistido da bola de elásticos a meio. Claro que é uma parvoíce, mas sendo ele um warcrafter convicto, não ia pensar em mais nada.

quinta-feira, abril 03, 2008

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar
E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão
Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir
E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão
Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Eu sei que nenhuma vai ganhar

é do JP, é.

quarta-feira, abril 02, 2008

Miss Mina Terrestre

Tenho tolerância q.b. para aceitar todo o tipo de exposições públicas por parte de qualquer tipo de minoria oprimida. Façam marchas, insultem, imolem-se, manifestem-se, gritem,espanquem-se, lutem, pintem paredes, façam concursos de beleza para miúdas amputadas por minas, façam...

Espera.

Miss Mina Terrestre... Isto não é falta de gosto? É pelo menos, uma boa piada. Para quem anda sempre à procura de piadas fáceis, esta é demasiado fácil. é bater no ceguinho ( ou no caso, o coxo.. ) ( lá está, a piada fácil.)
Percebo a necessidade de chamar a atenção ao problema. mas...

Diga-se que a minha primeira reacção foi "acho bem, pra mostrar como é viver num país assim". Mas depois começo a pensar...