terça-feira, fevereiro 19, 2013

Odisseia II

3 da manhã. O caminho vai afunilando: da autoestrada passamos para a nacional, da nacional para as secundárias, os casais, casario isolado, tudo caminhos conhecidos do Pascoal.
Chegamos a uma quinta, muros altos, o parque de estacionamento privado cheio. Passamos o triciclo dos ciganos com um tipo a ressacar ao lado e fico de olho na carrinha dos hambergueres ainda vazia de gente. Ainda vai dar jeito, pensei.
Passamos a revista, a 3ª da noite, cartão de consumo e estamos no corredor. Do lado direito há uma varanda com lareira, vazia. Ninguém está à frente dela porque lá mais ao fundo está muito mais calor.
São 20 metros de balcão. O balcão ocupa mais espaço que o bar em si e isto não é por acaso: Para quê perder espaço para andar ou dançar quando isso é secundário? O balcão desproporcionado serve de palco para brasileiras com pouca roupa e de corpo desproporcionado - ou bem proporcionado, para brasileiras - abanarem o cu ao som de duplas sertanejas. Os homens estão todos colados aos balcões e nem uma orelha abanam ao ritmo da musica. Estão ocupados a olhar para as meninas. Não precisam de dançar nem de se divertir. Umas horas de cu-vision em 16:9 e é como uma ida a Sierra Nevada ou as Caraíbas. A miuda à minha frente, que  - não sei se era da perspectiva, mas parecia-me vítima de microcefalia - abanava 2 cus - é a taxa de conversão Brasil/Portugal, uma bunda são dois cus - a 10 cm da minha cara e tanta anatomia nem sei que escrever é como conhecer uma quarta dimensão quando se viveu sempre em 3 o espaço não espera isto a profundidade expressa pouco a largura não chega a altura nem vem ao caso vou buscar mais uma mini, uma mini são 2 euros porra. Passam umas russas, trocam de dupla sertaneja mas a batida é sempre igual, as brasileiras e as russas são todas igualmente louras distinguem-se pelo crescimento, as russas crescem sem ritmo por isso crescem mais na vertical e não precisam de lentes de contacto para terem olhos azuis e um par de mamas gigante, as brasileiras abanam muito desde pequenas e nunca vingam na vertical. As lentes de contacto não percebo como influenciam isto.
Pascoal o habitué habitual mete conversa com a Jocileine, mais uma que ele jura que até gosta dele e que é mesmo boa moça e vamos andando.
Continua

3 comentários:

trollofthenorth disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
trollofthenorth disse...

Seja como for, parece uma evolução natural. Isto depois da Fabiana. -_-

Prezado disse...

E ainda nem vai a meio.