Hoje li demasiadas barbaridades, nem consigo estruturar o pensamento para escrever.
Deve ser assim que se sente o Gustavo todos os dias. Um tipo que saiu debaixo de uma pedra algures numa sala de estar na Ameixoeira e que se fez guru de auto-ajuda. Deus sabe: Não aguento gente que faz vida e dinheiro à conta de crenças. Até prova em contrário, são sanguessugas. Digo até prova em contrário enquanto meto o pé na porta para a esperança na humanidade ainda poder entrar. Nunca se sabe, o altruísmo existe. Pode ser que seja real neste caso, mesmo que esteja debaixo de um manto espesso de burrice. O Gustavo saiu de onde tinha pé - falar de vibrações e metafísica de pacote - , opinou sobre liberdade de expressão e trocou-se todo. Aos cartoonistas cabia-lhes não ofender homicidas fazendo desenhos ofensivos - Não percebo isto, um cartoonista não tem de seguir as vibrações do universo que o levam a desenhar? - mas sobre os homicidas já foi mais compreensivo, - esses seguem as vibrações do universo também, ou não? - porque os cartoonistas não deviam andar a provocar homicidas propositadamente. Claro que Gustavo nem se lembra que isso de provocar é só uma visão gustavo-centrica do mundo, como a visão dos homicidas.
Estava eu a pensar que isto ia passar e que até era bom ter ideias diferentes na mesa, e aparece o Rui Sinel de Cordes com mais umas ideias.
Primeiro, percebi que o Gustavo e o Rui Sinel de Cordes têm o mesmo problema de guarda-roupa, um manto de burrice. Espesso. Não passam frio, não.
Este, ressabiado, alvitrou o óbvio, que as pessoas de repente são todas Charlie, sem saberem bem do que se trata. Chama-se a isso "habitual". Mas depois o Rui lançou esta: A sociedade portuguesa é muito atrasada para perceber o humor do Rui, que é um colosso de genialidade, e não lhe oferece as oportunidades que ele merece. Mas espera. Eu ajudo aqui: Eu gosto de humor negro e nunca achei piada a nada do que o Rui faz porque ele é um Nilton para maiores de 18. Diz uma piada normal, à Nilton, mas mete-lhe uma caralhada extra no fim. Tipo "ah, a Angela Merkel esteve em Frankfurt? espero que tenha trazido salsichas de judeu, caralho.".
Eu ainda esperei uma punchline no fim, mas não, ele estava mesmo a falar a sério.
2 comentários:
Os aproveitadores saem da toca em momentos que lhes garantem visibilidade. Infelizmente, há burros com fartura que os apajam!
Boa noite, caro Prezado! (se bem que caro seja sinónimo de prezado)
A sede de protagonismo faz-se em cima da desgraça alheia, enfim
eu G-U-S-T-A-V-A que o Gustavo
admitisse de uma vez por todas, que
é um cepo mas ele não o fez, pelo contrário...envergonhou ainda mais os verdadeiros cepos.
É muita ralé junta.
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