terça-feira, outubro 11, 2016

No dia seguinte

Lembram-se daqueles que há uns anos disseram que nunca mais iriam fazer compras ao PIngo Doce?

São os mesmos que nunca mais vão andar de taxi e vão passar a andar de Uber. Não tenho interesse nenhum em defender empresas que não aquela em que trabalho. Tanto a Uber como a Antral parecem-me defender o mesmo (uma é só mais inteligente a fazê-lo). Podem dizer de ambas o que Maomé não disse do toucinho que não mudará em nada o caminho que levam: o processo da Uber tornar-se-á no standard para o serviço de taxis (pedido, definição do caminho e pagamento via app), os taxistas vão adaptar-se e aprender alguns modos (talvez não se lembrem, mas tomem o exemplo da PSP, que melhorou em várias ordens de grandeza o serviço que presta).
Quanto ao modo de que usam para garantir a qualidade do serviço, as tais estrelas que controlam o comportamento dos condutores, estão condenadas a desaparecer e o serviço, no fim, será igual ao provido por um taxista, com todas as vantagens e desvantagens conhecidas.

Daqui a uns anos, o que funcionará, Blade Runner ou 5th element?

segunda-feira, outubro 10, 2016

Uber VS Taxis do ponto de vista do utilizador

Como power-user de Ubers e taxis - Nem carta nem carro, yo - tenho de deixar aqui uma análise rápida do uso de ambos os serviços. Seguem-se mais tarde as habituais notas pseudo-sociológicas que não podiam deixar de fazer parte do relatório, feito num dia de greve de taxis:

Taxis, do ponto de vista do utilizador:

A favor:
Estão por todo o lado e podes mandar parar na rua
Acessíveis a qualquer hora.
Apesar de tudo, são baratos.
Conhecem tudo, sabem tudo.
Ouves Radio Amália.

Contra:
Se fores preto, cigano ou comuna és evitado por sistema
Se não gostas de falar (mal) sobre pretos, ciganos, comunas, políticos no geral, mulheres, futebol e putas, podes ter alguns dias dificeis, por vezes.
Arriscas serviços maiores do que esperavas, por vezes.
Nunca têm troco, enganam-se nas contas com facilidade.
Cobram taxas conforme calha.


Uber, do ponto de vista do utilizador:

A favor:
Basta pegar no telemóvel para ter um em 10 minutos.
Não têm de andar com dinheiro.
Não têm de ficar parados no transito a pagar.
Não falam sobre pretos, ciganos, comunas, políticos no geral, mulheres, futebol e putas.
É mais barato que um taxi, se não o apanhares quando toda a gente quer apanhar um.
Os carros são o mais confortáveis possível.

Contra:
Se não tiveres um smartphone, cartão de crédito ou confiança para juntar os 2, não andas.
Se não tiveres bateria no smartphone, não andas.
Sabem onde andas, sabem o teu nome, sabem onde vives.
Não conhecem Lisboa. Se o GPS falhar, fazem caminhos maiores do que esperavas, por vezes.
Quando falam, o tema é Uber.
Apertos de mão/abrir portas: nem quero um chaufer privado nem quero um amigo.
Só ouves a Smooth FM.