quarta-feira, agosto 30, 2017

A porra dos livros

As premissas: desenhar princesas e dragões para meninas e aventuras e ciência para meninos é parvo. Um autor - ou uma empresa - devem poder publicar o que entendem.

A história, vista daqui:
Primeiro acto: Diz-se que o livro das meninas toma-as por burras, baseado num jpeg com 2 páginas. As pessoas confundem tudo.
Segundo acto: O RAP faz uma análise cómica de 4 páginas do livro onde desmonta a ideia dos níveis de dificuldade diferentes. As pessoas confundem ter piada e ter razão.
Terceiro acto: Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género publica um parecer que tem muitos pontos. As pessoas não os lêem. As pessoas confundem um parecer com uma tentativa de censura.
Segunda parte do Terceito Acto: A Porto Editora retira os livros do mercado. As pessoas confundem isto com censura. Outras pessoas acham que não chega o livro sair do mercado.
Quarto acto: Prezado lê o parecer da comissão que sabe mais que ele sobre descriminação de género e as ultimas linhas são assim:

Eu sei que é pouco espetacular para um jpeg, mas é o que retiro de 5 dias de gritaria em todas as direcções no facebook (porque no mundo real ninguém debateu isto mais que 1 minuto).

2 comentários:

Anónimo disse...

Prezado,

As pessoas insuflaram-se com 1 jpeg de 2 páginas.
Quem leu o artigo do Público até fim sabe desde o início que “No conjunto das 62 actividades propostas, existem seis cuja resolução é mais difícil no livro dos rapazes e três que apresentam um grau de dificuldade superior no das meninas.”.
O RAP tem a seu favor pensar com a sua própria cabeça mas, partiu da premissa errada – a análise não foi feita com base em só 2 exercícios.
A tentativa de censura que referes deve-se à referência feita ao ministro que é um membro do Governo vigente.
A Porto Editora dança com todos: com a opinião pública e vem dizer que não teve intenção mas, que os livros vendem muito; com a CIG e retira os livros do mercado; com o RAP ao partilhar o vídeo na sua página de Facebook (a sério!?) – cadê a coluna vertebral?
O que eu retiro disto é o triste papel da Porto Editora e a que a culpa foi do designer gráfico.
;)
Rute

Prezado disse...

O Papel da Porto Editora é ingrato, mais que triste, porque nunca teriam uma saída ilesa de forma alguma. No meio disto só me lembrei como seria se não houvesse uma editora mas autores no meio do debate.