segunda-feira, dezembro 13, 2021

A esperança renasce todos os dias dentro de um taxi

O taxista anti-capitalista que apanhei no outro dia deu-me esperança. Afinal ainda há quem ache que os políticos são todos iguais, mas que há uns mais iguais que outros. Ainda há taxistas activistas pró-vacinas. O mal do mundo, disse ele, são oa jornalistas da CMTV, que "protegem os ricos". Não sabem como é reconfortante, a meio de uma conversa sobre Covid, poder mentionar "aquele burro da gripe" e o taxista responder "está a falar daquele filho da puta do Bolsonaro?". Finalmente, os nomes dos bois. A lucidez ainda é possível, até para taxistas sem sono depois de turnos de 12 horas. Como é hábito, o homem não me queria deixar sair mesmo depois de ter pago só porque eu duvidei que as vacinas, como ele disse, eram feitas com "soro fisiologico de cavalo". 

 Ele disse que era só ir ao google. É quase verdade! É plasma do sangue de cavalos vacinados contra o Covid. Mas é mais dizer só "soro de cavalo" e chocar toda a gente. Afinal, o tipo ainda é um taxista.

terça-feira, dezembro 07, 2021

Viva o team-building

Lá no trabalho há cultura. Nunca me ensinarem cultura de trabalho na vida.
Em casa não era um tema. Na vida aprendi mais com sindicalistas do PC. No trabalho, nada.
Em todos os sítios que trabalhei, a entrada nesse trabalho foi indicarem-me onde me sentava e uma conversa de 10 minutos, essencialmente à volta de como se arrumavam ficheiros - 20 anos depois, ainda nao aprendi a arrumar ficheiros - e posso garantir que é preciso ensinar isso, senão há gente como eu que passa a vida sem os arrumar, mas pelos vistos todas as empresas me falharam nisto até hoje. Para mim arrumar é fazer pastas novas chamadas "última pasta".
Bom, a cultura.

Agora que a cultura no trabalho é promovida, celebrada e pensada (até por mim), posso dizer que falta muita cultura de trabalho. Somos mauzinhos nisso. E não é que queira trabalhar mais. Antes pelo contrário, quero trabalhar menos mas fazer mais. Para fazer tudo e chegar ao fim do dia sem culpa de não ter feito mais.

Quanto ao team-building, cada vez tenho menos, graças a deus.