terça-feira, setembro 18, 2012

Novas políticas

Depois de ter descoberto o nacionalismo de esquerda e o fascismo de esquerda, surge a solução política final desta nova concepção de governação: O neo-populismo.
O neo-populismo será a maior novidade e a maior utopia em termos de governação, porque praticamente não há em Portugal pessoas formadas para o aplicar.
Medidas populistas, cujo efeito prático é apenas superficial, cosmético, para agradar a um instinto básico do povo ou a um grupo de influencia poderoso estão sempre a ser ouvidas. Por exemplo, propor que os desempregados vão trabalhar de borla para empresas. Nem eles iam trabalhar bem, nem se ia ganhar muito com isso, mas aqueles ressabiados que acham que os desempregados ( um milhão deles ) não gostam de trabalhar ou não trabalham por opção ficam contentes. E a segunda maior força política em Portugal são os ressabiados.
Com o neo-populismo, a ideia é aplicar medidas populistas que agradam a toda o povo - sim, falo de unanimidade -  menos à classe que as aplica e que tem resultados enormes ao nível da moralização da política e do país, eliminando a força dos ressabiados. Assim, quero deixar aqui exemplos do programa neo-populista:
  • Eliminição temporária* de ajudas de custo para todos* os cargos políticos.
  • Corte temporário* de ordenados acima de 600 euros ( esta ouvi na TSF, é real ).
  • Eliminação de muitos* lugares no parlamento.
  • Fim de acumulação de reformas.
  • Fim de reformas obtidas ao fim de 15 dias de trabalho.
  • Tecto máximo de reformas.
  •  Deputados sem direito a baixa por doença - só para deputados, gravidez passaria a ser doença, só um gajo doente é que os reproduz. 
  • Deputados em regime de contratação dita de "oportunidade". ( vulgo recibos verdes )
Estas medidas trariam paz social, prosperidade e o sol da ética brilharia sobre campos e cidades. Portugal seria conhecido como a Noruega do Sul ( a Noruega seria conhecida como o Portugal do norte ).

* Temporária, durando tanto tempo como os cortes temporários aplicados pelo governo
* Todos é todos.
* muitos: não sei quantos, não me cabe saber. É populismo.
* a brincar a brincar, era mais ou menos isto, sim. Vão para a rua e exijam 2 ou 3 daqueles pontos.

3 comentários:

calhou calhar disse...

Gargalhei! Mas é que tens toda a razão, ouve-se cada ressabiado por aí!...É tudo tão à la carte hoje em dia que as pessoas têm dificuldade em se colocarem no lugar dos outros... e só pontualmente conseguem sentir alguma empatia ( note-se que não digo afinidade) quando sentem na pele aquilo que acham muito bem fazer-se aos outros...

calhou calhar disse...

... menos a eles, claro!

Prezado disse...

Está tudo dividido. Quando ouço alguém dizer no forum tsf para taxar quem ganha mais de 650 euros com o tom de "esses burgueses, a ganhar mais de 650, pulhas" vê-se que a injustiça chegou a um ponto que não pode ser tolerado. ( e o mais interessante é que no dia a seguir a escrever o post, dizem que são taxados acima dos 700. Esses novos ricos... )