terça-feira, setembro 24, 2013

Ruído de fundo

Estava aqui a pensar, moribundo na cama, um ano de surf a fazer frio ou calor, nem uma constipação apanhei, nem nada duche gelado no inverno nada nem uma constipação apanhei e agora dou uma volta de bicicleta e estou a morrer a constipação apanhou-me, e a olhar para o tecto reparei que não tenho nada para dizer. Reparei que passo o dia a trabalhar num método que raramente encontrei.
Lembrei-me de que as coisas mais inspiradas que produzia encontravam-se nos cantos dos cadernos. Aquele ruido de fundo do professor a explicar coisas que não me diziam muito metia-me a pensar. Enchia cadernos de desenhos a bic preta e aquele ruído de fundo ajudava-me a focar.
E agora que estou com pouco para refilar ou para teorizar uma fuga, acho que uma boa parte da culpa é do trabalho: não é ruído de fundo e ocupa-me o cérebro.

1 comentário:

zozô disse...

As melhoras, caro Prezado!
(Se não estiveres bem de saúde, como irás continuar a responder à altura aos meus comentários idiotas?)
Fica bom depressa.