quinta-feira, maio 07, 2015

Trabalho real, um estudo.

Em conversa, disseram-me agora:

" Não precisa de ser um trabalho altamente. Neste momento os critérios são: Pagarem a horas. Decentemente. Não fazer noitadas.  Gostar do trabalho."

Esta pessoa veio do mundo da publicidade.
Temos aqui um caso neuropatológico típico: a vítima, incapaz de se relacionar com a realidade, persegue expectativas surrealistas, que embora não confesse com medo de ser julgada, lhe devem estar a ser ditadas por um banco da cozinha vivo ou uma celebridade que lhe aparece em sonhos. Este unicórnio dos tempos modernos, o "trabalho pago decentemente e com horários", está sempre presente em relatos históricos, que embora o tom documental, se provam cada vez mais obra de ficção, de fantasia, criados por escritores que de facto nunca foram contemporaneos nem conterraneos desses avistamentos. Taxistas juram avistar regularmente este fenómeno, mas trata-se de uma mera acepção enviezada de profissões que não entendem completamente, própria de pobres de espiritos, tolos e pessoas de fé.

2 comentários:

Fuschia disse...

Mas um trabalho altamente é um trabalho do qual gostas e vice versa. Pedir um trabalho que seja isso tudo e do qual ainda se goste e se goste durante muitas horas por semana, acho utópico.

Prezado disse...

Utópico é gostares e ser poucas horas por semana. Alguém tem um part-time que goste?

Já não falo de dinheiro. Para mim um trabalho mal pago nunca é altamente.