Daqui a bocado penso noutra coisa, mas até lá: o estado da nação

A pressão para postar mais e melhor tem pesado muito neste blog. Comecei a notar demasiadas vezes num padrão. Temas, atitudes, palavreado, tudo a repetir-se. Mas não há criatividade que resista ao que se passa lá fora. Trabalho e mais trabalho, confinamentos, Covid e pouco mais. 
Voltei a andar de taxi e pude confirmar que tudo se mantém na mesma, a vida continuou lá fora, eu é que perdi demasiados hábitos que mantinham o blog: andar a pé, ter de aturar gente parva, andar de transportes, ler jornais em papel, tomar notas sobre o que ouvia na paragem de autocarro. Bastavam 20 minutos matinais disto para manter o blog  sem esforço. O blog vivia de desconforto, e eu agora estou mole.

Sinais contrários

O único poder de algumas pessoas é o de transformar todos os debates sérios em milhões de micro-discussões sobre todos os detalhes que neles podem ser contidos, destruindo todas as hipóteses de chegar perto de um consenso. Se hoje 1 tipo quisesse lançar uma bomba atómica no meio da baixa e ainda assim ter metade da opinião pública a favor da medida, bastava arranjar maneira que o cogumelo atómico explodisse em forma de coração ou arco-iris ou apenas dar-lhe um nome alternativo, algo entre nuvém-da-paz ou holograma-de-explosão-atómica. O debate duraria décadas.