segunda-feira, julho 23, 2007

Deixem-me comer

Na crónica de hoje no Público, a Helena Matos ( desta vez até a percebo) procura bolas de berlim, fala de um fundamentalismo alimentar que nos anda a por obcecados pela alimentação e a confundir alimentos com medicamentos. E o protagonista é a nossa brigada dos costumes ( fica a ideia que são a única autoridade estatal que trabalha, não é? ), a ASAE.
Aceitar as medidas a que se propõem é perder o que é nosso, de cá. Sardinhadas, matanças de porco, chouriços, alheiras, galheteiros, pão, vinho a martelo, fruta com meio centímetro a menos e ginginha feita em casa.

Ontem vim do Mercado Medieval, onde comer era com as mãos, em cima de uma mesa de madeira talhada a machado. Não morre ninguém, ok?

há 15 dias fui beber um so-called "melhor café de Londres" ( ainda estou nessa, pois...), onde sentado à mesa, tinha vários boiões de geleia abertos, com uma-colher-uma, pão e bolachas em cestos, e uma tijela ( mais tipo alguidar ) de açucar com uma-colher-uma, tudo em regime de self service. E a clientela estava mais para o lado da Bica-do-Sapato que outra coisa... Não vi muita gente preocupada em cumprir normas comunitárias.

2 comentários:

  1. O melhor é comer um hamburguer com lauroderme, beber uma cola com eter, a acompanhar com umas batatinhas molhadas em betadine. Isso é que é limpeza. Ah, e falta limpar a boca a uma compressa esterilizada

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  2. Olha mas também já deves ter estado em Londres com um ligeiro cheiro no ar, do vizinho do lado. Eles também não são exemplo de limpeza Nem oito nem oitenta. Vivam as colheres de pau e os chouriços, mas também podemos tomar banhinho.

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