Assim que digo "cemitério de Benfica", há uma pausa. Ambiente tenso, taxista entra numa busca espiritual, passam uns segundos largos. Ouço-os a pensar : " epa... p'ró cemitério, pois, mas não é bem. Mando a piada?.. ah, o gajo tem cara de que se vai rir. Cá vai..." De sorriso gingão, disparam:
- É para o cemitério, mas para o lado de fora, não é amigo?
- eh-eh-eh... é sim.
Bolas. E nem um buraco para me esconder. Merda. Merda. Merda. Pronto, já passou.
Pior é quando insistem e perguntam do campeonato ou pelo jogo de ontem.
- Então, o benfica? aquilo ontem é que foi uma tourada, o Katsouranis...
- Eh, eu não ligo muito a futebol.
Os taxistas deseperam comigo. Caladinhos que nem ratos.
E como não sou como o Luis Filipe Menezes, cito as minhas fontes: para escrever Katsouranis, fui ao Mais futebol ver o plantel do Benfica. E neste post não usei advérbios.
eh lecas! o gajo não gosta de bola? é bicha ou quê?
ResponderEliminarOho!!! Sem advérbios! Aposto que foi difícil! :D
ResponderEliminarDificil dificil era ser como o meu pai aos vinte e qualquer coisa anos: ser taxista e não perceber nada de futebol.
ResponderEliminarExcelente. Parabéns e um abraço
ResponderEliminarOs advérbios foi complicado, sim. Eles saem a cada fôlego.
ResponderEliminarObrigado António, abraço.
Como diz o gaijo do "días de fútbol" (e é um filme, nao é um programa desportivo da TVE), ser taxista é quase como ser psicólogo...
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