De Arroios à Estefânia, das ruas mascarradas das bagas das arvores, vai um caminho cheio de emigras descontentes, putos conflituosos de boné de pala chata, em grupos, duos e magotes. Descem a avenida de bandeira às costas, gritam "Portugal" com sotaque e sem convicção, voltam para os quartos alugados na residêncial com asseio e ambiente familiar. Nota-se que o tal jogo acabou. Andam todos meio perdidos. Os copos a mais foram desaguar na depressão, e afogar ainda mais as mágoas por um desgosto tão parvo só pode dar mau resultado. Andam pela rua, a esgotar as forças que tinham guardado para a festa prometida pelas televisões. Volta-se a falar do Sócrates, da gasolina, do preço da sardinha e da porca do 7º andar que deixa o cão mijar pelo ralo da varanda.
Encontados aos carros, descobrem a verdade sobre a selecção, o patriotismo, o Scolari. Mais uma vez, ainda não foi desta que o D. Sebastião voltou da bruma...
...E não posso deixar de confessar um certo e determinado gozo que isto me dá.... É só uma merda de um jogo, porra...
Sim, confesso que também me deu gozo. Pode ser que agora se comecem a indignar por causas reais e inportantes, como o facto de sermos roubados diariamente na gasolina, na comida e de a EDP se preparar para nos roubar na conta da luz também.
ResponderEliminarEntre Arroios e a Estefânia? Pois claro... Vai na volta ainda somos vizinhos... Lisboa é um mundo... Pequenino, mas um mundo...
ResponderEliminar@mamã:
ResponderEliminarPor esta altura passou o histerismo, é de reparar a calma e o distanciamento com que se fala de futebol agora.... só me posso rir MUAHAAHAHAHAHAAH
@pedro:
Lisboa é uma aldeia, como o pais... há é um mundo de sitios onde vou. A pé.