quinta-feira, agosto 07, 2008

Dias e dias, noites e noites

Um hotel a inaugurar, onde ainda penduram as letras de metal na fachada. Onde só há água fervente. Fria não, tépida idem, morna ibidem. Só fervente. Onde metade da tralha dentro do quarto ainda está embrulhada em plásticos, e tudo cheira a tinta fresca. Felizmente, desconstroi-se tudo à medida.

Noites e noites em busca de Mojitos. Não há hortelã em Albufeira, aviso aqui. Caso visitem esta cidade, levem a vossa própria hortelã. Melhor: levem a mais, vendam. É um negócio da China.
Procurem também uma esplanada à altura para a beber. Qualquer bar mal seleccionado, e serão torturados por um barman deprimente, habilitado em humor de taxista. Não se deixem abater. Usem humor negro, blásfemo e gráfico. Resultado: Esplanadas repletas de famílias destruidas.

Dias de praia, esplanada e piscina. A tona de água como um mesa de café, onde as conversas fluem. Horas e horas a navegar. Descobertas.

Sol a queimar, rotundas às centenas, cobertas de minhocas de ferros e relógios de plástico. Bifes e Amys aos milhares, bares forrados a neons e espelhos. Animadores deprimentes e cocktails azuis com sombrinhas.
Estive em Albufeira.

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