domingo, outubro 26, 2008

Que se faça saber

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!


Mário de Sá Carneiro

a recordar outros tempos, tempos pesados.

2 comentários:

  1. Nada se deve recusar a um morto mas a um vivo nega-se até à exaustão por vezes!

    beijo

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  2. Eu cá fico lixado se me contrariam, na verdade.

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