Living for the city

Ando muito pela cidade, como é possível repararem pelo blog fora. Só ando de transportes públicos e a pé. E de taxi, claro ( isso são outras estórias ). Quando acabo de jantar cedo, às vezes vou dar um passeio até onde calha. Saio na direcção do Campo Grande, vou até ao Saldanha, umas vezes desço até à estefania, outras para o lado do Marquês, já continuei até ao Bairro Alto. Ando. Ando bastante. Meto os headphones com o Stevie Wonder, como sempre, e vou andando. Pelas ruas secundárias, a fugir às avenidas. Vejo a Lisboa que não se faz de carro, vejo Lisboa passo a passo.

Desabafo:
Hoje ri-me que nem um perdido ( no pun intended ) e espumei um bocado a ler o blog da sacrossanta associação de moradores do bairro onde moro. É um bairro onde nada se passa, sinceramente. Não tem alma. Não tem um tasco. Não tem pessoas a passear a pé. Não tem porra nenhuma.

Nos vários sites em que muitos dos meus vizinhos se acotovelam em comentários a clamar pela "solução" para este bairro, vejo pessoas a queixarem-se da CML, das estradas, das rotundas, da insegurança, do abandono, dos projectos adiados, da esquadra da policia, etc etc. Queixam-se especialmente que a CML os abandonou ( snif ).

E a razão é só uma: este bairro não tem estes problemas. Mesmo.
O pessoal da CML, a olhar para a pilha de coisas a fazer em Alfama, no Beato, na Madragoa, no Bairro, em Alcântara, só se pode rir, quando recebe um email da Quinta do Lambert, a reclamar por uma "solução".