segunda-feira, setembro 27, 2010

Contemporâneos

Sobre musica que tanto ouço falar - este fim de semana escapei-me de mais um concerto desses - e que ouço pouca porque tenho mais que fazer do que deseducar o meu melódico ouvido, cabe-me dizer que na minha família, tirando eu que toco campainhas de porta, metade toca ou tocou um instrumento na vida. Não quero com isto dizer que são gerações sistematicamente a viver à conta da Gulbenkian, mas é só para enquandrar o que vou dizer a seguir.
A nova música portuguesa é tecnicamente romba, tosca, fatela. A execução, colada ao simplismo, é franciscana. Quase tudo parece ter passado por um filtro ZDB que valida este simplismo - não tiro o valor musical, a expressão, o humor, de algumas coisas que aparecem - como corrente estética, deixando de parte qualquer tipo de trabalho de composição profundo ou inovador. Sim, tiroliroliro, engraçado, tem piada, sigam. Mas não me digam que é espectacular.
A madame Valdez sabe do que estou a falar.

16 comentários:

  1. Eu cá estou a gostar de umas coisas que se têm feito por aí ... WrayGunn, Micro Audio Waves, Buraka (sim!), Plaza ...

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  2. Pois, estás a falar da que eu ouço. Mas depois há o resto, a parte xonax da conversa.

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  3. bolas, acho que generalizas demasiado... nem sequer os projectos aguardela (naifa, megafone)?

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  4. Eu na volta escrevi isto só a pensar em 2 ou 3 elementos, coisas muito especificas. Deve ser por conhecer pessoal mais novo.
    Naifa gosto. Mas.... Aquelas vozes às vezes entram-me no nervo.

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  5. Eu percebo que não se goste do Úria e do Fachada (eu não conheço quase ninguém que goste do Fachada, a não ser eu, que o amo com paixão) percebo menos que não se goste dos Diabo - que me pareceu, é uma das 2 ou 3 coisas a que te referes?

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  6. os diabo gosto. São esses jeitosos que referiste, Noiserv , que conheci há 2 dias e já dei 5 musicas de hipótese e não me convenci, JP Simões, Maria Clementinas e tal, coisas que não me sei o nome, mas que em comum têm o que relatei. Um desapego imberbe à consistência formal, no fundo.

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  7. E se vou destilando um post onde generalizo uma opinião, até chegar a este ponto, é ridiculo. Eu comecei por detestar tudo. daqui a pouco, só não curto o chachada, e isso não é verdade.

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  8. Não vou ouvir nenhuma dessas bandas de proposito, fique registrado. O meu amigo Stevie salva-me sempre.

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  9. demos-te a volta ao texto, queria eu dizer, não ao gosto.

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  10. Percebo o que queres dizer e até concordo em geral com algumas críticas ao rumo de muita música Portuguesa. Mas há excepções. Naifa, por exemplo.

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  11. Pulha e Marta, vocês estão a matar a piada de fazer generalizações.

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  12. Sei pois. Acho que te andas a deixar influenciar pela tua aversão a hipsters o que te leva a confudir alhos com bugalhos. Desconfio que falas de cor. Na verdade, és como aqueles miúdos que dizem que não gostam sem sequer terem provado. Para mim, zdb é uma coisa. Revivalismo da musica pop/folk nacional é outra. Maria clementina, cruzes canhoto, ainda é mais outra! Eu também não papo de tudo - ora por exemplo, não suporto a naifa e tenho um ódio de estimação por deolinda. Mas consegui ultrapassar os meus preconceitos comezinhos iniciais sobre determinadas. E ainda bem. porque fiquei a conhecer bandas boas de que gosto. Olha, até calha bem, são portuguesas.
    E uma pequena correcção: é senhorita e não madame.

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  13. Madame Valdez,

    Generalizei como os miúdos? isso é um direito a que a minha provecta idade me assiste. Chama-se atalhar.
    Pela mesma razão que já não gosto de beber shots de macieira ou acampamentos selvagens: Tou velho. E rezingão.

    Eu nao disse que papavas tudo. Mas papas cada chachada...

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  14. adoro a desculpa da idade. muito original. deve ser sequela dos shots de macieira.*

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  15. "Desculpa", onde? eu falei em direito.

    Os shots de macieiria deram-me cabo do estômago. Não dos ouvidos.

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