segunda-feira, novembro 15, 2010

Perdido por Queluz

Depois de um jantar com pessoal de universidade, uma geração à frente, num restaurante onde uma dose dava para 12, acabámos aqui ao pé do Saldanha. Não sei porque, pareceu interessante desprezar o Lux e entrar num daqueles bares quase incógnitos, de porta branca e letreiro discreto. Quarentões e trintões à dezena, mulheres poucas e a nadar em rios de baba. Vou dizer que esta noite marcou a minha transição para a idade adulta, depois de às 5 da matina se sentarem ao meu lado à laia de meninos-à volta-da-fogueira e perguntarem ao avô Prezado as grandes questões: o sentido da vida e se pinto o cabelo.
A segunda prova de transição é que estando lá a minha sobrinha, olhei mais para ela do que para os copos. Alguém que faz a mesma cara de fascinação depois de ver a mesma careta 15 vezes merece atenção.

Um dos convivas no jantar tratou-me por "senhor". Ainda dizem que ja não há jovens educados.

iPod, iPod. Olhem o prezado a chegar ao Natal e a ter de vender a mãe para ter um iPod.

3 comentários:

  1. Sempre que me tratam por "Senhora" fico com vontade de responder "Ambrósio...". É bonito, sim. Mas não vejo outra vantagem para além dessa.

    ResponderEliminar
  2. Então foi em Queluz ou no Saldanha??

    ResponderEliminar