segunda-feira, novembro 21, 2011

Lisboa é porreira, mas para quem sabe

Arbitrário nasceu o dia escolhendo fazê-lo pela manhã, que forrada com um frio de calabouço se foi escoando até ao rio. As tágides*, cheias de vontade, empurravam as pessoas ( as boas e as más por igual ) ainda a dormir dos cacilheiros.
Há greve? venham a pé.
Os mais determinados empanturram-se com folhados de salsicha ou sandes de panado logo no casario mais rente à água e afogam a goela com um favaíto. Evitando este pessoal do Cais do Sodré, há quem suba a Rua do Alecrim e só depois da ginástica matinal quartel de bombeiros depois, tome um pequeno almoço ali na esquina ao lado da loja dos 300 e das belas artes. O panado é mais barato porque não está no mesmo apartado, nesta terra concorrência é que não. Findo isto trabalham-se umas horas valentes mas almoça-se com vista para a Baixa, nem que seja contra-picada.

* Estas, assim que lhes viram costas, agarram o pessoal mais preguiçoso e pensador armado aos cucos e mandam brutas amonas, a que os incautos replicam com vários "foda-se, larguem-me tava só a ver se o senhor já tinha pescado alguma coisa, caralho."

4 comentários:

  1. Estás com uma prosa de fazer inveja a muita poesia. Eheheh

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  2. Obrigado, mas a cena é não dizer nada.

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  3. deliciosa posta. garatuja aí umas tágides da tua (outra) lavra, pode ser ou não aceitas monstrengos pedidos? ;)

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  4. Aqui também há garatujos, o estilo é que é outro.

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