quarta-feira, novembro 02, 2011

O dilúvio, curta infantil

De lá, olhou para Alcântara, viu as águas a subir, o vento a passar nas chaminés a uivar o magnificat de Bach deus não precisava de ditar mais nada: procurou uma osga e outra, um pardal e outro, um casal de caracóis, um de pombos, ratos gaivotas baratas carochos corvos cães gatos hamsters e lagartixas a mulher descrente desceu o escadote bambo e zarpou, cacilheiro. Tejo abaixo Noé o limpa chaminés, sem factura é mais barato.

À barra interpelou-o uma tágide das finanças que lhe penhorou os corvos e retirou a carta de marear.

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