As Catacumbas são o bar de Jazz onde vou há uns 20 anos. Nem sei bem precisar porque não sei sequer a minha idade, se nasci em 2007 ou antes. Há quem diga que foi há mais outros não ninguém confirma. Mas às Catacumbas retorno religiosamente, tanto semanalmente como desapareço uns meses sem deixar - gosto sempre de ter os sapatos limpos - rasto. Isto é, sou da casa. O que dá ao dono do bar, quando tem pressa, a autoridade de fazer o que os humanos
segunda-feira, agosto 06, 2012
Humanos III
Fui às Catacumbas. Vão fechar, um dia destes, não sei quando. É pena, apesar de:
As Catacumbas são o bar de Jazz onde vou há uns 20 anos. Nem sei bem precisar porque não sei sequer a minha idade, se nasci em 2007 ou antes. Há quem diga que foi há mais outros não ninguém confirma. Mas às Catacumbas retorno religiosamente, tanto semanalmente como desapareço uns meses sem deixar - gosto sempre de ter os sapatos limpos - rasto. Isto é, sou da casa. O que dá ao dono do bar, quando tem pressa, a autoridade de fazer o que os humanosmacacos portugueses fazem quando têm um cliente fiel: tratá-lo pior do que a um cliente novo. Pois. O macaco humano faz isto, sabendo que o que eu quero é sempre o mesmo - uma Super Bock - aparece-me com a Super Bock, passa-ma para a mão e já a virar-se de costas "quer um copo?" - "Já agora..." digo eu, que é uma expressão que gosto de usar porque penso sempre "já agora? se é já é agora caralho, porquê dizer já agora? para não dizer agora, já e soar a chefe de batalhão das SS?" e lá vem o copo e entrega-mo assim ao longe, não o atira por não confia na minha destreza, só pode, e vai-se logo já de costas. Foda-se, é duro ser cliente habitual.
As Catacumbas são o bar de Jazz onde vou há uns 20 anos. Nem sei bem precisar porque não sei sequer a minha idade, se nasci em 2007 ou antes. Há quem diga que foi há mais outros não ninguém confirma. Mas às Catacumbas retorno religiosamente, tanto semanalmente como desapareço uns meses sem deixar - gosto sempre de ter os sapatos limpos - rasto. Isto é, sou da casa. O que dá ao dono do bar, quando tem pressa, a autoridade de fazer o que os humanos
também ia muito às Catacumbas no tempo do Marquês de Pombal, nunca o suficiente para me tratarem mal ou pelo menos para conseguir traçar um padrão de mal-tratamento. mas acho que em geral é um exagero português essa dos empregados tratarem mal clientes habituais ou clientes novos (o que é consensualmente mais comum), sobretudo desde que noutra capital europeia me mandaram um pontapé para eu tirar o pezinho de uma cadeira. era um empregado com cerca de dois metros de comprimento por isso nem piei e coxeei durante o resto da estadia nessa bela e europeia capital europeia.
ResponderEliminarSim, os empregados em Portugal são meio territoriais com o espaço em que trabalham, não gostam de ver gente que não conhecem a vir dar-lhes que fazer...
ResponderEliminarNo Estádio, outro grande bar onde era habitual, a simpatia do sr. Manel também se manifestava com caralhadas e pontapés nas cadeiras, mas nunca a vi como ameaçadora, era um género de demonstração pública de afecto mas meio fornicada por um mãe super-protectora ou qq coisa.
reza a lenda que o sr. Manel tinha sido informador da PIDE, vulgo bufo, e que tinha uma obsessão pela ordem, patente na dedicação permanente em arrumar as cadeiras na diagonal da mesa como se não estivesse ninguém sentado nelas. e tinha força o gajo.
ResponderEliminarEssa nunca tinha ouvido.
ResponderEliminarA ordem, é por aí.
nem sabia que ainda existia ve la...velhos tempos
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