segunda-feira, junho 07, 2010

Casamentos: Jornalês e locutês

A notícia é a mais importante, socialmente falando, do dia. A Teresa e a Helena casaram e o que não sabiam é que os jornalistas portugueses são tão eficazes que divulgaram que elas tinham consumado o casamento pela manhã. Filhos da mãe, andaram a filmar a Teresa em cima da Helena ( ou vice versa ) sem elas verem?
Isto porquê? porque para um jornalista há a necessidade de usar o jornalês, um conjunto de regras e frases feitas independentes do restante léxico conhecido. É uma gíria própria - como por exemplo, dizerem "cerca de 72" em vez de "cerca de 70" ou dizerem "72" - dos jornalistas. Ou fiquem atentos ao uso do "literalmente": "o carro ficou esmagado, literalmente." . Pois claro, um carro pode ficar esmagado. Mas é realmente.
Consumar o casamento é por definição, carnal, porra. Se a Teresa e a Helena ainda o fizeram de manhã, é difícil de adivinhar. O que elas fizeram foi casar-se.

Eu sei que isto aqui não é exemplo quando falamos de regras gramaticais e acentos e tal, mas evito canibalizar as palavras e vícios de discurso dos outros. Mas há quem viva bem com isso.

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