Manual do urbano-depressivo para dias deprimentes serem mais deprimentes
- Fechem as janelas, a luz do sol é irritante. Além disso, ganham aquele tom niveo de dama-das-camélias que é apanágio dos deprimidos.
- Procurem andar à chuva. Aumenta as probabilidades de ficar doente. Aceitem a chuva como castigo divino por serem quem são.
- Pouco banho. Toda a gente sabe que aprumo ajuda a sair da fossa.
- Roupa preta. Cuecas incluidas.
- Escrevam poesias. Mas guardem-nas, podem ser usadas contra vocês mais tarde.
- Releiam cartas de amor antigas. Toda a gente as tem, e como o outro disse num tom mais sério que não deixa de ser verdade apesar dele próprio escrever melhor ser poeta e rabiló, elas nunca deixarão de ser ridículas.
- Vão a bares escuros e que vos obriguem a andar muito para chegar lá.
- Docs ou outros sapatos desconfortáveis. Se usaram ortopédicos quando eram putos, força. Vai-vos lembrar desses tempos que sempre quiseram esquecer.
- Fumem. Muito. Acendam uns nos outros, de preferência.
- Gajos podem usar risco nos olhos.
- Pensem naquela pessoa especial que não deu em nada.
- Aquela com que nunca resultou.
- Aquela que podia ter sido qualquer coisa e não foi, só porque o vizinho do 5º esquerdo era mais velho.
- Acima de tudo, lembrem-se todas as que ficaram entaladas.
E depois, ouçam musica à altura:
Bom fim de semana a todos.
5 comentários:
Porra!
Muito bom.
Eu aliás sem saber que hoje era o dia dos deprimidos, acordei a sentir-me abaixo de cão, e até segui a sugestão a roupa preta. Vou continuar pela noite fora a deprimir-me com muita cerveja, boa música e a companhia de amigos. Achas que ajuda?
De certeza. Eu vou seguir esse mesmo regime, hoje. E amanhã.
Credo! Tu não brincas em serviço!!
Sobrevivi.
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