O reduto de toda a noite, a padaria da Praça do Chile. Depois de uma noite de abusos, acabam-se os últimos trocos em abusos também, comem-se os bolos que não se comeram numa semana, enche-se o bandulho de queques, bolas de berlim, milfolhas mil, pasteis de nata, merendas às tantas. Cruzo-me com todo o tipo de gente, o menino queque de BMW à porta, a velha sem-abrigo que não dá com o sítio, o mitra dos piercings, a pita e o namorado de mão dada. Sobe-se o resto do caminho a custo, mas de pança cheia. É tão fácil ser feliz.
Caro Prezado, o tempo passa, mas os hábitos mantêm-se. Eu fiz essa volta, em meados do século passado ;)
ResponderEliminarOs bolos do Chile também me trazem sempre felicidade. E a nostalgia do meu Pai, que me levou lá pela primeira vez e a cujo circuito de bares ainda presto a devida homenagem sempre que vou a Lisboa: Foxtrot, Procópio, Anos 60, Grogg...
ResponderEliminarManuela, vou ali desde o tempo em que estudava, - não me lembro de estudar - há uns 10 anos.
ResponderEliminarXana, mas há bolos no Chile desde quando? 64?
O que te foste lembrar! Pensei que já nem existisse tal sitio. Tenho de voltar lá. Bons velhos tempos :)
ResponderEliminarOh pá, eu tenho 31, vou lá desde os 12/13 anos. Nem sei há quanto tempo é que o meu pai lá ia... houve uma fase em que a polícia andava em cima deles por estarem abertos fora da hora a que tinham licença, e aquilo era tipo comprar droga, tocavas à campainha, um deles subia a escada, olhava em volta, deixava entrar uma pessoa de cada vez, vinha ver se o caminho estava livre antes de nos deixar sair... Boas memórias, é o que eu te digo!
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