sexta-feira, maio 29, 2020

Nada de novo

Aos poucos volto a sair, a vontade nem é muita. Quero a minha vida de volta. 

terça-feira, maio 26, 2020

Mais uma corrida, mais uma viagem

Os cabelos brancos são muitos, mas não me posso queixar. A quarentena transforma tudo em metáforas, agora é o corpo a ficar mole de tanta falta de movimento, mas a cabeça tem mais e mais cabelos brancos e agitam-se muito, pareço um maestro mas não conduzo nada. Estou a ver os tiques de 2008 a voltar em força, os projectos, a poesia gratuita produzida por quem não consegue cobrar nada do que faz a ninguém, porque para variar, não há dinheiro para isso.

terça-feira, maio 12, 2020

Alvoroço

Com o barulhos das redes e dos telejornais, nem consegui apreciar o estar isolado dos outros. Nesse aspecto, a minha vida não mudou muito. 80% dos meus contactos com humanos são online. Até agora, não consegui ter saudades de nada senão de comer num tasco ou de apanhar ar à beira rio. Esta incapacidade de apreciar o vazio poderá será um dia notada, mas não sei por quem. A miudagem não sabe o que é estar sozinha. Os velhos desaprenderam. Estamos todos cheios de nós e de uns dos outros.

Trancado, dia 50

A grande vitória da desinformação vê-se na quantidade de pessoas que acham que usar máscara ou não é uma decisão política, como se um virus tivesse alguma preferência partidária.