quinta-feira, setembro 30, 2010

À saida do metro, a solução

Sócrates, do que é que estás à espera?
O Prezado sai sem rumo e mete-se em sítios dúbios, por vezes, onde a escumalha da sociedade habita. Mas o risco compensa. Entra em contacto e ouve conversas, por exemplo, entre ministros.
Ontem ouvi, de dois tipos de fato, que este mestre colabora com um ministro. Esse ministro teve de tomar medidas que não agradaram a muitas pessoas e por causa disso, não dormia, ficou impotente, a mulher deixou-o, ele já pensava que ninguém gostava dele. Finalmente, começou a ter pesadelos com o FMI. Ligou-o no dia a seguir. Felizmente este mestre cura complexos morais e em menos de nada esse ministro passou a dormir descansado todos os dias.

Eu só queria saber é o que é um "exame do sexo para ter força no amor".

 ( Estou de baixa, pelo menos até amanhã de manhã. Maldita gripe. )

Lounge

Ontem aterrei num lounge queque. O segundo numa semana. É obra.
O Prezado tem a mania que é um homem do mundo e que sabe estar em todo o lado, por isso é raro virar a cara a conhecer um sitio novo:
Design Hotel, o que para um designer, pouco tem de design. Não me diz nada. Jarros maiores que eu à entrada. Mais jarros estranhos a seguir. Vidros. Cadeiras que não dão jeito. Sinalética da casa de banho do tamanho de uma moeda de 2 euros. Sem música. Ou com música sofrível. No fundo, um espaço impessoal, para pessoas impessoais.
Com este género de ambiente, o gosto já passou para tolerância e a tolerância está a chegar ao mínimo. Lounges anémicos, quinze minutos, no máximo.

Vocês não têm mais nada que fazer?

Vão dormir.

quarta-feira, setembro 29, 2010

Cabelo branco é saudade III



Um conselho para o pessoal mais novo.

Achei

Eu sabia que com a mudança tinha deixado de ver uma série de coisas. Encontrei. 2 meses depois.

Dica de fotografia em pretérito imperfeito

Para os amantes de fotografia mais distraídos:

Exemplo de relação parasitária.
O dia de ontem foi um dia espectacular para ir tirar umas fotos pela cidade. Um dia com uma luminosidade anormal, onde a luz foi mais clara, devido à ausência de neblina e poeira no ar. Uma nitidez que se prolongava por quilómetros. Geralmente isto acontece depois de grandes chuvas ou vento. Via-se a Caparica toda nitidamente, notavam-se alguns detalhes do cabo Espichel. Palmela.
E eu com isto tudo, o que fiz? tirei uma foto de um gajo a pescar, com um gato a aproveitar a sombra.
Genial.

Edit> estou a ver que o novo sistema de inserir imagens do Blogger elimina um feature que gostava, que era podermos ver as imagens no tamanho original depois de clicar. Bardamerda.

terça-feira, setembro 28, 2010

segunda-feira, setembro 27, 2010

Contemporâneos

Sobre musica que tanto ouço falar - este fim de semana escapei-me de mais um concerto desses - e que ouço pouca porque tenho mais que fazer do que deseducar o meu melódico ouvido, cabe-me dizer que na minha família, tirando eu que toco campainhas de porta, metade toca ou tocou um instrumento na vida. Não quero com isto dizer que são gerações sistematicamente a viver à conta da Gulbenkian, mas é só para enquandrar o que vou dizer a seguir.
A nova música portuguesa é tecnicamente romba, tosca, fatela. A execução, colada ao simplismo, é franciscana. Quase tudo parece ter passado por um filtro ZDB que valida este simplismo - não tiro o valor musical, a expressão, o humor, de algumas coisas que aparecem - como corrente estética, deixando de parte qualquer tipo de trabalho de composição profundo ou inovador. Sim, tiroliroliro, engraçado, tem piada, sigam. Mas não me digam que é espectacular.
A madame Valdez sabe do que estou a falar.

Taxismo

Fosse eu capaz de fixar nomes de ruas, já tinha a vida garantida como taxista. GPS é para maricas.

domingo, setembro 26, 2010

Blogs e vidas e afins

Sobre algo que li há bocado no Dias assim, mando ao ar mais uma teoria prezadiana, fruto de longos anos de pesquisa - ainda a decorrer - sobre o propósito de isto tudo. Isto tudo, refiro-me a existir. Respirar, andar por aqui uns anos. Isto.
Partilho que nas longas caminhadas que faço por aí, não só tiro fotografias geniais, como ainda penso nisto tudo e chego a conclusões espantosas, novos dogmas, epifanias autenticas. Ou não fossem minhas.
Enquanto na minha santa vida não tive necessidade de grandes respostas, vivi com a ideia de um Deus vigilante. Freud explica. No entanto, era ateu. Ou agnóstico, não sei bem. Era puto, não havia wiki e era preguiçoso para ir ao dicionário. Depois a vida lá me deu um toque para acordar. Voltei ao agnóstico. Passei para o espiritual. Deus passou a ser pai. Marimbei-me no espiritual. Agora sou ateu. Acho.
Agora, francamente, acho que isto não tem nada a ver com nada, em cima é o mesmo que em baixo, karma é uma tanga e isto tudo não tem regras para se jogar, por mais que queiramos. Sofia, não ligues, faz parte.

O Nazareno me rache já com um raio de cima a baixo, se isto não é verdade. Eu vou tendo sorte, ele acerta sempre ao lado.

( p.s. O papa também faz esta piada, mas dentro do papamobile, com vidros à prova de bala com 3 cm de espessura. )

sábado, setembro 25, 2010

Hipsters

Estou a desenvolver um caso galopante de aversão a hipsters. É um fenómeno ainda recente e meio marginal cá, mas eu, contaminado pelo que vejo nas interwebs todos os dias, já estou cansado. Cansado de Wayfarers-só-para-fazer-moldura, ténis sem meia, descoordenação cromática extrema, cabelos cortados na Motor, gajos de leggings, miúdas com bigode. Estou a ficar velho sim.

Nota do autor a quem tem a mania que é original: Não são, são só chatos nessa sede de afirmação.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Intervalo blogosférico

Faz manicure, a ursa. É mesmo dondoca.
O Perdido pela Cidade está a tomar alguma dimensão, e como esta cidade é um ovo, aliás o país é um ovo e acabo por tropeçar em amigos em comum só pelo blog e tropeço na irmã de uma amiga que lê o blog mas não me conhece pessoalmente mas eu conheço porque o facebook é amigo e depois vou à rua e troco-me todo e encontro a Pólo Norte, e a Pólo Norte faz-me uma oferta analógica, e ainda falo com outra blogger que não faço a mínima ideia de quem seja, mas que tem uma voz aguda e baixinha e a quem deixo, em jeito de sinal de boa fé, o seguinte factoide:

A gata, que passa o tempo - no inverno vai provar-se útil - a enroscar-se nos meus pés enquanto estou no computador, é tartaruga e é o único gato não-destrutivo aqui de casa. A partir de agora, e para preservar o anonimato dos gatos, será conhecida como Isabel Alçada.

Choveu, porra

As noites de Verão estão a acabar e é pena. Assim tenho de ir à rua de capuz, descer até à rua do nepalês, a chover, continuar até depois do Técnico e acabar a beber um café refastelado na Mexicana, onde vão as mesmas pessoas desde os anos 70. Levam os filhos e os netos, nota-se que são da casa. O nazi do chefe dos empregados continua uma besta, como sempre. Volto pelo passeio ao lado do Técnico ainda a chover. As meninas na paragem têm idade para ser minhas avós. O indiano onde elas vão já desmontou a esplanada, apesar desta não apanhar chuva, parece que já não está calor para estar na rua.

Engraçado, nunca vi tanta gente em esplanadas como em Estocolmo, à noite, com 2 graus. Somos muita caguinchas.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Para fechar o dia



Esta foi a melhor musica que encontrei na discografia disponível em todo o youtube. É incrível o trabalho a que me dedico para manter 3 leitores e meio. Obrigado e até amanhã.

Economia para totós


Cool Myspace Generators


Meio saturado de ligar a televisão e ver esta cambada - e vou usar termos de gajo indignado e simplório, não estou para gastar latim com coisas que são óbvias - que é a classe dirigente, digo dirigente de empresas, de institutos, do estado, dos privados, do que for, os que ditam orçamentos e ditam cortes, a repetidamente cortar nos pequenos gastos e nas tretas que fariam a vida de um zé qualquer mais fácil, mas a manter os luxos a que os cargos têm, dirão, como direito adquirido.
O que me chateia nisto, não é o dinheiro gasto. Até julgo que não será muito significativo, no total.
Chateia-me a nível de marketing, que está todo errado. É que mesmo que o Mercedes do director geral andasse com autocolantes da herbalife e estes luxos passassem a ter custo zero, não deixava de ser uma mordomia. E isso, nunca vai deixar de ter o aspecto que tem, aos olhos de quem não tem borlas. E enquanto andarmos nisto, vamos sempre torrar o dinheiro que não é nosso.

Eu sei que isto é conversa fácil. Mas a politica já chegou ao nível do taxismo e a culpa não foi minha.

Particularidades do prédio e de quem vive no último andar

Desde que vim para este prédio, o último andar do prédio ao lado - separa-se deste por uns míseros 2 metros, se tanto - tem estado a ser remodelado. Umas águas furtadas cheias de pinta, num prédio velho mas estado-novo, completamente novas. Pena é que não vejam a lateral do prédio como eu a vejo, com uma racha enorme mesmo junto ao telhado, do lado de fora. Com isto até podia fazer uma metáfora quasi-biblica, mas lavo daí as minhas mãos.

Aponto para o Saldanha

Esbarro no advogado do bibi, à porta de um restaurante. Tinha mesmo cara de culpado, o cabrão. Continuo até ao cinema de que não me lembro o nome, mas que tem um centro comercial que não tinha reparado. Tem, na cave, uma casa com uma sala onde se pode fumar cachimbo de água.  Não tem muita gente. Explorado este insólito, sigo até à Casal Ribeiro.
Encontro outro cinema mais à frente. É o CineBolso. A piada fácil passa por associar duas coisas: os cartazes à porta só anunciam filmes porno e há alguns homens à porta de mãos no bolsos. Tantos caminhos.
À volta, as meninas fáceis estão a entrar no Indiano do costume, onde invariavelmente chegam de taxi.
Palacete ikea-retro.
O cabrão do gato está a mastigar-me as meias.
O outro cabrão do gato está a abrir-me as gavetas.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Deixei que o perfume a desinfectante me inundasse, enquanto improvisava um garrote

Parece que a a minha companheira de casa - vou largar o "flatmate" por agora - tinha contratado uma senhora brasileira para dar um jeito na casa. Parece que a senhora já era conhecida, de confiança, e a precisar de trabalho. Já cá tinha vindo antes, abri-lhe a porta mas não chegou a entrar, tinha havido uma troca nas datas. Hoje era para ter aparecido. Parece que a senhora afinal é daquelas religiões que não permite um homem e uma mulher sozinhos em casa. Assim que percebeu que ia estar com o estripador do Saldanha  - serei eu esse facínora - sozinha em casa, do alto da sua sensualidade irresistível, de luvas de borracha amarelas e com aquele perfume irresistível a desinfectante multiusos, fugiu. Nunca mais foi vista, dizem.

terça-feira, setembro 21, 2010

Ouvi dizer

Inception

Sonhei com um sonho dentro de um sonho de um sonho. Mal acordo já me doi a cabeça.

domingo, setembro 19, 2010

E agora vou ali ao Derby e já venho

Ah pois, posso ver bola. Mas tem de ter tremoço, imperial e bifana.

Edit> Só teve imperial, e um longo debate sobre aspectos socio-culturais do jogo e das pessoas que assistiam ao mesmo.

Noite de debate

Ontem os copos foram animados com uma discussão importante: a selecção de elementos do sexo oposto. Sendo que somos sempre a 2ª escolha de alguém, como chegamos a esta escolha, frente às inúmeras imperfeições do outro? conclusões da noite: Aparentemente, nós escolhemos por eliminação, as mulheres por permissão - explico isto mais a fundo se for preciso. Mas, sabemos, nisto das escolhas, as mulheres é que fazem tudo, tendo ainda tempo e habilidade para trabalhar a ilusão de que no fundo, nós estamos a escolher alguma coisa. Um favor que nos fazem, para nos sentirmos uns campeões. Género recompensa-pelo-esforço. Por isso, fiquei na mesma. Ainda não é desta que há uma teoria geral unificada. Se calhar o Capitão saberá.

sábado, setembro 18, 2010

Filme do mês:

The Lives of others, IMDB aqui
Das Leben der Anderen
, no original, exercicio interpretativo voeuristico passado numa RDA Orwelliana, acompanha a transição de Homem e país, numa lenta progressão de carácter humanizante, segundo uma linearidade temporal perfeitamente síncrona entre os elementos principais da narrativa. A imprevisibilidade de um processo que se adivinharia  -  ironica e negativamente, fruto de referências demasiado imediatas  -
kafkiano, é a surpresa da história, um ponto de viragem cujo eixo, a falibilidade - leia-se humanização de um estado absolutista - torna, como diria Hegel atempadamente, tudo isto num filme porreiro.

Gostei muito deste filme. Está no meu top 10 de sempre. O resto é conversa.

Eu que até acho que sou um liberal

Apesar de achar que entro em qualquer lado, havia ali um bar do Cais do Sodré que nunca tinha ido ( até há mais, mas apenas por achar que são mais do mesmo, variantes mais pequenas ou mais espelhadas do que o Oslo ou o Copenhaga ), até hoje.
Bar americano. Porque o que a entrada escura deixava ver, era sempre pessoal indiferenciado. Pessoal indiferenciado, preconceito meu, não tenho paciência. Mas o Bar Americano, se tirarem os acessórios que atraem o pessoal indiferenciado - a máquina de vender amendoins, o alvo e as setas, o mahjong em touch-screen e as televisões com Europe - , até é um espaço com um estilo brutal. Tirem é aquele pessoal.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Já estive fora de Lisboa

Mas já foi há tanto tempo que preciso de confirmação factual.

Eu faço humor com animais

Ultimamente, a bicharada aqui de casa tem-me feito a vida difícil. Mas pronto, são gatos. Não são obrigados a simplificar-me a vida. Mas, também não tenho de simplificar a deles.
Entre gostar de gatos e ser catlover, vai um mundo de distância.
Um lover é como um fanboy, mas para todo o tipo de ser que acredite infinitamente amoroso: Gatos, cães, golfinhos, focas, anjos. É igual, escolham.
Um bom exemplo ( isto é um mercado do catano, é só ganhar dinheiro ) desta postura será um dos ultimos seguidores deste blog, a quem farei esta publicidade gratuita, só para demonstração do que é ser um lover.
Vou limitar-me a citar o autor e comentar sardonicamente o que o próprio diz. Cito:


Tobias, 93 anos.
"Compare: vamos pedir para nossa avozinha pular do telhado de uma casa e imagine o estrago, agora peça isso todos os dias várias vezes ao seu animalzinho. O resultado é bastante previsível, e é isso o que acontece.
Petrampa - Onde não dói mais a patinha"


Vamos por partes, agora.
O produto chama-se pé-trampa.
E não sei como vou viver com a culpa de ter chamado o Piruças, ( cão, claro. um gato velho faz o mesmo que um novo, nunca vem ) e ele vir encher a cama de pêlo apesar da espondilose, e não ter uma escada-para-cães-idosos para o poder fazer comodamente.
É bom ( ou não ) gostar de animais, mas só até à sanidade.

quarta-feira, setembro 15, 2010

Rewind nocturno

Lembrei-me de uma frase que gostava de enunciar. Há muito tempo, parece-me: "Nunca sei como os meus dias acabam."
Neste momento, sei perfeitamente. Saio do computador, enxoto o gato que teima em ronronar-me os pés, máquina de ultra-sons anti-joanate, apago a televisão da sala, volto ao computador, pergunto a alguém ou escolho o filme que vou deixar a meio com sono, vou à cozinha e encho a garrafa de água a olhar para o Cristo-rei.
Volto ao quarto e enxoto o gato da cama grisalha de tanto pêlo e vejo o filme atascado em almofadas.

terça-feira, setembro 14, 2010

Update ao visual

Um pequeno ajuste. Acho que é desta.

(do) Humor

Tenho um acordo invisível com um amigo meu, há anos. Em conversas acabamos sempre a discutir blogs, textos, escrita, criatividade e pelo meio, cumprimos o objectivo do acordo: encontrar a piada mais negra do momento, de preferência com figuras unanimemente populares.
Não é para todos,  - lembro-me de alguém que se encolhia quando ouvia umas piadas ocasionais com Jesus temendo justiça divina - porque não é fácil. São muitos anos a desenvolver técnicas ninja de discurso. Chegando a este acordo, não temo represálias, karma, desaprovações, nem esgares de nojo, tenho a liberdade de dizer a maior barbaridade possível.
O humor - negro, o que aqui falo - é por cá, tão mal representado. Não tem uma cara, uma referência. Temos bastante de mau gosto, jabardo, mas não temos um gajo que dite uma piada de cancro como deve ser. Anedotas há muitas, mas isso é uma bomba que só é da responsabilidade de quem a lança, o autor é anónimo, e a piada é capaz até de passar mais tempo em copy paste entre chats do que dita em voz alta. É fraco.
Restam-me as referência de lá de fora: O Louis CK, algum material do Eddie Izzard, o Carlin, o Southpark, o Nighty Night, o Little Britain. Por cá, sinto falta de uma alma que fizesse humor com as nossas referências culturais e desbravasse caminho. Deixo alguns tópicos possíveis, à laia de wishlist e sem ordem de preferência, e que convido a colaborarem com mais itens importantes ( não haverá censura sobre qualquer elemento sugerido, claro):

B Chachada. MEC. Fátima Lopes ( as duas ). Rui de Carvalho. Catarina Furtado . Parentes. António Feio. Outra banda que não os Delfins. Cancro. Fátima. Morte. Carlos do Carmo. Jesus [ o do benfica, o outro nao, respeitinho é bonito e o Jesus gosta ( o do Benfica )]. Carlos Paião. D. Duarte.

domingo, setembro 12, 2010

Ficando por casa

Ficando por casa, o computador está sempre ligado e pelo intervalo da televisão, do sofá e dos cabrões dos gatos a sacarem-me a roupa das gavetas, vou vendo blogs sobre tudo, ou quase. Há bocado encontrei este:

Via YMFY

Ainda numa de moda e tal

O Prezado gosta de ver as fotos perfeitas deste site, que fazem qualquer coisa simples parecer um item espantoso.

night out

Se um dia usar uma coisa destas, então estarei acabado para o mundo. Haja paciência, anda tudo formatado.

Dia de praia

É nesta altura que me lembro que era simpático ter carta e pelo menos, um triciclo dos ciganos.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Lisboa dos neons

 Os neons mais luminosos são os das farmácias, negócio bem mais rentável e dado a monopólios que os bares de alterne do Cais do Sodré.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Sobre a casa pia e a entrega do acordão, cabe-me dizer:

Quando ouvi as noticias sobre o atraso da entrega do acordão aos advogados de defesa do condenados, entrega adiada várias vezes, justificada por um "erro informático", percebi logo que o problema da Justiça em Portugal é o problema de Portugal: Mau hardware, que nos fode naqueles momentos em que é mesmo preciso.

- Senhora doutora Juiza, é a impressora! Estava a imprimir o acordão, mas são 400 páginas, vezes 7 arguidos, ainda fui à Staples comprar mais tinteiros - tá aqui o recibo, vou entregar à Madalena da contabilidade até à hora de almoço - mas depois ela encravou, enquanto estava a preparar o print a seguir, Senhora doutora Juiza.
- Despache isso, homem. Meta no Draft, é só letras, a preto e branco, é mais rápido.
- Senhora doutora Juiza, mas já está. E ainda só vai na 3ª cópia, passei cá a noite e os jornalistas já aí estão, Senhora doutora Juiza.
- Olhe, despache-me isso. Resolva-me o problema, é para isso que está cá.
- Senhora doutora Juiza, é o computador, já crashou 5 vezes. Pumba, Senhora doutora Juiza, agora foi a sexta.
- Olhe, Gonçalves, vamos passar isto para 4ª feira, tá bom para si?


Só um designer compreende.

quarta-feira, setembro 08, 2010

É escolher


Eu cá gosto de ver as 1as e as 4as.

Conselhos da NASA

A NASA, sabendo como é estar isolado em condições extremas, decidiu ajudar, enviando um conjunto de conselhos para os que ainda resistem a tão duras provações. O heroismo demonstrado pelos sobreviventes tocou-os, dizem, levando-os a compilar a seguinte lista:

1. Desliguem a televisão. O contacto com o mundo exterior só é positivo se mostrarem imagens das Canárias, Benelux, Mónaco, Canadá ou Xan-gri-lá. As imagens locais são nocivas, vincamos, nocivas. Nunca tomem o Prós e Contras como sendo um "espaço de debate". 

2. O espaço no porão de carga que temos é precioso. Já vos ajudámos antes, mas aconselhamos a resolverem as coisas de modo mais terra-a-terra. Por votos, por exemplo. Um Alberto João Jardim, um Isaltino, um Sócrates, um Valentim, ocupam espaço precioso que pode ser ocupado por um satélite experimental para estudarmos assuntos importantes.

3. Tentem acelerar a Justiça, aí. Processos como o da Casa Pia? nós demoramos menos tempo a meter um robot em Marte.

4. Telefonem à Autoridade da concorrência e perguntem como é dos preços da gasolina -  desde a Apolo 11 usamos uma mistura especial que é mais barata que o vosso gasóleo agricola - , telemoveis e acessos à net.

5. Não taxem tanto os serviços, não cobrem tanto I.V.A.. É imoral cobrar tanto quando se está assim isolado.

6. Não aproveitem todo o entulho só para fazer rotundas, tentem inovar.

7.
Tentem sair mais vezes.

Boa sorte nisso, over and out.

terça-feira, setembro 07, 2010

Micro-Teaser


Podia dizer que isto era um passatempo, uma adivinha, um concurso. Mas é mesmo só preguiça. Não estou para fazer um post tão cedo. É isso e comer o pequeno almoço, assim de madrugada não me cai bem. Fica assim a foto, à laia de teaser, deixando no ar muitas perguntas:

- Assaltaste a casa de alguém para tirar esta foto?
- Aquilo ali à frente é uma rua?
- Porque é que a rua é de sentido proibido, se é pedonal? ( esta é lixada )


Isto vai deixar toda a gente cheia de curiosidade, ansiedade, psoríase. E vão voltar e voltar e voltar aqui ao tasco, até eu revelar que sítio é este. Este método usa-se para vender pastilhas elásticas, também.
Estão à vontade para linkar para aqui ou enviar o link para os vossos amigos todos. Se o fizerem e eles gostarem, é um viral. Se não gostarem, é spam.

p.s. O efeito de teaser perde-se quando temos algum comentador com a mania que é saliente ou cientista nucelar e acerta à primeira.

segunda-feira, setembro 06, 2010

De volta a casa, pelo fresco da manhã

Saio à noite e a chegar a casa, invariavelmente, estou capaz de comer 2 bitoques e um soufle de camarão. Mas o mais próximo de um restaurante que um português pode encontrar  a esta hora é uma padaria aberta às tantas e encher-se de bolos e pão com chouriço.
Partilha-se como se tivéssemos a dar a morada de um dealer. Poucos as conhecem, e usam-nas como santuário, onde se encontra todo o tipo de personagem de Lisboa.
Descobri que aqui ao pé, na Defensor de Chaves, tenho uma dessas padarias. E também vende vinho, esclareceu-me logo o padeiro.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Lisboa: detalhes

ex-votos ao pé do Campo das Cebolas. Esta foto lembra-me uma história, já antiga. Real, claro.
Portas bizarras por todo o lado
Modernismo para os lados da Graça
despachados em Alfama.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Micro-Tour 2: Lavra

já passaram 0.65€ de viagem.
Vamos andar mais, hoje. Peguem no carro ou no metro, estacionem o mais próximo possível da Rua das Portas de Santo Antão, lado Norte. Lá para baixo podem ver o Coliseu, a ginginha, a tabacaria Magina, a outra ginginha, a Solmar, o Atheneu e a Casa do Alentejo. Mas isso já são locais para outras Micro-Tours. Desta vez vamos até ao Elevador do Lavra. Como não têm passe, vão pagar 1.40€ para subir 200 metros. Sentem-se, apreciem a vista do elevador parado durante 15 minutos - virados para o Largo da Anunciada, com o Solar dos Presuntos à vossa esquerda - e preparem-se para uma escalada que demora 4 minutos. Já lá em cima, podem subir a escada do cais de embarque, tirar a fotografia turística a partir do meio do cais, fazem o loop e voltam a entrar na porta oposta do eletrico. Mais 1.40€, 15 minutos de espera e 4 minutos de viagem depois, estarão prontos a voltar a casa. Um dia em cheio.