domingo, dezembro 30, 2012

Balanço de 2012 em imagens II


Coimbra tem muita bebida. Visitei o States.

Descoberta tecnológica do ano.

Viajei até à margem sul. As taxas de aeroporto estão mais baixas.
Os santos vão falhando no dia a dia mas não falham em Junho.

Fui a uma manif.

Fui a outra manif.

Fui a outra manif.
Fui a outra manif.
Fui a outra Manif.

E infelizmente a iliteracia online continua a aumentar.

Balanço de 2012 em imagens I

O país continua a afundar, apesar de nos repetirem que está tudo a melhorar.
O Armstrong foi apanhado num esquema de doping
de proporções interplanetárias



Foi o ano dos tablets. No próximo ano o mercado deverá
oferecer todas as combinações de tamanhos possíveis
em incrementos de 1 cm.

Uma sonda marciana aterrou com sucesso no Mogão, à procura de vida inteligente.

Vi o Stevie Wonder ao vivo num centro comercial gigante.

A internet móvel veio trocar as ideias de toda a gente
e fez surgir coisas estranhas que ninguém percebe muito bem.


Fui à feira da Ladra um número record de vezes, comprando
um número record medalhas comemorativas do campeonato
de hoquei de 82.
Visitei um museu onde estão registados os efeitos nefastos da
exposição prolongada a canais de televisão generalistas.
Meti som novamante, provando que pessoas historicamente
surdas conseguem ter sucesso na música.

quinta-feira, dezembro 27, 2012

Design

A São João pegou nisto e eu dou-lhe continuação porque a vida está complicada e preciso de trabalho. Olhem só o potencial que um designer tem, é um mestre da camuflagem gráfica. Podemos ser astronautas, directores-adjuntos do Expresso, directores de programas da SIC, tudo.
disclaimer: Piada de designer.

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Prendas de Natal

Devo ter uns 15 guardados algures.
Natal é partilha, mensagens de boas festas de múmias presidenciais a corda, Passos com cara de peixinho de aquário com aquelas dioptrias todas e, passo a redundância, prendas más. Quantos destes é que receberam ao longo da vida? Eu acho que recebi vários da mesma tia.
Está a chegar a altura dos posts de balanço.
Pensamentos logo após endoscopia:
"Anestesia sabe mal."
"Deviam fazer anestesia com sabor a after-eight."
"Vou dizer à enfermeira que sonhei com uma endoscopia sem anestesia a correr muito mal."
Acabei por dizer que deviam fazer anestesia com sabor a after-eight. Acho que pensaram que estava ainda a delirar, mas não, passado horas ainda acho o mesmo.

Adenda -A mania que todas as enfermeiras têem de infantilizar toda a gente vai perdendo-se numa razão inversa à sua idade. Se as mais velhas não conseguem tratar ninguém como um humano normal e adulto, tornando todos em crianças grandes, a mesma conversa por enfermeiras de 20 anos amaina porque ganha contornos kinky: " é só meter-lhe esta agulha e paro com as maldades" é uma frase que pede continuação.
E não me explicaram porque é que um piercing numa orelha pode atrapalhar uma endoscopia.

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Natal

Fenómeno inédito este ano, fui a uma festa de Natal de empresa e não espumei, não fui obrigado a fazer nada, não tentaram convencer a cantar versões de Jingle Bells com quadras feitas pelo zé da contabilidade, não tive de ouvir discursos vazios repetidos e isto tudo sem ter de me enfrascar e mesmo tendo bar aberto. Devo estar a ficar velho.

sábado, dezembro 22, 2012

Rescaldo

Porreiro é que não vai haver profecias novas nos próximos 200 anos. Porreiro também era aproveitarem para acabar com mais 3 ou 4 superstições.

quinta-feira, dezembro 20, 2012

A questão é

De que maneira é que o mundo vai acabar amanhã?

Taxismo

No taxi a atravessar Lisboa, o sr. Paulo explicou-me que em Londres - todos os taxistas são ex-emigrantes - as coisas não são como cá e os restaurantes são mesmo fiscalizados, não há hipóteses se forem apanhados em falta. Há fiscais bem piores do que a ASAE porque não são só caricaturas nazis, são sérios e fazem diferença. Depois explica-me que cá não é nada assim e eu penso que realmente todos voltam porque gostam desta ausência de controlo. No fundo, é um país de anarcas.

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Processo de Evangelização

O contacto perigoso com o mundo sombrio do empreendedorismo corroi-me as entranhas de cansaço. Não que seja complicado continuar a achar que o Portuguese-Way-of-Life continua a ser o melhor, nem seja complicado achar que a escolástica Prezadiana continua a ser a melhor - para mim - mas o choque cultural é complicado: Promovendo a liberdade de cada um fazer o que entende da sua vida, levo com pessoal que acha que o seu modo de vida é invejável. E dizerem-me que se perde muito tempo a almoçar em Portugal e que telepizza é altamente quase dá para criar uma nova inquisição e perseguir esta gente. Torquemada metia-os todos no espeto se soubesse destas blasfémias.

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Diálogo

À barata que me disseram que teve os colhões de ficar parada no meio da cozinha derivado de ser do tamanho de um Pincher.

- Olha-me aquela. Não é uma vassoura de merda que me manda abaixo.
- Sai daí zé, ja te disse que ainda te magoas.
- Cala-te e lava a louça!
- Sai daí e vai buscar borras de café como prometeste.
- Vou quando quiser!
- És tao teimoso, possas.
- Olha a gaja lá ao fundo. Nem se mexe.
- Olha que a loira vem aí.
- Ah, outra. Agora são duas! MWAHAHAH!
- Olha que a loira vem aí.
- Ahaha olha-me a gaja nem tem mãos para a vassPAF.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Devemos ser todos estúpidos

Portanto temos jornalistas ou ministros - não meto a mão no fogo por ninguém - que fazem estas contas originais: De uma redistribuição fazem um aumento.
Vamos fazer isto como fazia o meu pai quando eu era puto, pegava num monte de laranjas e explicava-me como se faziam contas Ora se temos 10 laranjas por mês mais o subsídio de natal, temos 13 vezes 10 laranjas. São 130 laranjas. Ora agora em vez de ter 13 molhos de 10 laranjas, passamos a ter só 12 molhos de 10 e mais um pedaço de laranja cada mês. Houve quem visse aqui um aumento. Eu vejo um monte de laranjas a estragarem-se.

quarta-feira, dezembro 12, 2012

Tasco lapso

Rali dos tascos por Arroios, caio num engano que é habitual: dadas duas condicionantes incompatíveis, tento combiná-las sabendo que estarei sempre em falta para com uma delas ( a mais grave). Aqui o jogo de descobrir novos tascos, sempre mais e mais escondidos, julgava-o compatível com uma gastroenterite mal resolvida. Entrar num tasco sabendo que se está em dieta especial é o maior engano e fiz a pior opção possível: num tasco manhoso em que nunca entrei, fui pedir peixe. Veio uma coisa que devia estar congelada há 3 anos.
Mais valia ter pedido uma alheira, sempre me corroia as entranhas na totalidade.

terça-feira, dezembro 11, 2012

Pequena introdução à metafísica de partículas

Estava a acabar de a escrever e partícu-la.

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Riscos Pedidos XIII

Por exemplo, não pode ser bife todos os dias.


E é uma edição rápida de


Nunca mais chega o Natal dos Hospitais.

sábado, dezembro 08, 2012

Borf

Dado estar doente em casa com uma gastroentrite bacana que me arrastou para a cama uns dias, restam-me as pequenas alegrias do mundo, como saber que uns tios já velhotes iam viajar de avião pela primeira vez. Estava eu entretido a rir-me a pensar nas figuras no avião, rudes gentes do campo a 20000 pés de altitude, as refeições, o catálogo de venda a bordo, os poços de ar, as tretas normais, que nem me lembrei de pensar no potencial do check-in. Acho que metade da bagagem ficou em Lisboa.

domingo, dezembro 02, 2012

Keywords

Para a próxima componho-as em prosa. Ainda arranjo editora.

Benfica antiga

Lá consegui andar um bocado de máquina fotográfica.

sexta-feira, novembro 30, 2012

Clientes do inferno

Hoje foi daqueles dias em que o cliente me mostra algo que poderia ter sido feito por acidente vomitando num teclado shift+R+ctrl+Alt+3+tomaládisto e que, lançando o desafio de apresentar melhor - ah um desafio como eu admiro gente que lança lá do alto os desafios - lho replico com magistral layout que é prontamente arrumado com um lacónico "gosto mais do que eu fiz".
E é nestas alturas que pergunto onde está deus, toutatis, zeus, menelau, a cornélia e o caralho cos parta a todos.

quinta-feira, novembro 29, 2012

Até entendo que o domínio do discurso político seja uma parte extremamente complexa de trabalhar quando alguém se dirige em simultâneo a tantas pessoas com ideias tão diferentes. Talvez por isso, pelo uso de meias palavras, sub-entendidos e sub-leituras, nunca tenha confiado muito em políticos. Eles pensam como todos mas não o expressam como todos. Não podem, para bem deles.
Mas o Passos conseguiu levar o discurso político a um máximo histórico: ele mente permanentemente. O que diz não tem valor em si, é apenas um papel de rebuçado, daqueles que eu não gosto, para um modo de pensar.
Exemplo: "2013 vai ser o ano da recuperação." Obviamente que não vai ser ( pelo menos para mim, pode ser, sublinho o "pode ser", que haja empresários que fiquem a ganhar mais ), mas serve para criar alguma esperança.  Não é baseada em factos, não chega a ser wishfull thinking e não o diz de forma a que eu acredite, mas é isto todos os dias. Isto tudo é muito básico é.

A história da arte

Pegando num tema em voga aqui na vizinhança, apetece-me divagar sobre a estética dos amputados. Os tais postais pintados com partes do corpo que se deviam ficar pelas suas funções iniciais.
Acima podem ver um postal pintado com a mão direita do blogger mais canhoto deste blog. Claramente a sua mão direita devia ficar-se pelas funções a que foi destinada - Sou canhoto, sim. Essa também é uma função da esquerda é - coçar a orelha direita, mandar parar o autocarro e fazer sinal de pisca para a direita na bicicleta. Contrariar ou forçar o corpo a mais do que as suas funções primárias é o ponto de partida para a violência estética. O cogito, violado no seu direito à não-criação fruto de um impedimento anatómico indesejado - amputação ou simples falta de jeito - responde de forma inesperadamente semelhante em todos os seres humanos, sem distinção de culturas estratos sociais ou nível de formação: a ausência de temas que interessem a alguém, a repetição de paisagens canadianas inóspitas, a escolha de cores fora do espectro agradável ao ser humano, as composições puramente figurativas, tudo caracteristicas transversais a todos os autores desta corrente estética em voga no Natal e cada vez mais presente devido ao carácter low-fi inerente à produção de todas as obras. Na escultura, Moore terá dito que o apogeu da estética amputada ocorreu com o figurativismo analítico encontrado em obras como "Árvore de Natal em cápsulas nespresso recicladas" não encontra par no ocidente industrializado, ao que alguns pensadores do primitivismo - ver Jansen - aquiesceram neste aspecto coiso.

quarta-feira, novembro 28, 2012

Para fechar o dia, um acidente na auto-estrada

Parei para ver, quatro piscas ligados, a chuva miudinha misturada no vento a gelar-me os ossos cheguei-me ao pé que a curiosidade era mais forte que tudo.
Era um empreendedor. Tinha acabado de se esfarilhar todo numa treta que inventou depois de ler um manual daqueles que se vendem em escaparates de aeroporto, daqueles que prometem sucesso em troca de boa vontade. Com um pontapé, rematei o livro para a berma antes que alguém mais se magoasse com ele. Parece que o sucesso de que o empreendedor gosta de falar é fruto da capacidade que tem de empolgar os outros com a história do seu sucesso falando sobre a capacidade de empolgar os outros com a história do seu sucesso falando sobre a capacidade de empolgar os outros com a história do seu sucesso falando sobre a capacidade de empolgar os outros com a história do seu sucesso falando sobre a capacidade de empolgar os outros com a história do seu sucesso
Liguei para 112, virei costas e fui pelo caminho a pensar como é que os tipos do reboque conseguiriam tirar uma tanga daquele tamanho da valeta.

terça-feira, novembro 27, 2012

E coiso

Tenho andado com pouco tempo para conversas e isso reflecte-se na qualidade e frequência dos posts aqui no PPC. Resultados, 3: exploro temas inócuos em posts auto-cumpridores. Como não converso muito e 80% das tretas que me lembro aparecem involuntariamente a meio de uma conversa, não tenho nada de novo. E ultimamente nocto que a medo de usar o maldito acordo orctográfico acabo por ser mais pacpista que o pápa só para não dar o braço a torcer a estes otários que acharam que liberalizar o português traria alguma vanctagem de algum tipo mas basta parar para ler as legendas dos telejornais e vê-se que o producto final desta besta acéfala é uma bosta que ninguém entende: nem portugueses, nem angolanos, nem brasileiros, nem guineenses nem ornitorrincos. É só uma perda de tempo para todos. Quando é que percebem que isto não é vantajoso nem moderno? Desistam, revoguem este aborto.

domingo, novembro 25, 2012

Tendo a capacidade de verborrar 25 linhas sobre as qualidades de parede que pude apreciar num fim de semana em que não parou de chover, fico-me por aqui.

quarta-feira, novembro 21, 2012

Nível de confiança

O meu nível de confiança em políticos é tão elevado que o Gaspar fala, eu nem ouço o que ele diz, e à noite sonho que divido casa com uma família de cabo-verdianos na Bobadela. Ajudo a avó Xica com uma máquina de costura pesada que fica numa mesa feita com 2 caixotes e uma tábua, e o neto, puto de boné de 2 metros e 10, anda com um rasgo aberto na garganta porque o mastim de estimação mordeu quando lhe ia a por a coleira. Este governo é um pesadelo.

terça-feira, novembro 20, 2012

Dica para a próxima manifestação

Demonstrem a este governo que são melhores que ele e que a sua polícia: Abra-se um espaço na calçada do passeio de S. Bento e faça-se uma dupla homenagem aos nosso governantes refazendo aí a calçada portuguesa tradicional com um dito das Caldas bem generoso que fique para a posteridade.
Dado o tempo que a polícia fica parada a ver meia dúzia de putos a escavacar a calçada, deve dar tempo para fazer isto tudo. De nada.

segunda-feira, novembro 19, 2012

O Projecto Social

Pensava que já tinha definido um novo e completo caminho para a esquerda mas estúpido cientifico eu deixei-me ficar pelos aspectos mais técnicos ou estratégicos para a conquista do poder. Este fim de semana pude confirmar o ponto em falta: A religião. Tentando recuperar de uma maleita quase medieval, vi-me perseguido por um cliente que não entendia a palavra "doente" mesmo que repetida ao longo de vários dias.
Obviamente que no seguimento disto e das abordagens anteriores sobre o Nacionalismo de esquerda, concluí que o povo querer-se-á muito religioso. O fim da separação Estado/Igreja será a resposta à ameaça do jugo do empreendedorismo e outras seitas parecidas, que aproveitando o vazio legal / "nova legislação do trabalho" deixado por este governo querem impor crenças estapafúrdias associadas à produtividade e ao sucesso empresarial que só servem para subjugar e estupidificar o povinho. Se a religião é o ópio do povo, que o seja, mas nacionalizado. Só assim se manterão vivas tradições imprescindíveis ao povo português: A santidade do fim de semana ( ou só do Domingo caso não haja mesmo outra hipótese ), feriados religiosos invioláveis, intervalos para oração ( ou cigarro ou café conforme a crença pessoal ) regulares e outras benesses reservadas aos crentes da nova religião nacional. Portugal deixa de ser um estado secular para não ser consumido por empreendedores infiéis capazes de poluir as mentes mais fracas com as suas falaciosas promessas de salvação. Dicas para os novos 10 pecados mortais da nova religião? ( é para-católica-apostólica. Para facilitar. )

quinta-feira, novembro 15, 2012

Desvantagens de poder trabalhar em casa: desapareceu-me um dia da semana e não dei por isso. Não tenho desculpa para estar doente e não fazer nada. Farto-me de comer.

Esquizofrenia

E hoje a SIC faz a cobertura esperada do que aconteceu ontem em S. Bento. Interessante ver como a meia-dúzia a que Miguel Macedo se referiu tem impacto, mas a manifestação nem tanto. Olha o bloco de informação da SIC dissecado:
1. Manifestação com a tal meia dúzia a atirar pedras um bom bocado ( esta cena faz-me sempre lembrar a guerra do Solnado, é o mesmo sketch ).
2. Polícia a carregar em todo o tipo de gente ( muito poucos com cara de pertencer à tal meia dúzia )
3. Cavaco indignado.
4. Seguro indignado.
5. Passos indignado.
6. Em S. Bento, recolha de opiniões de: quem está a refazer o chão destruido ontem. Pessoas que vivem lá perto, com perguntas condicionadas no género "Tem medo que a partir de agora todas as manifs passem a ser assim?".
Assim se branqueia em Portugal.

quarta-feira, novembro 14, 2012

Só para esclarecer

Isto podia sair em verso mas sai em lista:
Jonet, Isaltino, Marcelo Rebelo de Sousa, pseudo-realizadores de comunicados importantes, propagandistas, activistas, Sousa Tavares, Passos Coelho, Cavaco, Relvas, sindicalistas, deputados, ditadores de pequeno poder, Alberto João, Seguro, donos de supermercados, fascistas no geral, neo-liberais em particular, Fátima Campos Ferreira, , blogs de esquerda, blogs de direita, escritores reles, jornalistas de bidé, pintores de bancos de autocarro, progressistas, empreendedores, designers, marketeers, caloteiros, ,artistas no geral, palhaços em particular: pá, não chatem o pessoal com merdas. Emigrem.

segunda-feira, novembro 12, 2012

Ich bin Lisboeta

Quando me falaram de um video que Marcelo Rebelo de Sousa queria passar em Berlim para chamar a atenção da opinião pública alemã, pensei que seria má ideia porque seria apenas chover no molhado: tudo o que foi feito até hoje não pode ser rescrito, o sistema ( capitalista) é este e é igual para todos e se nunca recusámos as regras do jogo não podemos escolher arbitrariamente a partir de que ponto queremos ser poupados das suas consequências. O video, criado por bloggers do 31 da Armada, seria assim algo bizarro, pois seria uma peça de propaganda nacionalista apelando à boa vontade do poder político e económico alemão ( bem mais nacionalista que o nosso poder político e económico ). Chover no molhado, portanto.
E imaginava um video bom. Ia para o chão como a semente do outro, mas era um filme magistral, uma chapada de luva branca.
Mas não:



 Pasmo. Quando a coisa vai no povinho pobre e massacrado, os primeiros 30 segundos, com a grávida que parece ter uma relação incestuosa com a dose de cozido que deglutiu ainda só penso " ok, não tinham iluminação, não tinham actores, não tinham cameramen, não tinham dolly, não tinham budget... e não tinham gosto.", mas quando entram os putos do Plano Marshall e a senhora do cartão de crédito... Qual é a ideia aqui? revisionismo capitalista?
- Olhem, vocês precisaram de um Plano Marshall para se safarem. Nós não.
- Nós levámos com setecentas mil toneladas de bombas só em Berlim.
- Nós tivemos o Salazar.
- Nós tivemos o Hitler.
- Nós vamos ali à Matinha à roulote dos pregos.

E sim, tivemos cartões de crédito com os quais comprámos carros alemães? Mas ó Deus, não são vocês que são pelo capitalismo? Jogámos as regras do jogo e estamos a perder, está na altura de terem pena da dondoca do BMW? é esta a mensagem?
E segue: temos a maior rede elétrica de abastecimento para carros elétricos, fornecida por alemães. Mas os 3 otários mostram a ficha e dizem que os alemães ainda não venderam os carros que ligam às fichas. É o capital, estupidos. ( Ia mencionar o facto dos pilares de abastecimento serem um pouco fálicos mas vou deixar passar ).
E segue: Comprámos submarinos alemães! Nem comento!
E segue: Fizemos uma batelada de estádios contratando alemães para isso. Nem comento!
E segue, a voz-off monocordica: taxámos "everything that moves.", com orgulho. Até aqui estavam só a dourar a pilula mas agora já é mentir. Nunca esperei isto do Marcelo Rebelo de Sousa.
Nisto aparecem 3 personagens que devido ao budget, devem ter sido contratadas à Kim Jong Il de uma manif bloquista qualquer. A Troika são 3 tipos de cartola a roubar? Não são uma entidade séria que nos salvou da bancarrota, afinal?
Por esta altura já me doi a cabeça e a barriga de rir mas consegui continuar. Seguem-se vários números disparados de seguida, demonstrando que o povo é trabalhador, mas a gestão é uma merda: trabalhamos mais, menos feriados, menos férias, ganhamos metade. Algo bate mal aqui.
Vou saltar a cena da minhota de bigode abraçada ao Robin dos Bosques alemão e a triste comparação com o que cada um ganha ao ano, porque a cena de recriar a porra da ruiva da manif e abracá-la a um jovem raquitico a fazer de polícia passa das marcas da foleirice. Um polícia com aquela compleição nunca será um monstro derrotado pela beleza e doçura de uma portuguesa: bastava uma chapada da miuda que se partia em 2. Já viram os braços do homem? Foda-se.
Finalmente, atiram à cara do agiota que ele também deve dinheiro a outros. O que é que os agiotas fazem às pessoas que os desafiam? partem-lhes os tornozelos com um pé de cabra, não?
Para fechar, vão buscar o Muro de Berlim recriado em esferovite e tentam estabelecer ali um paralelismo qualquer que não apanho. Mais valia terem lá o D. Sebastião a empurrar um muro de creme de bolos ou barquinhos de ovos de aveiro.
O que é que se passou, caralho? O pessoal capitalista do 31 da Armada, uns 20 gajos, entre eles não faziam uma vaquinha ou tiravam do pote do amigo-secreto deste ano?
Que vergonhaça. Ainda bem que não deixaram isto passar em lado nenhum.

domingo, novembro 11, 2012

Design ao serviço da sociedade

Use design de comunicação e seja feliz. Contacte só profissionais licenciados.
Usava-se um aviso sempre que a senhora fosse falar e pronto, acabava-se a conversa que também já enjoa.
Tenho saudades do tempo em que trabalhar era só trabalhar. Agora é o mesmo que ir para um comício. E eu detesto todos os comícios.

sexta-feira, novembro 09, 2012

Jonet & Sparky

À ultima da hora, trocaram tudo: A Jonet foi convidada para ir ao Sic noticias para um debate e amarraram o Sparky a um carro em andamento.
Toda a gente sabia que o Sparky ia falar do trabalho que se tem feito no Banco Alimentar e de como uma ONG que ajuda tanta gente não deve ser politizada - já basta a sua génese - e ia até aproveitar o tempo de antena para convidar as pessoas a ajudarem-se mais no inverno que se aproxima, especialmente os sem-abrigo. Noutro canto do país, um débil mental qualquer abandona a Jonet num descampado em estilo Mad Max Para Além da Cúpula do Trovão e mete toda a gente a angariar fundos para pagar o internamento do bicho e a entupir a net de insultos.
Este país não tem cura, está tudo trocado. Jonet calma jonet larga o pobre larga larga foda-se Jonet larga o Sparky foda-se! Está agradecida ao bicho o que é que posso fazer?

Assim por alto

O problema deste país é que a direita não deixa isto andar para a frente e a esquerda não deixa andar para trás. Só empatas.

segunda-feira, novembro 05, 2012

Cérebro de cliente

Aposto que eras mais feliz numa fábrica de enlatados
- Aqui está, a ideia para o cartaz do suplemento.
- Mas isto é o quê?
- Então, é um tipo normal, género Zé, ninguém dá nada por ele mas a sombra é a de um super-herói, é como se fosse um alter-ego que ele ganha com o suplemento.
- Acho que ninguém percebe isso. E o logotipo tá pequeno.
- Então, é simples, é um tipo que parece normalíssimo mas a sombra tem uma capa e é o superhomem, o suplemento dá-lhe as defesas de um super-heroi...
- Não, as pessoas não percebem isso. Tás a complicar.
- Posso tentar outra coisa, coloco a sombra mais exagerada, mais detalhes de maneira a que se perceba melhor a silhueta. Acho que toda a gente sabe o que é o super-homem...
- Não, faz assim, em vez da sombra só a preto, mete lá o super homem meio esbatido como se fosse assim meio sombra meio transparente assim a metade a ver-se meio tu sabes está lá mas não está e depois faz a sombra mas a preto também.
- Mas faço a sombra ou meto lá o super-homem?
- Não percebeste o que pedi?

Este post é só para pessoal de publicidade.

PDI

A cena é que a partir de certa idade, sem se queixar, o corpo continua obediente e faz tudo o que for preciso até às horas que forem precisas. Já na ressaca, não obedece a nada e recusa-se a mexer durante 2 dias como retorno dessa obediência.
Deus é cruel.

quarta-feira, outubro 31, 2012

Da Cultura

Como é tutelada directamente pelo Passos e sei que ele lê este blog, espero que faça ouvidos de mercador e utilize esta ideia que aproveita até ao último tostão o orçamento destinado à cultura: Façam-se dos tempos de espera de cada chamada para call-centers os seus momentos culturais. Acabe-se com o monopólio das 4 estações de Vivaldi e aproveite-se para divulgar John Cage, Ligetti, Mozart ou Lopes Graça. Celebrando a obra do recentemente falecido Emanuel Nunes, faça-se um ciclo alargado da sua obra compreendendo as linhas de apoio ao cliente da EDP, da secretaria geral das finanças e do CCB, apoiem-se novos compositores atribuindo bolsas de estudo por sms, estimule-se o mercado de telemóveis com stereo. Quem é amigo?

terça-feira, outubro 30, 2012

Keywords revelam fome negra em Portugal





Sendo que isto não é um blog de culinária, aqui fica a dica ( e assim passo a fazer estatísticas mensais sobre a quantidade de gente que come o que pesca do Tejo ): Deixe demolhar 3 meses até que todo o entulho que a taínha comeu a vida toda fique no fundo. Numa sertã, aqueça um fio de azeite e 15 cabeças de alho. Depois de queimados, adicione a taínha. Os alhos são excelentes para o coração e tiram qualquer vestígio de sabor da tainha, podendo saborear calmamente o melhor do seu prato.

Esclareço: "Entulho" é merda.

Já vejo aí os primeiros sinais...

Gasolina ou acendalhas?
Durante um ano, tias de cascais, dondocas da avenida da igreja e betos de alvalade recolheram, como formiguinhas atarefadas, muitos e muitos copos de plástico de café, latas de refrigerante, cápsulas de nespresso, caixas de ovos, palinhas, colheres de café, copos de gelado, tampas de garrafas e todo o lixo que sobrava de todos os seus milhares de familiares e agora é aquela altura do ano em que todos os tipos de deficientes se juntam em harmonia e constroem todo o tipo de porcarias de onde recolhem o dinheiro e o critério estético de pessoas boas e cheias de boa vontade. Este ano, como todos os santos anos que precederam este em que tive de fazer campanhas de Natal de Agosto a Outubro sempre a dizer o mesmo, renovo de coraçao os votos de que o capitalismo consumista morra num inferno nuclear alimentado por uma fornalha de anjinhos do exercito de salvação. Shalom.

Dica: não confiem em pessoas que toquem pandeireta e guitarra sem pertencerem a uma tuna. Também não confiem em ninguém de uma tuna.

segunda-feira, outubro 29, 2012

Só naquela III

Pá, não alimentem o monstro do José Rodrigues dos Santos. Não há coisa que me meta mais nojo que esta gente que  recebe um prémio "escritor de confiança" . A única confiança que deposito neste escritor é a de que sabe distinguir uma sapateira de um advérbio de modo e consegue virar páginas de um Houaiss com as orelhas. Registo que a obra que permitiu isto, " A mão do diabo", tem uma capa que não lembra ao inferno.

sábado, outubro 27, 2012

Só naquela II

Pá, não alimentem o monstro do Starbucks. Não há coisa que me meta mais nojo que esta gente que adopta os costumes dos outros só pela estética da coisa. Andar de copo gigante de café na rua é de quem tem uma vida cheia de stress e não tem tempo para se coçar. Mais, uma das primeiras causas de stress são copos de café vendidos a 4 euros.

Só naquela

Pá, não alimentem o monstro do Halloween. Não há coisa que me meta mais nojo que esta facilidade com que nos tentam dar palha. Entrar num supermercado e encontrar aboboras com olhos deixa-me fodido. Não temos nada com essa merda. É giro, é coiso, mas é lá nos filmes e nos desenhos animados. Karma, espero que um dia haja action-figures de Caretos de Podence à venda em N.Y.

sexta-feira, outubro 26, 2012

Não vou dizer que isto* nunca esteve tão mau, mas vou dizer o que me chateia particularmente: A doutrinação. Se há 50 ou 100 anos o trabalho era bem menos dignificante** do que é hoje, era também mais simples. Se a alguém ( todos ) se exigia que trabalhasse de sol a sol, o contrato por aí ficava ( Já era próximo da escravatura ou do feudalismo ). Hoje as condições são muito melhores mas não basta trabalhar, temos de ser doutrinados, vivermos o que se trabalha, respirá-lo enquanto se almoça, pensá-lo a meio do banho*** e se há algo que pode ser refeito, dar o nosso melhor sem olhar para o mundo à volta. Horas, contratos, cansaço***, é tudo secundário. Importante é deus, a empresa. E o que eu gramo de deus e empresas.

* isto é o mundo.
** o trabalho dignifica quando quem o trabalha sente isso. Opiniões externas não contam.
*** já me pediram isto.
**** Hoje, sem se rirem, pediram-me a opinião sobre uma cama para meter num escritório.
Depois do evento de ontem, quero produzir algo como um concerto ao vivo e em diferido, misturando meios diversos num exercício de expressão multidisciplinar. A ideia é básica: Colocar num palco o máximo de artistas possíveis. O resultado final seria superior ao Cremaster, um filme com dj set, banda ao vivo, escultura, canto coral, action paint, Spoken Word de namedropping, V.J., pauliteiros de Miranda transportados em Bunraku e 3d Printers. Um dia destes manda a candidatura para um mecenas à altura.

quinta-feira, outubro 25, 2012

O que é que estão a fazer agora?
Eu estou a definir um content-wizard para um site.

quarta-feira, outubro 24, 2012

Tourist Traps

Mais um visitante dos states e novamente, insistem em levá-lo à Expo ou ao Eleven para mostrar como Portugal é um país desenvolvido. Sendo que os taxis ainda têm janelas, acho que este tipo já deve ter reparado que isto não é o Dubai. Basta sair do aeroporto em direcção ao centro e já se viu que não é por isso que Lisboa é procurada.  O drama à volta do hotel a aconselhar pareceu-me algo entre a censura salazarista e o Goodbye Lenine. Somos um país pequeno e tudo se atropela: a distância entre o bom e o péssimo pode ser só uma esquina ou uma travessa. Especialmente no centro de Lisboa. Quase tratado como um turista chegado a Pyongyang no primeiro dia, restou-lhe explorar a cidade no dia seguinte quando se viu à solta.
- So should I worry about robbers?
- Not really. Just be carefull with the camera and your wallet. No big deal.
Como explicar que naquela rua específica há pessoal menos recomendável? é só naquela.
- Someone offered me hash downtown.
- Near Chiado? don't buy anything from people in the streets. That's not even drugs, its just some pills and weird stuff grinded together.
O engraçado é que as perguntas são sempre iguais. Só tenho pena de não ter tido oportunidade de ensinar caralhadas. É a nossa exportação principal a seguir ao bacalhau.

terça-feira, outubro 23, 2012

Os vizinhos devem gostar do tempo que perco na escadas do prédio. Servem para filmar, fotografar, fazer animações, tirar texturas. À noite deixo as luzes apagarem para as fotos com flash. Pelo meio, ir buscar gatos lá abaixo. Nem imaginam se as escadas fossem bonitas.

segunda-feira, outubro 22, 2012

Alegria da Caverna

deves achar
sec. VIII A.C.
- Bom, mete aí Zeus todo poderoso deu uma granda berlaitada num ganso. O ganso para se escapar transforma-se numa nuvem e foge para Saturno. Entretanto Afródite apaixona-se por um boi e tem um bezerro que de tão feio é trancado num labirinto. Prometeu falhou a jura e uma águia come-lhe as tripas todos os dias.
- isto fica assim, não tenho tempo para rever.
- Sim, segue que hoje há tragédia às oito e quero sair cedo.

sec MCCC D.C.
- Foda-se estes gajos eram doentes. Mas se é isto que resta da cultura grega... Ó chefe, eu traduzo isto, mas vou dar-lhe uma volta para isto ter mais jeito e mais nexo. Não consigo fazer nada disto assim, porra.
- Faz como entenderes, não tires é as cenas com animais.

  sec XXI D.C.
-Textos com referências à antiguidade classica são tidos como literatura séria.

domingo, outubro 21, 2012

Arroios, à noite.

Click to zoom

Click to zoom yada yada

Esta é para compensar as pessoas que ficaram tristes com aquela campanha dos perfumes e do Zé à procura da Maria. Mas atenção: isto não é amor, é mesmo stalking.

sexta-feira, outubro 19, 2012

Keywords

O absurdismo morreu. Vivam as Keywords.
As keywords são o flow-of-conscience da burrice global, da falta de jeito, da ignorância cândida e o destroçar da esperança num mundo melhor. Ninguém deveria poder dirigir-se a este blog perguntando ao Google - Como a um Marcelo Rebelo de Sousa todo-poderoso - como apanhar gatos bravos, o que são coninhas ( ou onde as(os) encontrar ),  sem perceber o que se canta nas alturas ou porque toca pandeireta um homem no campo das cebolas. Pessoal: o Google só consegue entregar respostas a perguntas factuais. Opiniões, visões parciais, pensamentos íntimos, não consegue. E o que não consegue mesmo é dizer qual é a melhor gaja a mostrar as mamas, especialmente neste blog. Não é dilema que tenha discutido aqui, que me lembre. Google Fail.

E depois aparecem estes fenómenos

Pergunto-me em que frequência o cérebro deste tipo de gente funciona quando debita estas ideias. Ponto morto? meio PSI? 2 Hz?
Visto isto vir a lume, abro aqui o jogo e revelo quais eram os meus planos para 2013: abrir uma agência toda composta de estagiários a custo zero. Não era nada complicado, só tinha de ter um escritório com bom ar e um casca de uma playstation encostada a um canto - Com muita sorte, já passados 6 meses é que teriam tempo de descobrir que não funcionava - para o estilo. Mas o modelo do Ulrich ultrapassa a minha ideia de longe. Ele não só chulava os estagiários como ainda metia o estado a pagar por ele. Fuoda-se, sou um maçarico.

quinta-feira, outubro 18, 2012

Design-o-vision

Clientes nunca param de surpreender. Mas após anos de investigação, começo finalmente a perceber como funcionam. Esta semana comprovei a existência de uma cliente-o-vision. Algo parecida com a visão da Matrix, a cliente-o-vision é uma forma de visão não-gráfica. Onde um designer vê todo o tipo de relações visuais, semânticas, emocionais, comunicacionais, um cliente vê apenas manchas uniformes de "grafismo", uma espécie de white-noise de conteudo trabalhado previamente, que apenas representa horas ou dinheiro gasto. Descobri isto depois deste diálogo ( só designers percebem, paciência ):

- Bom, o layout não tá assim espetacular... - A olhar para o meu layout implementado pelo programador.
- Ah, esse. Mas esse também não está como eu desenhei.
- Como assim?
- Bem, o entrelinhamento não está igual. Os espaços brancos também não. Os blocos de texto não têm espaços em cima. As fontes não são aquelas. Muitos detalhes. Se o design é feito de uma soma de detalhes e eles não estão lá... Claro que não funciona.
- Mas a fonte não é a mesma?
- Não, aquela é uma Helvetica. Eu ali meti uma Futura.
- Zé, vê lá se é. - diz para o programador.
- É, é uma Helvetica.
- Porra, este gajo tem olho.

Gambrinus

- Tou?
- Tou, tás bom?
- Porra, 3 dias? tás maluco?
- Ahahah deixei-te à rasca, não foi?
- Foda-se ainda te ris, esta merda não tem piada. Se ias aprovar esta merda porque é que não disseste logo?
- AHahahaha ficaste mesmo atrapalhado. Epá desculpa lá o mau jeito mas tenho de mostrar que tenho algum controlo na situação.
- Foda-se nunca mais faças isso.
- Vá, amanhã almoçamos no do costume.
- Foda-se, sim. Pagas tu.
- Tá bem, tá bem. Inté.

Rodapé

Quando falo de blogs com algum designer, a primeira coisa que perguntam é "qual é o conceito?". Este blog não é isento disso, é um defeito profissional. Temos de ter ideias fechadas à volta de um conceito. Pode ser simples e batido, ou algo brutalmente original. Este era quase original quando começou. A ideia era ilustrar - com textos - objectos encontrados na rua. Depois passou a ser só uma longa incongruência bastante coerente e mantém-se assim há 6 anos. Hoje que tenho um header que parece assinalar a entrada numa fase gotham, queria ter uma imagem-tipo que acompanhava todos os posts, para ter um conceito novamente. Mas já sei que ao fim de 5 posts estou cheio da formato porque me está a limitar as ideias.
É por isso que não tenho tatuagens.

quarta-feira, outubro 17, 2012

Devido ao não pagamento das novas taxas sobre layout, acuidade e riqueza visual, o PPC viu-se obrigado a mudar de layout. Sem cores paga-se menos.

Isto é simples

Aos clientes explico tudo sempre com a metáfora dos carros. Comparo Fiat's 600, BMW's, Ferraris e afins para perceberem os termos técnicos que não precisam saber. O governo já devia ter começado a usar o mesmo método.
Por exemplo, Victor Gaspar já podia ter explicado que o orçamento deste ano é uma corrida de rua. O prémio é o pagamento da dívida, do povinho espera-se que com um fiat 600 ganhe a corrida contra um Ferrari e dois Veyrons. Por outro lado, o povinho espera que os BMW's e os Audis dos deputados sejam Fiat's 600 e só depois disso terão vontade de experimentar a corrida contra o Ferrari e os Veyrons.

terça-feira, outubro 16, 2012

2013, o ano da recuperação

Nem sei que diga destes filhos da puta. A verdade é que queria explicar foda-se as minhas ideias e pensamentos sobre o estado desta foda deste país de uma maneira inteligente, caralho. Falar das putas das alternativas a esta política destes caralhos, da puta da mentira constante dum comboio de traidores incompententes, fazer um apelo bem estruturado e apoiado na lógica sobre porque é que esta merda deste orçamento é um holocausto, fazer um caralho de um post assim à Arrastão ou à Delito de Opinião, uma cena bonita assim à gajo informado mas estes cabrões do caralho não me deixam fazer isso. Filhos da puta.

Manif

Para lá da curva

segunda-feira, outubro 15, 2012

É bem

Ora, o Verão vai-se aos poucos, o sol aguenta-se e enquanto há sol e pouca chuva é tempo de manifs. O tempo das manifs veio para ficar. Hoje o governo, aquele que eu visionário temia tanto que - ontem confessei isto a muito custo, não é algo de que me orgulhe - votei no PS só para não ter o Passos à frente disto tudo e agora é o que é, estamos todos num barco de 3 canos a meter água, 3 canos abertos e este tipo o que faz, metem todos ricos por decreto, não podem meter-nos a ganhar mais, é esse o plano deles, já ouvi muitas vezes que a crise acabou e que 2013 é sempre a subir, logo aumentam os escalões do IRS, é como nas escolas, os putos não podem ser mais espertos, baixam os critérios da eficácia de modo a cumprir metas impostas por outros. Não sei, parece-me intelectualmente desonesto, assim de repente. Manifestações, servidos?
Desemboca clandestino
o Sol de um Outono quente
vai rimar com gente

sexta-feira, outubro 12, 2012

Telefonemas avulso

- Mas só pagam isso?
- Sim, mas depois com recibo... Fica metade.
- Mas ainda tás em Portugal a fazer o quê?
- Sei lá, não sei responder. Devo ser burro.

- Olha apareceu-me aqui um trabalho porreiro, queres pegar nisto a meias comigo?
- Ó meu amigo, agora tou na Holanda.
- Ehh na Holanda? Granda salto. Pensava que só tinhas mudado de trabalho.
- Não ia sair sem ter mais certezas mas aqui ganha-se bem mais.
- Vais chorar por bacalhau e chouriço e assoar-te a notas de 50...
- Quando é que bazas daí?


- Oi! Tenho um freelance, como é? Design ou bolos?
- Bolos. Esquece o design. Sou mais feliz assim.
- Eh, é tudo o que é preciso. Mainada.
- Quando é que bazas daqui?

quinta-feira, outubro 11, 2012

... E depois vem o Assis e diz aquela merda

... Que muito provavelmente não disse ou vai dizer que não disse. O que não faz diferença. O importante é que a reacção das pessoas revela a conta em que têem a classe política, a que impõe medidas draconiano-experimentalistas todas as semanas mas à mínima ameaça aos seus próprios direitos luxos adquiridos, responde invariavelmente com acusações de populismo e demagogia. Mas não, é só uma experiência, pá. Se não tiver resultados positivos podem sempre voltar atrás, pá. Não é essa uma das premissas usadas para o roubo - é roubo mesmo - dos subsídios de férias e Natal? Que é temporário? As gorduras, o Passos? Aquela conversa que toda a gente conhece?

E não venham com a conversa de andámos-a-gastar-o-dinheiro-que-não-tinhamos-e-agora-temos-de-pagar. Esse plural está muito mal distribuído entre quem paga e quem deve. A culpa não é de todos.

quarta-feira, outubro 10, 2012

O país está incerto, as pessoas desanimadas, tudo cabisbaixo por defeito e por hábito. A cena é essa. Sai-se à rua ou espreita-se o blog do lado e é isto.

segunda-feira, outubro 08, 2012

É um problema

O estado extingue as fundações e isto preocupa-me a sério, como preocupa a diminuição do número de deputados, é gente que vai para o desemprego MESMO, porque não sabe fazer nada.

Aos Capuchos

Fui descendo Lisboa a pé, para chegar ali ao Hospital dos Capuchos e descer uma paralela à Rua de São Lázaro ( lembrar-me de nomes de ruas deixa-me sempre com a esperança de que vou um dia recuperar a memória de tudo ), para passar em slalom a zona da Rua das Pretas, onde havia noites góticas há uns 15 anos. Não ia com a máquina e passei por mais uma daquelas placas que indicam casas que tiveram importância: desta vez era a casa onde nasceu o Bordalo Pinheiro. Não é um museu, nem tem mais que a placa, fosse em Londres e teria o museu, o restaurante, a design store, sapos de louça, canetas com lagostas, pins, livros, lenços de assoar tudo, mas cá deixamos só a placa. Vou passar a fotografar as placas "aqui nasceu", só para confirmar a teoria ( já as fotografo, mas não se percebe ponta) .

sábado, outubro 06, 2012

Diria

Gostava de um dia justificar o pedantismo com Cossery mas tenho preguiça de o ler.

Post à moda antiga do PPC

Arredonda a volta ao cais do sodré, limpa a fama que não devia ter, troca a rua do chão cor-de-rosa pela praça do chile, o taxista comenta a rua vazia, pouca gente que apanha taxis, desde que o Passos nos fode que a cidade ficou mais curta, muitos vão a pé, outros esperam pelo primeiro autocarro como quando eu o fazia, quinhentos escudos era tudo o que era preciso sobrar depois das imperiais; a partir de certa hora gerava-se um debate: o conforto ou a borga. Os últimos quinhentos escudos podiam ainda ser mais cerveja e não um reles salvo-conduto para um taxi para casa. O banco da paragem era uma alternativa viável.
Hoje não.
- Então, o amigo tá cansado?
- uff sim, hoje deu para tudo: trabalhar até às tantas e vir para os copos.
- o que é que o amigo faz?
- Bom... Trabalho na internet. Faço coisas para a internet.
- Ah, trabalho de cabeça.
- É, estou parado numa secretária, sempre sentado, mas a cabeça não pára. É o dia nisto.
- Também é cansativo.
- É, não é como andar de um lado para o outro mas estamos sempre a fazer contas de cabeça. Mas ainda dá para os copos.
- Mas há trabalho?
- Não há muito. Gosto disto e gosto do país mas parece que não me querem cá. Estive nos copos com amigos e a primeira coisa que me perguntam é quando e para onde emigro.
- Pois, isto está mesmo mau.
- Mas hoje não está a render?
- Não, nem por isso, está pouca gente a sair. Ontem foi mais.
- Hoje é feriado. Ontem deve ter sido o dia daquelas pessoas que nunca saem irem à rua.
- Foi, foi. Mas hoje não rende.
Uma volta até ao Transmission para ver que cobram entrada para ouvir 35 minutos de metal de noventas, montes de miúdos, a promessa do metropolis, a mesma coisa mas com menos nazis e mais cómica, mascarados góticos, pessoal que se leva demasiado a sério para quem usa tranças florescentes e porcas nas rastas, uma petiscada no Sol e Pesca à base de vinho e enlatados.
Com os copos, deixei uma quadra  - poesia de urinol - na casa de banho do Sol e Pesca. É algo decassilábico mas sem nexo. Tenho a certeza absoluta que rima, mas não sei com quê.
Dica: se alguém vos diz a) "isto não está tão mal assim" b) "eu até gosto do Passos", é porque tem um BMW e a vida corre bem.

sexta-feira, outubro 05, 2012

Todos juntos, só fazem merda

O Passos tem por missão fazer de fusível
Gaspar, Passos, Macedo, Relvas, Portas. Não há Power Rangers ou uma brigada dos SMAS para escoar estes gajos do país? Ninguém ouve os gritos de socorro? Plastic man? Thundercats?

quinta-feira, outubro 04, 2012

O Gaspar faz as conferências às 3 da tarde porque soube pelo Miguel Macedo que está tudo a coçar os tomates.

quarta-feira, outubro 03, 2012

WORKSHOP

Como engatar a criatividade

Workshop a desenrolar-se em 4 módulos, pagos separadamente. Presença facultativa ou arbitrária caso alegrem o dia-a-dia de um designer demasiado experiente mas sempre capaz de aprender:
  1. Como parecer ocupado
  2. Como copiar sem ser topado
  3. Como inventar sem ser roubado
  4. Como engatar a Criatividade 
 1 - Ser criativo leva tempo.  Aprendam a ganhar tempo. Abdiquem do sono, se não tiverem acesso a sonhos psicóticos. Qualquer coisa que não meta anãs albinas enroladas em roupões de banho do Four Seasons, não serve para nada. Se já têm tempo, pareçam ocupados. Andem sempre com folhas na mão e perguntem sempre alguma coisa sempre que se cruzarem com alguém. Soprem. Só se parecerem ocupados é que têm algum tempo para pensar. "Pensar?". Isso leva-nos ao módulo 2.
2 - Criatividade e originalidade têm significados e aparecem em páginas diferentes no dicionário por uma só razão: não há relação nenhuma entre ambas. Aprenderão a explorar o conceito base ser-original-depende-da-obscuridade-das-fontes, utilizando arquivos históricos ou procurando ideias em sites coreanos, otomanos ou japoneses.
3 - Uma boa ideia é sempre roubada. Aprenderão a guardar as boas ideias em gavetas mentais e físicas, de onde só sairão com a garantia que nunca ninguém jamais abusará delas - e nunca sairão de lá.
4 - Depois de aprendidos e pagos todos os módulos iniciais, é altura de engatar a criatividade. Outros cursos prometem resultados rápidos e infalíveis, mas vendem-se usando o próprio método para se promover auto-eliminam-se sobrando apenas este como eficaz e terminal. O método straight-to-the-point-cut-the-crap-get-it-done ( STTPCTCGID*), ensina a dizer à criatividade como ela é única e especial e como a luz de mil estrelas parece inundar-lhe os olhos sempre que a noite tem a sua companhia. Não perdem tempo com briefings, brainstormings ou garrafas de vinho de 20 euros à beira do Tejo. Com o método STTPCTCGID as ideias caem-nos aos pés. Perguntas, questões, inscrições e pagamentos adiantados? prezadoprezado@gmail.com. Doações graciosas, botão Paypal à direita.


*eu uso uma mnemónica para me lembrar - Sempre Tive Tempo, Porra, Candelabro, Tendo Coçado Grandemente e, Dane

terça-feira, outubro 02, 2012

O Santini está para os betos

Como o paintball está para os programadores.

segunda-feira, outubro 01, 2012

A

Sendo que tenho muito que fazer, resta-me vir aqui inventar algo que se assemelhe a um post. Nem sempre sai rápido mas vou tentar:
Os gatos fazem-me a vida num inferno tropecei num que me fez despejar o prato das almondegas no chão da cozinha, acordando a vizinhança toda porque normalmente janto depois das 11. Durante o dia não tive tempo de fazer nada e deixei atulhar o lava louças de cascas de batata e cebola depois de ter tentado fazer uma omelete sem ovos. Larguei isto tudo para ir pagar a conta do gás de Janeiro que estava já a fazer diferença, sem fogão e sem ovos não há modo de fazer omeletes. Troquei as chaves de casa e quando cheguei tive de saltar a janela, para ser denunciado pelos pombos e pela vizinha do lado que chamou a polícia e eu a ter de explicar-me com o barulho das obras no prédio da frente com todos os trolhas a confirmar que sim que eu estava a saltar de um andar para o outro. Nisto os gatos comem os fios do disco externo e fico sem backups do trabalho de 3 anos. Não esfolo um com uma chave de fendas porque se deve aceitar que os bichos são só bichos mas ainda assim pensei em rebaptizar um de tripé, quando visualizei o que lhe poderia fazer que não o matasse muito. Ficou cinzento na mesma. Tripé será, um dia com sorte. E achei uma nota de 10.
Pronto, post inventado em tempo record.

domingo, setembro 30, 2012

Mínimo denominador comum

Fui ao Terreiro do Paço para pedir cumprimento de promessas e medidas inteligentes à nossa classe política. Infelizmente - eu sei, não sou urso - não me ouviram. Ouviram ( espero que não ) o pessoal que lá estava com altifalantes e tal. Tive de ouvir muita coisa muito alto, coisas que provavelmente a geração anterior à minha ouviu igual. Muito se enganou o zarolho ao situar os velhos no Restelo: Não há sinédoque onde caiba tanta gente. Se calhar é por isso que os sindicatos são tão populares como os políticos, agora. Tolerante como sempre, a manif acabou quando ouvi o apelo a uma manif "contra o desemprego". Haja paciência para estes mentecaptos todos.
Eu vou fazer uma pelo nascimento diário do Sol, já agora. Ou contra. Numa esplanada. É o mesmo.

Mas era preciso que saísse à rua. Quando for mesmo muita muita muita gente para a rua - já aconteceu e desta vez foi muita gente que não tem nada a ver com sindicatos, o metro esteve cheio  - não podem dizer que são só sindicalistas. 

sábado, setembro 29, 2012

Margem sul

Fui à margem sul. Foi uma visita rápida mas pelo que percebi, é igual a Benfica mas com mais espaço. A única grande diferença é que não há vendedoras ambulantes de maçarocas na brasa.

quinta-feira, setembro 27, 2012

Lautreamont sabes lá o que é vida

Chuvas de bigornas eternas
chuvas de bigornas infinitos mais mil
com sangue infinito
Marés
Golfinhos brancos afogados em sangue eterno
Dragões a cuspir fogo p'lo horizonte fora
asfixiam em sangue os golfinhos olhos raiados de chumbo
Eterna correria de ratazanas enfermas
Hordas de elfos e nazgul a partir bocas
Árvores podres a cair debaixo do peso das bigornas
a mais forte e frondosa acácia tomba debaixo da bigorna
Elefantes albinos de joelhos a beber sangue de golfinho
Unicórnios de 6 patas o Humpty Dumpty a cair do muro

deus ri-se de tudo
e a Alice a subir p'lo buraco acima
em vez de cair
montanhas de pardais mortos
e ratos
cometas despedaçados
Sangue de cometa nos elefantes
A Alice dá de comer a zebras
já mortas

deus morre debaixo de uma bigorna

Ratos zombies liderados por um flautista cadáver
Fazem uma ilha dos seus próprios cadáveres
Milhões morrem para 4 poderem ainda morrer debaixo de uma bigorna
Os cavaleiros do apocalipse recusam-se a avançar (4x)
Átila borra-se de medo
Caligula vomita actimel
Ulisses faz croché
Caliope inventa o hidromel
E penelope macramé
Gengis Cão quer voltar ao utero da mae
Nero vomita fogo
Aquiles ronpe um tendao na fuga
Cleópatra é obesa e feia como a noite
César manda-a empalar por piedade
Uma chuva de ibis sagrados afoga o tejo
um manto de penas vermelhas tapa lisboa até ao Socorro

mas ninguém lhe acode.

O Castelo de São Jorge levanta voo
para cair sobre o de Sintra
Transportado por um bandos de flamingos
que morrem de elipse no dia seguinte
( não, eu vejo tudo negro, petróleo e sangue )
Depois do sangue todo escorrer
leva a realidade que restava que de má
arrasta as folhas, as cores e fica só um xadrez no chão
um tabuleiro imenso sem peças
mármore gretado
lentamente afundando-se na lama primordial,
levando a Vida consigo.
...E é isto que eu sinto quando um cliente me diz para mudar uma fonte.

Prezado com parceria da Bluesy, Crónicas de mal das dores.

Amigo

Pedro Passos Coelho, amigo, venho dar-te uma dica. Lembrei-me disto ainda agora, estava ali distraído a fazer o pequeno almoço e achei que devias ser o primeiro a ouvi-la: Tens na mão a oportunidade de ser um grande estadista. As pessoas agora usam o youtube e lembram-te o que disseste o ano passado e o que fazes agora. Queres ser lembrado como o melhor político de sempre? Corta nas regalias e nas gorduras como disseste que ias fazer. Daqui a 100 anos ninguém usará o Salazar como exemplo do político que morreu pobre, mas sim o teu nome. Pensa nisso, mais do que ser recordado nos livros, todos os dias seres lembrado num qualquer autocarro apinhado, a caminho de casa. Lembra-te que os caixões não têm bolsos e a glória é eterna.

Caso não ligues e para ser coerente comigo mesmo, Sábado lá estarei a mandar-te mamar um quadrupede especialmente dotado qualquer, que nas manifs ninguém tem compaixão por ti.

quarta-feira, setembro 26, 2012

Pump up the Jam II

E agora chego a casa e tenho um Audi amarelo canário com estofos com bolas magnéticas e jantes com pneu Mabor com o Mabor pintado a branco e pergunto ao universo "meu, este carro é obviamente do dono do ginásio, não é? ". Mente sã em corpo são o tanas.

Homeopatia caseira

Aplicando os princípios da homeopatia ao banho matinal, fui diluindo o sabonete liquido em água durante alguns dias - os dias em que não me lembrei de ir comprar outro - aumentando assim a sua eficácia até ao infinito. Este ultimo banho, com uma parte de sabonete para dez milhões de partes de água, valeu por 20 banhos. Quer dizer, só daqui a um ano e meio volto a tocar na água.

Pump up the jam

Há meses que as obras no prédio do outro lado da rua me acordam, até ao Sábado, dia de ressaca. Martelos pneumáticos, rebarbadoras betoneiras, berros, ferros. Estão a chegar ao fim e vejo que é um ginásio. Vai praticar-se Zumba, Cardiofunk, Step, Body Combat, tudo ao som de techno de carrinhos de choque, kizomba e technotronic. Ainda vou ter saudades das obras.

Feira da Ladra

Casal mitra vai vender

Não há fome que não dê

Arte

Os vistos para Angola continuam a ser lixados

Os joanetes são lixados também

Os putos da crinabel a pintar com a boca também é lixado

Um Sinclair era uns 100 euros há 30 anos, um cambio lixado

Onda-choc, tá tudo lixado
A uma Terça, a Feira da Ladra tem muito movimento, essencialmente de gente a comprar coisas para casa, giletes shampoos sabonetes e cremes, roll-ons pilhas e molas, baterias de telemóvel, rádios.

Deu-se aqui um fenómeno qualquer porque consegui ter todas as fotos horizontais quando é um formato que raramente uso, a minha máquina é das verticais.

terça-feira, setembro 25, 2012

A verdade tem de ser dita

Conheci a sobrinha monopolar da Polo Norte.
E não vou ficar calado.

À exma. dir. da segurança social da área de Cascais:

Pude observar que a criança -  não é um urso - , obviamente subnutrida, não fazia metade da massa corporal do Manuel. O Manuel e a criança - ainda não tem nome, sendo desprovida de estruturas de suporte para uma individualidade saudável - partilham um mesmo berço, a mesma coberta e a mesma boina. A criança não desenvolveu ainda qualquer expressão verbal, tendo também dificuldade de se fazer entender por gestos. Teme-se que o Manuel, também ele introvertido, esteja a comprometer o desenvolvimento cognitivo da criança numa fase em que a interacção social deve ser experimentada ao máximo. Pude observar que usam um pedaço de salmão fresco como chucha. Ainda não anda e só borra fraldas ajudada. Tem uma pelada nas costas. Os progenitores bebem Kima à sua frente.
A criança não tem qualquer contacto com os progenitores, salvo por intervenção do Manuel. A criança deve ser protegida destas influências nefastas, em especial do Manuel, que após observação cuidada, relevou ter uma inteligência quase ao nível da debilidade mental, demasiado baixa até mesmo sendo um peluche. Aconselho o afastamento do Manuel e a uma primeira substituição compulsiva por Passos Coelho, de modo a que se afeiçoe a indivíduos gradualmente mais inteligentes.

Tio Prezado

( "tio" = golpe baixo para marcar pontos )

segunda-feira, setembro 24, 2012

O método

Não foda-se, Mulfenobis já te expliquei 2 vezes, esta merda tem de ser entregue hoje sem falta. Vamos ter de ir pelo mais simples.
Estava um dia destes de volta de um trabalho e de volta do processo de trabalho, aprovação ping reenvio pong aprovação ping reenvio pong e a ver, de cabeça, a quantidade de informação e de tempo que se perde ao longo do processo. Como terão feito noutros tempos? andavam mais devagar e eram mais pacientes? Assentavam tudo em pedra? Usavam um copista para não perder nada? Empalavam quem se esquecia de fazer forward das brand guidelines? Os anos passam e não vejo melhorias.
Idolos.

Fui à feira, encontrei 2 ídolos, o grande Artur Gonçalves, estrela dos anos 70, a oscilar entre o fadista, o mitra e o cantor de intervenção, e o Vilhena, um gajo que sempre disse que os padres são imorais, as freiras putas e o políticos chulos corruptos e que à conta disso nunca errou muito.