Há que dizê-lo:
O cliente português é uma besta. É um burro.
O cliente português é naturalmente egocêntrico. Como todos os clientes portugueses de todas as nacionalidades.
O cliente português anda a brincar aos escritórios. Vibra quando compra clips, fotocopiadoras ou correntes de plástico vermelhas e brancas para impedir a passagem. O cliente português não tem noção.
O cliente português, habituado a um mundo pequeno e uniforme, espelho dele mesmo, assume a sua posição de cliente como um Gargantua que se senta à mesa.
O cliente português vê-se como um nobre. O mundo é seu.
O cliente português sabe que o tempo é igual para todos, mas o seu tempo pode ser preenchido de reuniões umas atrás das outras, quanto mais longas melhores e quanto menos decisivas melhor. Ai do cliente português que tenha de decidir algo numa reunião, fechando um ciclo que se quer aberto.
O cliente português não quer ser cliente: quer fazer parte da empresa.
O cliente português não quer ser cliente: quer ser um amigo.
O cliente português não quer ser cliente: quer ser ouvido.
O cliente português reclama em diferido. O cliente português acha que paga sempre a mais.
O cliente português é uma nódoa.
Todos somos clientes portugueses.
1 comentário:
uns mais do que outros, encontro excepções.
Enviar um comentário