segunda-feira, março 30, 2015
Apocalipse, um passatempo
Tirem-se as medidas, a olho, de prédios devolutos. Pode-se fazer uma boa estimativa usando um pau e a sombra de um adulto, para comparação ( isto se tirarem as medidas rapidamente ). Com giz, marcam-se no chão as janelas, rebatidas em método de monge. Dentro dessas marcas, fazem-se, à vez, apostas em como as janelas correspondentes, em queda por derrocada devido a negligência do senhorio, se abrirão ( ou não ) por inércia. Pode apostar-se com gatos, vizinhos, gatos de vizinhos, carrinhos de bebé cheios ou não, computadores, ou adultos toscos. Ganha aquele que tiver mais janelas com items intactos ou com pouco estrago. A destreza está em escolher objectos valiosos mas com um perfil mais estreito. O jogo acaba com destroços.
terça-feira, março 24, 2015
A falta de gosto é um problema mental
Ter falta de gosto é um problema cognitivo sem remédio:
Um escritor que ganhe o prémio nobel pode ser disléxico.quinta-feira, março 19, 2015
Perder um filho
O título do post é clickbait. Vem a propósito disto: Os chips para localização estão a desenvolver-se mais e mais rápido. Há-os de vários tipos, aplicando várias tecnologias. Para carros, mercadorias, telemóveis ou gatos.
Daqui a 2 anos meto um chip que mal se nota na carteira e nunca mais a perco num balcão do café. Já há serviços de localização e devolução de objectos perdidos.
É uma questão de 5 ou 10 anos até aparecer uma empresa com esta proposta: meter um chip nos miudos para nunca os perder ( e também os poder vigiar a todo o momento, claro ) e clamar que qualquer pessoa com bom senso não vai deixar de o fazer, sob pena de ter de viver com a consciencia de que não fez tudo o que estava ao seu alcance para prevenir tragédia X ou Y. A publicidade nisto é optima e as redes sociais, ainda mais. A questão ética do dia é: Chips nos miudos, sim ou nao?
Daqui a 2 anos meto um chip que mal se nota na carteira e nunca mais a perco num balcão do café. Já há serviços de localização e devolução de objectos perdidos.
É uma questão de 5 ou 10 anos até aparecer uma empresa com esta proposta: meter um chip nos miudos para nunca os perder ( e também os poder vigiar a todo o momento, claro ) e clamar que qualquer pessoa com bom senso não vai deixar de o fazer, sob pena de ter de viver com a consciencia de que não fez tudo o que estava ao seu alcance para prevenir tragédia X ou Y. A publicidade nisto é optima e as redes sociais, ainda mais. A questão ética do dia é: Chips nos miudos, sim ou nao?
terça-feira, março 17, 2015
Só mais 60 anos
Prezado anseia usar a internet daqui a 60 anos, quando os miudos que já nasceram com internet morrerem com toda a sua vida fotografada, filmada, registada, relatada, comentada, escrutinada e vivida por outros em oculos VR online para que finalmente se calem todos com a fascinação com temas que nunca tiveram interesse.
Sim, vocês doentes com marcas de cadeiras de bebé, comida saudável e pedagogia nazi.
Sim, vocês doentes com marcas de cadeiras de bebé, comida saudável e pedagogia nazi.
quinta-feira, março 12, 2015
Como é que se chama o primeiro guitarrista dos Happy Mondays, que não me lembro?
Devia haver uma cadeira, ou pelo menos pós-graduações, ou workshops de name-dropping. O name-dropping teria ajudado bastante a manter-me no círculo dos bem-pensantes e dos iluminados-por-osmose, que no fundo vêem o mesmo que eu, mas não se esquecem da referência bibliográfica atempadamente, mesmo em conversas informais.
quarta-feira, março 11, 2015
Metastases, Salmos invertidos e Gelados de maçã
O mundo encerra fenómenos infinitos e o youtube só revela uma pequena parte:
Vi este video mais de 10 vezes. Algo no meu cérebro está por engrenar e finalmente resolver o que penso acerca disto. Acho que é isto o que está a acontecer: os meus olhos abrem-se, como um funil, para receber estas imagens, mas o funil falha o alvo, o cérebro, deixando escorrer o significado deste video para o chão. Processo a imagem mas não consigo atribuir um significado que me deixe satisfeito. Será a boca do peixe fazer-me lembrar lagostas, escaravelhos e cigarras? Será imaginar o que é dar um linguado a um peixe? Pensar que quem pensou no termo "linguado" estava a pensar em peixes neste sentido? O que está a pensar o peixe, com os olhos vazios e com as guelras a secar? o que pensa o puto? Um peixe é como um cão ou um gato? o puto chuchará na cara de um gato? Qual é a diferença entre zoofilia e bestialidade? onde começa uma e acaba a outra? Qual é a temperatura do corpo de um peixe? Quem é que tem uma piscina com uma carpa no meio da sala? um tapete assim compra-se voluntariamente?
Vi este video mais de 10 vezes. Algo no meu cérebro está por engrenar e finalmente resolver o que penso acerca disto. Acho que é isto o que está a acontecer: os meus olhos abrem-se, como um funil, para receber estas imagens, mas o funil falha o alvo, o cérebro, deixando escorrer o significado deste video para o chão. Processo a imagem mas não consigo atribuir um significado que me deixe satisfeito. Será a boca do peixe fazer-me lembrar lagostas, escaravelhos e cigarras? Será imaginar o que é dar um linguado a um peixe? Pensar que quem pensou no termo "linguado" estava a pensar em peixes neste sentido? O que está a pensar o peixe, com os olhos vazios e com as guelras a secar? o que pensa o puto? Um peixe é como um cão ou um gato? o puto chuchará na cara de um gato? Qual é a diferença entre zoofilia e bestialidade? onde começa uma e acaba a outra? Qual é a temperatura do corpo de um peixe? Quem é que tem uma piscina com uma carpa no meio da sala? um tapete assim compra-se voluntariamente?
terça-feira, março 10, 2015
Post Politicamente Correcto
Contaram-me uma piada que metia um preto gay comunista com um bebé alentejano com trissomia 21 que queria pagar um aborto a uma puta lésbica chinesa judia com cancro num bairro de lata do burkina faso, filha de uma juiza brasileira e de um político monhé. Não vou meter esse tipo de piada aqui.
segunda-feira, março 02, 2015
Introdução à estética com máquinas de barbear e motas
Fui almoçar fora. Da janela de arco via a rua de sábado à tarde com toda a gente a vir das compras e do passeio dos tristes. Encostada à janela, do lado de fora, estava uma mota. Eu gosto de ver motas. Via-lhe o lombo, o selim, o tubo de escape, os manómetros. De esguia, no fundo. Enquanto almoçava, passaram muitas pessoas, e muitas delas paravam para ver a mota em detalhe. Homens e mulheres, novos e velhos, paravam para olhar a mota. E eu a vê-la de esguia só conseguia ver uma mota feia. Lembrei-me dos tipos da barbearia, que têm a placa que toda a gente só vê de esguia. E cada vez mais gente olhava para a mota. Eu da janela continuava a ver uma mota de esguia e não podia ver mais nada, só imaginava como poderia ser a frente da mota. À saida, passei pela mota e vi-a de frente. A mota não tinha nada de especial. Esqueci-me dela, já.
Depois esqueci-me também das pessoas da barbearia que está de esguia. Deviam usar placas que se vissem de frente. Assim ninguém perdia tempo a pensar que têm qualquer coisa de especial.
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