sexta-feira, janeiro 19, 2018

Não comam cápsulas de detergente, uma ode à Unilever

Não comam cápsulas de detergente
Não comam minha gente
Não comam cápsulas de detergente
Não bebam shots de diluente
Não façam sandes de Skip
Não lambam Cif do bidé
Não façam Nutella de 3 em 1
Não comam de pé
Não tomem abrilhantador Sun
Não emborquem Vim
Não comam cápsulas de detergente
Não encham até ao fim
Não comam minha gente
Não barrem torradas com Omo
Não comam cápsulas de detergente

De manhã

A parte boa de trabalhar uma manhã num café é que, além de me poder isolar para pensar noutras coisas, posso apanhar uma senhora que está há meia hora a contar tudo o que está mal no mundo e percebe-se que investe algum tempo a investigar isto, porque já passou por advogados, políticos, internet, os jovens, os impostos, o governo, a polícia, as drogas e diversos outros temas, tudo calibrado pelo Antigamente, essa bitola dourada que deve andar aí a ser partilhada num GoogleDocs entre taxistas, reformados e ressabiados.

quinta-feira, janeiro 04, 2018

Estava aqui a adiar o que tenho para fazer hoje

Lembrei-me de uma entrevista de trabalho numa agência de Lisboa, daquelas grandes e importantes, onde apanhei 2 labregos que, pelo jeito, tiveram um impacto positivo na minha vida: depois deste episódio, perdi a paciência para as agências de publicidade e fui para outras bandas. Dizia: deram-se ao trabalho de me chamar, de marcar uma entrevista no seu escritório artsy para apenas perder o meu e o seu tempo porque quiseram armar-se em espertos o tempo todo e fazer uma macacada de uma entrevista em que deviam ter acabado de fumar qualquer coisa e que me faz lembrar aquele silêncio incómodo de quando apanhei mais de 3 argumentistas na conversa a masturbarem as piadas uns dos outros e a exibir a sua inteligência muito bonita e luzidía mas claro fora-da-caixa também.
Pensando bem, não devem ter fumado nada. Era mesmo assim.