quarta-feira, junho 30, 2010

Mais uma

Para ali para a Penha de França, entrei numa casa com muita luz, cozinha equipada, uma sala muito grande, quarto pequeno, vistas desafogadas e vinha com um sofá com um mono a ver o jogo contra a Espanha. Perguntei quanto é que a casa ficava se tirassem dali aquilo, mas não saía mais barato. Não curto futebol, por isso acho que o deixo ali, a ver o jogo.

Antes de entrar, estava à porta um casalinho que tinha acabado de ver a casa. Dizia o marmanjo: "a casa para mim está óptima. Mas olhe que eu tenho barba, mas quem manda é ela", disse o taco-de-pia barbudo, olhando a medo para a pin&pon cor-de-rosa. A casa para eles devia parecer um estádio olímpico.

Deve ser genial um gajo levantar-se e poder fazer 4 piscinas na banheira, antes de ir para o trabalho.

terça-feira, junho 29, 2010

Finalmente

Vamos lá continuar como se não fosse nada, afinal, parece que isto não é nada, mesmo.
Ah, e esfolem vivo e salguem o Queiroz. Não percebo ponta de bola, mas basta andar de autocarro para saber que é um desejo comum.

segunda-feira, junho 28, 2010

Portugal na televisão

A distância entre o Portugal real e o Portugal da televisão é bisarmal - não admira que o tom histriónico da TVI seja o preferido dos taxistas - e alarmante, pelos silêncios que ficam.
Primeiro, vejo que 14 panificadoras foram condenadas por coordenarem o preço do pão. E a história ficou por aqui. E fiquei à espera que alguém me falasse dos eternos preços coordenados dos ISP's, das redes de telemóvel e das gasolineiras. Nada.
Segundo, a nova campanha do Turismo de Portugal, lançada hoje com o slogan "Descubra Portugal, um país que vale por mil", slogan que um ministro, na própria apresentação da campanha entende comentar inteligentemente "se fosse por 100 já era bom". Fiquei à espera de um comentário. Nada.

Não admira que os taxistas sejam revoltados, não fazem pior figura e ganham menos.

Lisboa, casas, Lisboa

Desta vez fui ao encontro de uma casa género matrioska - a casa toda cabia dentro da minha sala actual - no Santo Condestável. Vista a casa e com o optimismo de encontrar o melhor da casa nem que fosse pelo bairro à volta dela, desci do Cemitério dos Prazeres até uma rua à antiga, uma aldeia praticamente. Casas de chave na porta, tascos e mercearias porta sim porta não cheiro a casas e ar velho.  Subo pelo lado da tapada das necessidades, numa rua com umas modernidades que destoam mas que souberam aproveitar a vista para a ponte.
 Depois andei tanto que nem tenho paciência para contar tudo o que vi, que do espantoso ao surreal, passando pelo magistral e pelo ordinário, resultaria num texto de proporções tão inesperadas e surpreendente de qualidade, que destoaria deste blog. Só digo que acabei no Cais do Sodré, à sombra de uma oliveira.

sexta-feira, junho 25, 2010

Lisboa para turistas, na Baixa


- Olhe, não quer?
- Não, obrigado.
- São da moda, faço-lhe barato.
- Não, obrigado. Deixe estar.
- Veja lá, são Armani.
- Não, obrigado.
- Faço-lhe a 10.
- Não, deixe estar.
- Faço-lhe ao mesmo preço. - Espera, um cigano está a vender-me óculos Armani a preço de fábrica, sem lucro. 
- Não, obrigado.
- Quer axe?

Prontuário imobiliário

Vista para o rio - exp.; Compreende desde janelas a rasgar a sala toda até uma janela de casa de banho com vista para o rio.

Casa simpática - o m. q. casa pequena.

Casa usada - o m. q. casa velha.

Casa a precisar de pequenos arranjos - figura de estilo; A cozinha foi implodida, a casa de banho é um buraco no chão. A demolição está a ser pensada pela CML.

Casa soalheira -  Indução; A única coisa boa da casa não lhe pertence (sol).

Soalho típico - o m. q. soalho velho

Soalho corrido - o m. q. soalho corrido

Casa com jardim - casa com quintal

Casa com quintal - casa com umas traseiras a precisar de restro-escavadora.

Casa em bairro típico - o m. q. casa velha

Casa com vista para o rio - exp.; vide casa soalheira.

Casa a 5 minutos de Lisboa - casa a 5 minutos do comboio para Lisboa.

T1+1 ( ou outros ) - exp.; Casa com divisão feita à revelia.

quinta-feira, junho 24, 2010

Como ser feliz

"(...) o essencial é que está aqui, não é preciso saber o que é aqui, muito menos o que é ali, nem aqui, nem acolá, não interessa, demorei três semanas a perceber isto, o que interessa é estar, ser feliz, ser burro, ser animal, negar o conhecimento, negar tudo o que seja imaterial, ou que não esteja visível, palpável, sou o João e estou aqui, sou a Ana e estou aqui, nada mais interessa, não sei o que se passa, não sei quem és, não sei para onde vais, sou apenas um homem, uma mulher, só quero comer, beber, defecar e foder, não quero mais, volta para trás, não há lugar para ti aqui, esta é a terra das pessoas felizes."

Do Acatar, que eu gosto.

Edit> Filosoficamente, isto é o homem de Tolle.

quarta-feira, junho 23, 2010

A minha sobrinha

Deve ser burrinha, só se ri. E ainda não fala.
Não lhe consegui arrancar mais do que um arroto.
Não se pode atirar ao ar.

Seca de gaja, não colabora para nada.


Uma coisa que reparo é que o sentido de humor do pior dos sarcásticos, irónicos sardónicos  ou cínicos, morre um bocado quando têm filhos. Pelo menos quando a piada é com o filho.
Eu fiz o teste com uma piada de pedófilos quando tinha o filho de uma amiga ao colo. Já foi há anos e ela não se esquece.

terça-feira, junho 22, 2010

Superstições sobre Santos

Há um ano, procurei casa também. Tive sorte, encontrei esta. No Lambert. Eu que andava por Alvalade, Santos, Alfama, Santos, Graça, fui parar aqui. Mas foi sorte.
A ultima casa que vi, em Santos, há duas semanas, era um número 115, informava o site. Quando cheguei lá, a porta marcava um maravilhoso 113 - gosto de 13's, que sorte - e a senhora da imobiliária lá gaguejou que o número do prédio todo é o 115, mas que aquela porta é o 113 e ficou assim porque conveniente morada coiso merda porra é um 13 foda-se o pessoal não curte estas merda, pensava ela para com os botões do tailleur C&A e eu a ver. Ainda lhe disse que tinha percebido a história do 13, que havia pessoas que se afastavam disso - perdi a noção de algumas superstições provavelmente  depois de viver 20 anos com vista para um cemitério - mas calei-me depois de declinar a casa: afinal o 113 dá azar, buracos de mofo na sala e paredes de contraplacado.

Mando-te um beijo daquela colina*

Vou ter saudades do Lambert:
Nos dias de sol, abro as janelas que vão de um lado ao outro do quarto e fico no estirador a trabalhar, a entrar sol e ar farto, num sossego bestial. O melhor escritório que já tive.

*ainda é uma colina. o titulo é do Camané.

segunda-feira, junho 21, 2010

7-0

É sabido que detesto bola. Acho uma seca. 90 minutos para quê? A questão é que a parte técnica não me interessa nada, menos que nada porventura, e eu quero é ver golos.
Podiam argumentar "ó Prezado, é falta de golos? granda menino, vê-se logo que és um roto que não sabe apreciar, vai mas é fazer bordados ou brincar com plasticina como tu gostas! Banana!!".
E eu pensaria, "olha, se calhar a solução está no Futsal!".
E depois dizia "vão mamar!".
Ou melhor, uma versão alterada do Futsal: mantenha-se o campo e as regras, mas com os 11 jogadores do futebol. Porque assim é a única forma de manter o meu interesse no jogo: golos a cada 3 minutos, pouca interacção, dribles e essas merdas, e eu fico todo contente a ver golos.
É que cheguei a levantar um braço, de entusiasmo, no último golo. Argh, ao que cheguei.

 E alguém me explica como é que se faz aquele truque com a bola nas costas que o Ronaldo fez? o gajo deve treinar aquela merda com o Cirque du soleil.

Monólogos sobretudo

Também podiam ser monólogos sobre tudo, porque no Adamastor falei pelos cotovelos, ouviram-me mudos e quedos enquanto teorizava sobre a mudança dos tempos e o estado da arte das novas relações e rapei frio digno de um Dezembro, a um dia do solstício de Verão.

sábado, junho 19, 2010

A impermanência do ser face ao meta-conhecimento artístico no cenário pós-11 de setembro e outros eventos arquetípicos

Ontem fui a uma vernissage de uma exposição de arte. Lembrei-me logo da crítica de arte do Expresso. Rezaria assim:

A genialidade que encontrei, só possível de encontrar a quem percebe a concordância ontológica da movimentação de carros de madeira em chamas, carregando eles o divino - e ipso facto, o pagão próprio do materialismo das industrialização e do pastiche fácil. Estas esculturas que, à priori, seriam estáticas, revelam-se cinéticas pela intervenção corporal, empírica e atempadamente definida pelo homem-autor. A intervenção, clara mas breve alusão ao Dada, dividia-se ainda numa segunda parte, onde a música como elemento de coesão - já Jung a diria plena em significados - completava a performance. improvisada a música, o espaço dado ao improviso era assim duplo e ambíguo, transcendendo as barreiras do formato arquetípico primordial. O sentido de humor, próprio da obra, não é no entanto castrador ou repressivo, deixando ao público a possibilidade de explorar um caminho original e/ou ávido de originalidade.

Mas na verdade, eram só 4 rappers a improvisar em cima de uma beatbox e um 5º a pontapear uns caixotes de madeira com rodas, cada um com 1 Buda da loja do chinês. Uma valente merda, digo eu.

Os acentos deste post foram patrocinados pela fundação Ricardo Espírito Santo e Fundação Oriente.

sexta-feira, junho 18, 2010

Parece que tenho um deficit de empatia com a personagem

Estou à espera que apareça o grupo "Agora gosto do Saramago", no Facebook.

Andei a ver casas

Ando há algum tempo à procura de casa na Lisboa típica. Este Lambert é uma maçada de perfeição e eu com os meus tiques de esquerda, sinto-me um traidor à classe operária, vivendo neste palacete com uma sala forrada a âmbar e torneiras banhadas a ouro. Não é o luxo que me distância do povo, mas não ajuda. Só a partilha do esforço e da labuta diária me fará libertar das grilhetas do imperialismo lambertiano a que me subjuguei, incauto.
É porém digna de nota a seguinte particularidade das casas que me mostraram: Largos buracos teimam em rasgar paredes dignas e lisas, mostrando as entranhas destes prédios mantidos arduamente por pessoas simples e de trabalho. De notar que esta ingénua e simples gente, de tão simples que é, confunde ou teima em confundir humidade com humildade, mostrando-a quase com orgulho.

Tenham paciência, quero deixar isto bem claro: Casas baratas não implicam estarem todas fornicadas como se tivessem albergado Louva-a-Deus gigantes comedores de estuque da 7ª dimensão durante 50 anos. É simples.

terça-feira, junho 15, 2010

Memórias de um passado distante

É o nome a que eu dou aos restos, aqui em casa.

domingo, junho 13, 2010

Estas são as opções

Reparei há bocado que tenho de colmatar umas grandes faltas culturais. Nem sei como é que tenho vivido bem comigo, sabendo que me faltam

Uma ida à ópera

Não sou minimamente entendido, mas a música é um interesse de familia. Ouvir grandes vozes ao vivo é genial.


Um Jogo de futebol
Pois, nunca fui a um jogo de futebol. Não conheço muitos cromos da bola e a vontade que tenho de descobrir mais sobre o fenómeno esvai-se cada vez que ouço o preço de um bilhete. Chulos!


Uma revista à portuguesa

É curiosidade mórbida, no pior sentido. Muito provavelmente ia passar mais tempo com vergonha alheia do que a apreciar o espectáculo. Ia encontrar muitos taxistas por lá, pelo menos.

sábado, junho 12, 2010

Santos Pós-modernos II

Ó meu rico Santo António
Bem podias mudar de ramo
Patrocinavas divorciadas
Podes começar para o ano

Não lhes dês manjericos
Alcachofras também não
Casamentos dispensam
de facto, nem união

Querem é beber copos
perder-se aí na noite
foder o figado todo
acabar numa boite.

A noite não chega
O dia não passa
ando a fazer tempo
p'ró arraial na Graça.

A mui leda quadra que acima coloco é dedicada aos grupos de divorciadas. Foge deles.*

sexta-feira, junho 11, 2010

Santos Pós-modernos I

Ó meu rico santo António
meu Santo milagreiro
Livra-nos da azia
para o fim de semana inteiro

Ó meu santo Antoninho
Rico santo, já meio ébrio
Ainda a falar com os peixes?
A esquizofrenia já tem remédio.

Podes tentar psicótropicos
Mas isso não te vai fazer bem
fica-te pela Superbock
e a ver a marcha de Belém.

Larga de apalpar as moças
Já sei, não o fazes de má fé
Dizes que és santo casamenteiro
Sabes muito, mas andas a pé.

Um dia não são dias,
Dizias de Martini na mão
Vamos ao Lux ou ao Jamaica,
Um qualquer de fácil admissão.

À entrada do Jamaica, um porteiro atento
tu de martini na mão,  ainda respondeste.
com esse cabelo meio parvo e de tunica?
Pagaste entrada, que te fodeste.*




*Era para dizer lixaste, mas não ficava tão bem.

quinta-feira, junho 10, 2010

Vêm aí os santos

O Prezado já está a preparar os manjericos.

quarta-feira, junho 09, 2010

Do tempo

Às vezes páro, agora é um desses tempos de pausa. Custa-me estar parado muito tempo, mas às vezes, mesmo a contragosto, é necessário.
Agora parado, dá-me gozo ver isto - um gozo bestial - ver que os meses parecem anos de tanta coisa que passou.

Frigorífico: a solução final

Finalmente descobri a solução para a problemática do frigorífico/fonte de vida.
Fiz vários ensaios, estas semanas.

Depois de observação cuidada, percebi isto: Cheio de coisas verdes, ele actua como uma caixa de Petri sobredimensionada,  e aqui surgia o fenómeno. Abri-o, retirei tudo. Fechei. Conclusão: Sem substrato, o milagre da vida não acontece.

Meti tudo no congelador.

terça-feira, junho 08, 2010

ó Titinha...?

É só para explicar como funciona o bandwagon effect.
Já está.

Hoje a blogosfera portuguesa vai abaixo.

Está confirmado, é um cliente de sonho

Recebi réplica do meu cliente, confirmando o pior: é um cliente de sonho oficial.
Como estou quase sem palavras, deixo aqui um esquema representativo do que se passa.



Utilizei a metáfora do Ferrari. É uma que uso habitualmente para explicar a um cliente elementos básicos do design, uma forma de fazer a ponte entre a minha linguagem técnica e a do cliente.
Aquilo ali é a bota botilde, sim.

Mas se eu estou a pagar...

Faço trabalhos para clientes de sonho há anos. O cliente de sonho é um mal nacional: não sei por que razão é tão comum, mas há a ideia meio medieval de que quem paga, manda. É difícil estabelecer uma relação de colaboração, invariavelmente. Só negociando cedências e com humildade, se leva um trabalho a bom porto.
Mas ontem descobri um cliente que bateu no fundo. Pela primeira vez, considero abandonar um trabalho, tamanhas são as barbaridades que o cliente diz. A minha humildade tem limites e este cliente descobriu onde estão.

segunda-feira, junho 07, 2010

Casamentos: Já agora, vale a pena pensar nisto

Uma prova de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo precede uma postura mais aberta em relação à homossexualidade em Portugal é o facto de nas noticias que hoje li sobre o casamento da Teresa e da Helena - eu faço investigação e tudo, isto é um blog a sério, fuoda-se - todos os outros casais que foram citados ou entrevistados, pediram o uso de nomes fictícios. O que é um contra-senso, à primeira vista.

Casamentos: Jornalês e locutês

A notícia é a mais importante, socialmente falando, do dia. A Teresa e a Helena casaram e o que não sabiam é que os jornalistas portugueses são tão eficazes que divulgaram que elas tinham consumado o casamento pela manhã. Filhos da mãe, andaram a filmar a Teresa em cima da Helena ( ou vice versa ) sem elas verem?
Isto porquê? porque para um jornalista há a necessidade de usar o jornalês, um conjunto de regras e frases feitas independentes do restante léxico conhecido. É uma gíria própria - como por exemplo, dizerem "cerca de 72" em vez de "cerca de 70" ou dizerem "72" - dos jornalistas. Ou fiquem atentos ao uso do "literalmente": "o carro ficou esmagado, literalmente." . Pois claro, um carro pode ficar esmagado. Mas é realmente.
Consumar o casamento é por definição, carnal, porra. Se a Teresa e a Helena ainda o fizeram de manhã, é difícil de adivinhar. O que elas fizeram foi casar-se.

Eu sei que isto aqui não é exemplo quando falamos de regras gramaticais e acentos e tal, mas evito canibalizar as palavras e vícios de discurso dos outros. Mas há quem viva bem com isso.

domingo, junho 06, 2010

Lisboa à tarde, para turistas II

Depois de um bocado no Torel, continua-se a subir. Passando ao lado do Elevador do Lavra, no Campo dos Mártires da Pátria, contorna-se o Campo
 e desce-se agora a a Calçada de Santana, rua antiga. A igreja da Pena, à direita, é das mais bonitas de Lisboa. Descendo mais um pouco, à esquerda, apanho o gato da Amália.

A rua desemboca no largo ao fim da Rua das Portas de Santo Antão, o Largo de São Domingos. Sem parar na Ginginha, vou directo para o elevador de Santa Justa. Quinze minutos à espera, com suecos, espanhois, holandeses e afins, para menos de 1 minuto de subida. Fico ali a ver os outros pontos altos da cidade: o Torel, o Castelo, a Graça, a esplanada da Pollux, mesmo à frente. Saio. Passadiço com música, vinda do Carmo, volta-se para o lado do Chiado.

Largo do Camões, esplanada do quiosque para um café a ver os pombos e a vista e o moicano da miúda ao lado. Novamente em andamento, uma visita rápida à Vida Portuguesa. Dobra-se a esquina do Kaffeehaus rumo às Belas Artes e desce-se a calçada Nova de S. Francisco, onde descubro uma loja de antiguidades que vende uma bomba de gasolina impecável. Ficava-me bem em casa.

Volto ao Cofre, onde janto com a música dos arrais como fundo.

St. Apolónia, metro. Fim do dia. Descanso é preciso.


Por curiosidade, vou medir isto no google earth. Só para ver quantos quilómetros de marcha foram.

Lisboa à tarde, para turistas I

Desce-se do cemitério do Alto de São João, que é bonito mas não tanto, pelo menos tanto como a Vila de São João, mais próxima do rio. Daí passa-se à porta do Taxi, com o Lux à vista do outro lado do viaduto.

Segue-se para Alfama pelo caminho oposto ao habitual, passando pela Igreja da Madredeus. Quando o Museu da água está para trás, vira-se para cima, para a Rua do Mirante, onde oferecem gatos a toda a gente.

Já a ver o Panteão, chega-se à feira da Ladra. Nada de novo. Umas máquinas fotográficas, pins, malas freaks, t-shirts, um projector de 8mm, uma banca com dois dildos que não iam caber em nenhum saco de plástico disponivel comercialmente. Continua-se às voltas até chegar ao museu do fado, depois de passar por muita sardinhada e arraial.
Esplanada para camones, com o ovni aterrado à porta: a barraca dos churros e farturas ( lá tive de ir ao castigo ) deixava-os completamente fascinados, a mistura de neon com aço inoxidável e as fotos de comida completamente bizarra eram desconcertantes, só pode. Alguns ficavam vários minutos especados a tentar perceber o que era aquilo.
Rumo à Baixa, à beira do rio, passando pelo Cofre, restaurante onde mais logo voltarei.

Pela Rua de Santo Antão, passo ao elevador do Lavra, ignoro-o e subo ao Jardim do Torel. Já não vou lá há alguns meses. Fico ali a curtir o sol um bocado.

Músicas I

Do melhor album que já vi. Obrigatório.

sexta-feira, junho 04, 2010

Sobre as pessoas e os dias de sol II

Fui até ao parque, apanhar sol.
Ler.
Ler só.
Ler só e não ter o filha da mãe do facebook aberto.
Ler só, e não ter o mail a pingar de meia em meia hora.
Ler só e apanhar sol, sem ter os headphones a passar Ministry, Sergio Godinho ou outra barbaridade dessas.
Ler só, sem a televisão a passar um filme de merda.

Improvisei uma cadeira no meio do relvado e li.

Ler só, queria eu.
Ler, mas não com todos os géneros de afídeos a chatear-me os cornos.
Ler, mas não com a família de russos aos berros do outro lado do lago.
Ler, mas não com os cabrões dos pombos a pastar à minha volta.
Ler, mas não a receber sms's de 10 em 10 minutos.

Ler, lá li metade do livro.

quinta-feira, junho 03, 2010

Cabelo branco é saudade II

A semana passada andei a ver albuns antigos de fotografias. Acho que com a minha provecta idade, já ultrapassei o meu pai, que nesta altura da vida ainda estava fresquinho. Mas usava gravatas espantosas, que pareciam um bacalhau.
Espantoso também, é ter uma peruca destas no topo da cabeça e saber o que é XHTML+CSS e Ruby-on-Rails e AJAX e o catano. Mas só a mim me engano.

quarta-feira, junho 02, 2010

Prezado DJ Set

Durante uns meses, tive um D.J. Set a meias, que muito gozo me deu. Infelizmente está em standby, entre a extinção e o franchise. Mas agora descobri uma coisa melhor: Ser curador de arte é o que está a dar.

Ainda no dia da criança...

O Prezado fica parvo quando vê pessoal de blogs nos 30's a agir como miúdos de escola. Claro que ele é criançola também, mas há que distinguir entre ser puto e ser puto-estúpido ( diz-se muito depressa: "putestupido") . Dito isto,





cocó.

terça-feira, junho 01, 2010

Dia da criança, é?



É do meu tempo, é.

A música ganha especial interesse a partir do segundo 16, onde fica algo entre Joe Dassin e Rodrigo Leão. Mas depois volta a ser parva.