quarta-feira, julho 30, 2008

Às volta com o macaco

Ando a tentar mudar um pneu, com o carro em andamento, mas estando ainda o pneu cheio. Ajuda, please.

Perdido pela cidade

Perdido do Bairro Azul à Ajuda dos quartéis, passando pela Alcântara da cervejaria do tremoço e do neon, voltando a Benfica dos postais ilustrados fullcolor.

segunda-feira, julho 28, 2008

Jantar de Natal

Sim, em Julho. Se o Natal, diz-se, é quando um homem quiser, este jantar de Natal foi quando uma mulher quis. Dêem-se graças às bombocas e ao vinho do Porto. Tertulias à volta da mesa roída pelos cães, a descobrir vidas em comum, amigos antigos e a antever tudo o resto.

domingo, julho 27, 2008

Concerto.

Ligações entre autocarros em andamento, com pessoas que fazem de central telefónica e dedicam-se a isso a tempo inteiro. Não podem deixar ninguém escapar, toda a gente tem de aparecer ao concerto. Toda a gente vai jantar. Uns arranjaram desculpas, outros vão mascarados a casamentos queques, outros desapareceram. Fazem-se contas à vida e às superbocks, queimam-se os últimos cartuchos de parvoices à porta. Dá-se o nome para entrar, mesmo sabendo que não está na lista...
O André, distraido da vida, não reparou no filha-da-puta do Coelho. O Coelho, como é sabido, fez o que tinha a fazer, no chão, numa clareira de pessoas à volta. Atirou-o ao chão e abusou dele. Não o podiamos salvar, mas podemos vingá-lo. Ficou combinado: se apanhamos o Coelho dos M.A.U. a jeito, we're getting medieval on his ass.



E sim, este texto tem erros ortográficos. Pedimos desculpas pelo incómodo e todas as correcções serão devidamente aceites e agradecidas. We aim to please.

quarta-feira, julho 23, 2008

Nocturnos

Afinal, também se deixam ruas a meio.

terça-feira, julho 22, 2008

Perdido por Barcelona


Estive na terra dos freaks chiques que se rebolam no chão com garrafas de Stella Artois e Moritz, que andam de pasteleira pelos passeios, a caminho do Bairro Gótico, que vasculham as lojas fashion e os antiquários. Onde nos roubam a carteira com o propósito único de nos ficar com o preservativo, devolvendo a carteira passados 10 minutos de pânico absoluto e dita muita asneira gratuita. Onde se partilham as desventuras a um balcão de bar com guatemaltecos a caminho de Portugal, canadianos rendidos a espanholas, americanos em passagem e catalães desconfiados. Onde o Bairro Alto parece ter um irmão mais velho, maior e mais escuro, mas que se deita mais cedo. Onde as tapas se servem na explanada da Plaça Real, mas também na tasca do papagaio-à-porta, bem mais sombria. Onde se vive a todas as cores, todo o dia e toda a noite.

Como sempre, Lisboa está parada.

F.Y.I.

Não fiquei perdido por Barcelona. O avião não fugiu sem mim, poços de ar não engoliram o pássaro de ferro num vórtice, nem a aproximação à Portela acabou abrupta na 2ª Circular.
Estou só com dificuldades em meter uma semana enorme num post conciso.

domingo, julho 13, 2008

MSTRKRFT

partir rasgar saltar rasgar bombar saltar vibrar partir rasgar saltar rasgar bombar saltar vibrar partir rasgar saltar rasgar bombar saltar vibrar até os braços doerem, até as pernas dobrarem, até a cabeça rachar.
MSTRKRFT rula.

E o avião espera-me.

sexta-feira, julho 11, 2008

You know what you are - Ministry



...Don't try to reason
No words, no words
I've seen it all before
Don't cry because it is too late...

Já não ouvia disto há tempos. Vá-se lá saber porquê. Mas ouve-se. Alto.

Um breve intervalo

Este vosso cervo ( não é erro, é que gosto mesmo do bambi. É fofinho e querido, toda a gente chorou quando ele viu a mãe morta e sentiu aquele terror que só o senhor Disney poderia instalar nos nossos coraçõesinhos de 5 anos, e eu é assim género bambi, também. Digo eu. ) vai interromper estes momentos únicos de partilha, visto estar de partida para o país de nuestros hermanos. É curto. Não custa nada. São as duas frases que repito a mim mesmo há varios dias, tal é a dor das separações: da mãe pátria, este oásis de justiça e modernidade, e de vós, seres de rara sensibilidade que seguem religiosamente o que aqui vos escrevo ( sim, vocês os 7. espera, 8. ah, não.... era spam. Foda-se.).

quarta-feira, julho 09, 2008

Dos emigras

Do Alto de São João ao Técnico, pelas ruas dos emigrantes. As casas sem cortinas e de fio pendurado no tecto seguem-se umas às outras, paredes vazias. Mesas postas com toalhas de plástico tropicais, pacotes de batatas fritas, trios elétricos e frascos de salsichas do LIDL. Já é tarde, todas as cabines telefónicas estão ocupadas, têm de fazer contas ao fuso.

terça-feira, julho 08, 2008

domingo, julho 06, 2008

Chegar ao chão

Your sorry eyes, they cut through bone.
They make it hard to leave you alone.
Leave you here wearing your wounds
Waving your guns at somebody new.

Baby I'm a lost
Baby I'm a lost
Baby I'm a lost cause.

Theres too many people you used to know
They see you coming they see you go.
They know your secrets and you know theirs
This town is crazy, but nobody cares.

Baby I'm a lost
Baby I'm a lost
Baby I'm a lost cause.
I'm tired of fighting
I'm tired of fighting
Fighting for a lost cause

Theres a place where you are going
You aint never been before
Theres no one laughing at your back now
No one standing at your door
Is that what you thought love was for?

Baby I'm a lost
Baby I'm a lost
Baby I'm a lost cause
I'm tired of fighting
I'm tired of fighting
Fighting for a lost cause.

Beck, Lost Cause

Depois de noites de massas, ofertas e almofadas mal paradas, o descanso.

quinta-feira, julho 03, 2008

Serviço ao domicílio

Depois do passeio com a Siouxsie pelas Amoreiras da moda e da barraca descomunal que dá andar com uma celebridade num supermercado, onde é reconhecida por uma fã histérica que repete 12 vezes a mesma coisa e que não descola, o caminho é feito a descer para a Meia-Laranja, a descer até à Alcântara das cervejarias manhosas, e novamente a subir, à Ajuda, pacata dos gatos, tascas e café-de-bairro.
À noite o chauffeur lá foi levar-me a casa, com o frio a querer passar a malhinha nas costas e o sono a querer instalar-se.

Mais 3000 visitas, tau.

quarta-feira, julho 02, 2008

Diálogo para quatro

Cenário branco, branquinho, lavado. Janelas abertas para entrar ar e o que vier.

- "Não, prefiro o vinagre balsamico. HAahahah" - Gargalhada ecoa pelos - agora - 9 andares.

-"Shiu que a vizinha de cima é doida e a de baixo também e não podem ouvir nada senão começam com cenas amanhã assim que me apanharem na escada e depois não tenho paciência para as ouvir que são umas chatas do camandro e umas ressabiadas salazarentas que não podem ouvir um tipo rir-se e na ramboia que se metem logo na vida dos outros e o camandro"

-"Boas!"

Ouve-se de baixo, voz de ginete:
- "Lá está a lambesgoia do 4º esquerdo a fazer barulho outra vez!!!!!"


"Vinagre balsamico". ( Adereço de caracter estilistico utilizado só para indicar que algures a meio da peça, houve uma salada, e foi confeccionada por alguém com ensino superior, urbano e criativo.)