quinta-feira, janeiro 29, 2009

Update

Ontem pude confirmar de novo algo que reparo entre amigos, pessoal do trabalho, bloggers: Como andar pela cidade, a pé, de autocarro, de elétrico, de taxi ( ui, os taxistas ) é um hábito e uma necessidade que me põe em contacto com todo o tipo de pessoas e com as vidas que levam ( people watching, sim ) . E fico a ver como isso muda o que penso, falo e como vejo a minha própria vida. Ajuda-me na minha criatividade. Ajuda-me a encontrar a insanidade normal do dia-a-dia. Depois, fico a pensar nas ideias que tem alguém que sai de casa, se tranca no carro sozinho, chega ao trabalho e volta, da mesma forma, sem ver nada de mais ninguém.

É uma necessidade, claro. No dia em que tiver um chaufeur, venho aqui apagar este post.

terça-feira, janeiro 27, 2009

COLD WIND

In the middle of the summer
I'm not sleeping
Cold wind blowing
In the middle of the night they
Try to find me but I'm still driving
If you're going to San Francisco
Lay some flowers on the grave stone
There's music on the station but I'm just listening to cold wind whistling
And if they ever find me tell the papers cold wind, cold wind
cold, cold wind blowing
cold wind blowing
Hey Hey Hey
Something ain't right
Something ain't right
And if they ever find me tell the papers cold wind, cold wind
Cold, cold wind blowing, cold wind blowing, cold wind blowing,
cold wind blowing, cold wind blowing

Arcade Fire, Cold wind

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Não tarda, deito a TV pela janela e passo a ver LolCats a noite toda

Quando ouço os tais empresários queixarem-se da crise, não posso deixar de me rir. "concorrência a mais" é uma que me fazer sorrir de orelha a orelha. Senão vejamos... a concorrência, essa maldita...

Ainda hoje me perguntaram "qual é o melhor acesso à net?". Sei lá: todas fornecem não mais que 60% da velocidade que prometem ( a resposta é sempre a mesma, "culpa das infraestruturas"), os preços são os mesmos ( vide aqui ), resta-nos rezar que o nosso ponto de acesso tenha boa cobertura...

Não me falem em concorrência. Tenham vergonha.

domingo, janeiro 25, 2009

Mim caçar teatro

Fui ver a peça Caveman. É daquelas que metem nojo e odeio, género peça-genérica, que é adaptada para 175 países e anda 30 anos a ser feito pelos mesmos actores, que deixam o papel como herança ao primogénito. Não é Ionesco, não. Não vão entrar em contacto com os vossos medos e receios mais íntimos, nem com situações de psicose extremas, lutas interiores com o vosso ego face ao drama do pós-guerra na Checoslováquia nos anos 20... E ainda bem. Ao inicio ainda fiquei com medo que fosse demasiado linear, mas lá se aguentou... O tema "guerra dos sexos" dá sempre para rir um bocado, já se sabe. Pude ouvir os clássicos "eu não sou tua mãe!", "até parece que não vives nesta casa!" ou "nunca limpaste uma casa de banho, pois não?". Aos 10 minutos da peça, ao meu lado, o senhor a aparentar uns 60 anos, que veio com a mulher, chorava a rir e olhava para mim com uma cara de "epá, elas são mesmo assim, não são..?".

Vão ver. Não é genial, mas é certeiro. Vão com a mais-que-tudo, para poderem dizer "vês, não sou só eu que deixo a toalha molhada em cima da cama..."

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Nem como locutor de continução da RTL, entre filmes de soft-porn manhoso, te safavas

Vejo uma notícia sobre um esquiador que se estatelou à grande e...
Meu, és locutor: se quando vês um nome em alemão como "Daniel Albrecht", fazes uma careta como se estivesses a ler o termo cientifico para uma fissura anal e encolhes os ombros em jeito de "epá, que se lixe, cabrão do camone, nome estranho... deixa lá tentar.", há algo de muito errado com a qualidade de televisão que temos... Alguém dá umas dicas de alemão ao rapaz? Eu não percebo ponta de alemão. Tirando os R's, consigo dizer Schwarzenegger sem gaguejar.

E ala para o trabalho.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Frase do Dia

"Favores, fazia a minha avó ao meu avô."

Da sabedoria popular da minha avó.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Levantar da cama tem sido o inferno

O quente só é interrompido pelo fio de ar frio que me entra pelos cobertores, quando me mexo para dar uma volta sobre mim, pesado e sonolento. As pernas ficam imóveis no meio da cama, quase numa só, ocupando o mínimo de espaço que sou capaz, - qualquer movimento extra, é só para confirmar a existência daqueles cantos gelados da cama, agora terreno que prefiro não ocupar - só me mexendo para deixar os pés numa fricção constante, como um grilo. Quando é hora de sair, já tenho o cobertor a tapar a cabeça por completo; o cobertor foi subindo, a rastejar por ele, e eu deixei-me ficar naquele torpor incómodo, onde já prefiro o meu próprio bafo quente em circuito fechado a uma nesga de ar novo e limpo, mas gelado como tudo.
Foda-se, não é justo ter de me levantar com este frio.


Como diria um amigo meu.. "quando eu vivi em Estocolmo, isto era mais fácil..."

Todo o amor do mundo não foi suficiente

todo o amor do mundo não foi suficiente porque o amor não serve de nada.

ficaram só os papéis e a tristeza, ficou só a amargura e a cinza dos cigarros e da morte.

os domingos e as noites que passámos a fazer planos não foram suficientes e foram

demasiados porque hoje são como sangue no teu rosto, são como lágrimas.

sei que nos amámos muito e um dia, quando já não te encontrar em cada instante, em cada hora,

não irei negar isso. não irei negar nunca que te amei. nem mesmo quando estiver deitado,

nu, sobre os lençóis de outra e ela me obrigar a dizer que a amo antes de a foder.



De José Luis Peixoto, cantado pela Naifa.


Obrigado pela dica, Hugo, que ainda ( ele bem disfarça ) és um poeta.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Mudança

Vou fazer uma operação de mudança de raça.

Tragam o solário, please.

domingo, janeiro 18, 2009

aRRRRoootTTooo

Lendo isto, reavivei um ódio que estava adormecido dentro de mim. Já tinha aceite a ideia, mas agora que se lixe: não, não aceito.
Esta história de ir comprar um bilhete de cinema e ter de gramar com o pessoal que vai enfardar bidons de pipocas e Coca-Colas de litro na mesma fila... Mas que merda? Quando entro no talho, espero na fila para comprar talheres?
Não fui ao cinema, pronto.

Há anos, uma amiga minha levava um tupperware com biscoitos para o cinema. Na altura, era meio fora. Agora, já não me surpreendo se vir alguém de garfo e faca a comer um bitoque no escurinho.

sábado, janeiro 17, 2009

No-brainer

Já andei 8 km hoje. Já aturei um senhor notoriamente esquizofrénico ( que insistiu em colocar-me o headphone dele na minha orelha, sem avisar ). Já fotografei 10 stencil's bem fixes. Apanhei sol. Vi o Carrilho. Vi a Bárbara. Vi o pirralho.
Vi o cão do Manuel Marques. E o Manuel Marques, também.

Como já perdi o dia, aqui vai o desafio da Polo Norte:

8 sonhos ou coisas que desejo fazer em 2009?

8 - Viajar mais.
7 - Ter uma casa ao tamanho do meu ego.
6 - Que acabem os telejornais de 60 minutos.

5 - Que o Benfica ganhe a taça.
4 - Que parem de aparecer bandas novas. ( Ainda vou em 89 )
3 - Perceber como é que o Santana Lopes consegue.
2 - Começar a gostar de favas.
1 - Ler menos blogs.



p.s.1 Não tirei fotos do Carrilho, mas pensei em tirar umas e vender à Caras com o titulo "Carrilho evita Bárbara em passeio matinal"

p.s. 2 Claro que não quero que o benfica ganhe a taça, estou-me a cagar para a bola, hoje e sempre.

p.s. 3 porque é que a TVI faz um apanhado do congressso do PP nas Caldas com o "i don't feel like dancing" de Scissor Sisters?

É fim de semana


MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com



In Diario de Manana

segunda-feira, janeiro 12, 2009

ACABOU A CRISE

Vamos estar duas semanas a falar daquele moço madeirense, que maravilha. Tão feliz. Lá vai Portugal catapultado para os headlines do mundo inteiro, como sempre, pelos melhores motivos.

Senhor, estou tão feliz.

sábado, janeiro 10, 2009

Domingo analógico

Projecto para amanhã, tirado da net:

"The rules of Analogic sunday

- no email

- no blog reading

- no surfing the web

- actually, no internet

- no typing

- in fact, no computer at all

- no tv

INSTEAD

- read a book

- spend the day outside with someone you love"


Os bloggers devem compreender o que isto implica. É duro.
Para mim, o equivalente a conseguir dizer "paralelipipedo" sem mácula.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Um dia vou ser surdo

Sai-se a correr, com o gelo ainda nas ervas e nos vidros dos carros. O vento a congelar-me. O passo acelerado dá direito a tornozelos torcidos e a um coxear precoce, a juntar à falta de força. Chega-se depressa ao Metro, ao pé do campo. O vizinho do lado vai há meia hora a olhar para um sudoku e vejo a miúda dos brilhantes na ponta das unhas a ouvir a-ha no telemóvel. Lá mais à frente, o puto da guedelha colada à cabeça, a ouvir MGMT no mp4. Subo o elevador da estação, ouço a Rihanna. A subir a rua do sol às costas, à porta da loja de ferragens, ouve-se um fado.
Chegado ao emprego, tiro os phones, bem enfiados nos ouvidos.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

a puta da crise

-Crise? minha senhora, que diferença é que isso me faz? Sempre vivi em crise, não me venham com conversas. Nunca conheci outra vida, isso da crise é porque alguém que tinha muito lá viu que lhe faltava alguma coisa. Olha agora.... Grande novidade. São engraçados eles, vêem-se com menos, é logo a crise. Nunca vivi doutra maneira, que diferença é que vai fazer um ano de crise, agora? essa conversa já enjoa, olhe.
-pois é, pois é.
-Crise, olha agora...

terça-feira, janeiro 06, 2009

Alerta vermelho

Foda-se para os alertas. A importância que os noticiários dão ao facto de que fora do estudio não estão uns confortáveis e extemporâneos 21 graus é absurda. A minha avó não tinha meteorologia, televisão, fax, net, telemóvel, wi-fi, 3g ou rss e sabia meter um casaco mais grosso em cima quando havia frio. Vão-se-fo-der.

E bom dia.

domingo, janeiro 04, 2009

Olha.

Mudou a fachada do estaminé. Tá menos macacada, não tá?

O bombeiro

E vai um café.
A situação de solteiro e bom rapaz ( tem dias ), faz-me bombeiro-social, naquelas alturas em que se fala de tudo, o gajo dos cafés.
E uma imperial.
Ontem foi dia de atendimento prolongado.
E um café para fechar.