Estou um bocado cansado do pessoal que anda aí a gozar com a miséria e a advogar que há que ter menos, que no geral, as pessoas têm de ter menos coisas, têm de consumir menos, têm de ter menos, têm de usar menos plásticos, têm de cortar na carne, têm de perceber os outros, têm muito de perceber os outros mesmo quando os outros não percebem nada, têm de fazer muita coisa só porque alguém tem de começar por algum lado e só porque toda a mudança começa em cada um e lembro-me sempre das putas das tampinhas para as cadeiras de rodas, uma inversão da hierarquia do esforço necessário para arranjar tampas e cadeiras de rodas (é só uma puta de uma cadeira de rodas simples, não é daquelas a sério), mais uma espécie malabarismo para os records do guiness combinando ora virtude, ora tampas ora copos ora palhinhas, ora escovas de dentes de bambu, tudo recolhido no fim, vagarosa e homepaticamente contribuindo para que o mundo fique melhor.