Ficam os táxis, experiências analógicas, seguem os Ubers, bidimensionais e automáticos, uns atrás dos outros. O espaço mental que percorrem é gentrificado como a cidade e retirá-los dessa área nobre da cidade retira-lhes ainda mais a humanidade. Se conduzir para a Uber é uma vigília permanente, fora dessa zona de conforto o silêncio é absoluto e passam a olhar mais para o GPS que para o caminho, sabendo que não podem confiar completamente na máquina, sem um mapa mental comum com os passageiros. Leia-se, para lá do Califa é só dragões.
1 comentário:
Já pensaste mudar o nome do blog para Gentrificado?
Nem conhecia esta palavra, mas leio-a aqui vezes a mais (para mim), o que mostra alguma obsessão pelo assunto.
Mas obrigado pela ajuda ao aumento do meu vocabulário.
Enviar um comentário