sexta-feira, novembro 11, 2016

Web Summit do ponto de vista de quem sabe tudo

Como hater do empreendedorismo* como fenómeno televisivo, mas estando dentro do assunto, tenho de aproveitar para desfazer alguns mitos:

• O que se faz no Web Summit, mesmo?
Contactos. Imaginem como se fosse um festival: Ouvem gente com ideias interessantes. Conhecem gente. Combinam copos. No fim, em vez de cama, faz-se negócio. Pode haver cama na mesma.

• Os geeks vão lá para engatar gajas, não é?
Larguem essa piada, sério. O Markl esteve casado com a Ana Galvão. Já deviam ter percebido que o mundo é dos geeks.

• Os geeks vão lá para engatar gajas, não é?
Também.

• Toda a gente vai lá vender apps que não servem para nada?
Não, as apps são só uma pequena parte do que se passa. Sim, há muita que para mim não serve para nada.

• Mas vão para lá ouvir falar de quê, aquilo não é só lavagem cerebral?
Que tenha reparado, é tão eficaz como ouvir podcasts, congressos de farmaceuticas ou Ted Talks. Há gente para tudo.

• E os políticos todos lá a cheirar?
É melhor que ir beijar bebés a feiras da Beira Baixa. Fica mais em mão e tem o mesmo efeito.


*O "empreendedorismo" é foleiro como termo porque os telejornais têm explorado este termo normalmente vazio de conteudo e objectivo de uma maneira exaustiva. Tanto chamam empreendedor ao Belmiro de Azevedo como ao Miguel Gonçalves como à Isabel de Santo Tirso que vende bases para copos feitas com tampas de Nespresso. Eu entendo. Também me passo quando chamam Running a "correr", é o que temos.

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