Fazia eu uma espantosa tortilha, seguindo as instruções exaustivas na receita online, quando tentei a transferência do corpo A ( tortilha ainda mal passada ) para o receptáculo B ( prato raso ) por meio da inversão vertical do recipiente C ( sertã ). Sensivelmente aos 45º do movimento de rotação - como registado metrologicamente - 35.2% do corpo A aterrou com grande espalhafato no lava louças, numa mixórdia dispensável de acontecer, não fosse eu burro como uma porta.
A descoberta de que a física newtoniana também pode ser demonstrada na cozinha é um tema fascinante.
lembrei-me deste factoide: estudos recentes, feitos por uma universidade norte-americana, revelam que os frigoríficos podem ser lavados de tempos a tempos. Provou-se que tal diminui o cheiro a comida estragada em 99.999999%.
quarta-feira, abril 29, 2009
sábado, abril 25, 2009
25 de Abril, sempre.
Cada vez ligo-o mais a mim e menos a ideologias.
Que fique e seja comemorado, pela liberdade. Pura e dura.
Que fique e seja comemorado, pela liberdade. Pura e dura.
quinta-feira, abril 23, 2009
Nostalgic muthafucka
Isto era a minha banda preferida há uns anos, quando era pequenino e guedelhudo... ( agora prefiro Stevie Wonder) É Ministry. Há uma discoteca em Lisboa que passa isto e outras do mesmo género. Gosto de ir lá, numa de excursão revivalista. O contraste é porreiro: se quando tínhamos 17 ou 18 anos era uma tortura aquele momento em que rezavamos aos santinhos para o porteiro não dizer "não podes entrar de ténis" ou "a entrada são 3 contos", quando chegamos aos 30, já não há critério nenhum. Como eu conseguir andar sem ajuda já é uma vantagem astronómica, o porteiro tipo metro-cubico com a caveira tatuada no topo da careca deixa-me entrar, não sem se sentir mal ( pareço um pequeno cantor do coro de Viena, comparado com os skins que costumam estar lá dentro ) por conspurcar a nobreza do espaço com um menino da mamã como eu.
Ando a ver se organizo excursões para grupos maiores, já sinto saudades do cheiro a Organics no ar.
sábado, abril 18, 2009
Colinas
A passar à Penha de França, depois de descermos do reservatório ocre, descobre-se como é uma zona de emigrantes. Uma volta ali e pareceu-me estar em Londres: os cibercafés de paquistaneses seguem-se, uns atrás dos outros. Se quiser encontrar um cibercafé noutro lado, vejo-me grego.
Ouço o "bewitched, bothered and bewildered" e lá vou eu a caminho da rua. Até.
Ouço o "bewitched, bothered and bewildered" e lá vou eu a caminho da rua. Até.
sexta-feira, abril 17, 2009
aniversário III
Blog com 3 anitos já é qualquer coisa. Devo salientar que os blogs são como o vinho do Porto, por isso isto só pode melhorar.
terça-feira, abril 14, 2009
Em dia de festa
Meti-me a pensar: é interessante que o Nazareno tenha escolhido uma festa para fazer o primeiro milagre, e que o primeiro milagre tenha sido transformar água em vinho. Comemore-se.
É porreiro, o tipo.
É porreiro, o tipo.
sábado, abril 11, 2009
Teoria nuclear da cozinha
Desde a descoberta da impossibilidade do congelamento do espaço-tempo num frigorífico vulgar de Lineu, pouca coisa tem ido para o caixote. É espantoso. Já não acordo a meio da noite a pensar nos meninos do Biafra, cheios de fominha e com presidentes barrigudinhos e corruptos.
Fiquei tão contente com a minha tão excelente e revolucionária forma de gerir recursos que a partilhei com um amigo. Quero, já agora, apresentá-lo: Pessoal, este é o Laércio, vive no meu café.
Não reparem no corte de cabelo. Ele é um Bolor.
Fiquei tão contente com a minha tão excelente e revolucionária forma de gerir recursos que a partilhei com um amigo. Quero, já agora, apresentá-lo: Pessoal, este é o Laércio, vive no meu café.
Não reparem no corte de cabelo. Ele é um Bolor.
sexta-feira, abril 10, 2009
Inspira.
Plasticinas gatafunhos entrevistas cervejas coca-colas e pirolitos. Saladas molhos palitos portáteis cebolas e simetrias. Sortes azares assim-assins e totolotos. Mulheres homens velhos e crianças. Prazeres favores deveres e obrigações. Preguiça pica vontades ausências e adiamentos. Tretas bocas fodas minhocas e parvoides. Musicas comprimidos cansaço e bjecas. Canetas lápis fotografias e cabos velhos. Ruído.
Expira.
Expira.
quarta-feira, abril 08, 2009
Televisão.
Passa-se mais um tempo que não tenho televisão.
Até a tenho, mas como um manifesto. Está no chão, desligada.
A falta que sinto? tanta como a falta de andar de Jaguar amarelo: Nunca andei, por isso nem sei bem se vale a pena...
Até é simples. Sinto-me tentado a propor o desafio: 2 dias sem televisão?
( isto para mim era um desafio grande, há alguns meses. Eu sou o género "chega a casa > liga computador > liga TV > liga a luz " )
Até a tenho, mas como um manifesto. Está no chão, desligada.
A falta que sinto? tanta como a falta de andar de Jaguar amarelo: Nunca andei, por isso nem sei bem se vale a pena...
Até é simples. Sinto-me tentado a propor o desafio: 2 dias sem televisão?
( isto para mim era um desafio grande, há alguns meses. Eu sou o género "chega a casa > liga computador > liga TV > liga a luz " )
segunda-feira, abril 06, 2009
Urinol conflituoso
Falando em opções bizarras de decoração, um amigo meu disse-me uma vez que se pudesse fazer o que quisesse em casa, era ter um urinol na casa de banho - era muito prático. Tudo bem, é um gajo modesto, curto de vistas, mas sim, tem razão. Hoje dou de caras com esta peça macabra, vinda de um espírito demente. Não lembra ao diabo, esta coisa.
Vejamos: temos um urinol, a mais prática e ergonómica peça que se pode encontrar numa casa de banho - virado de cabeça pra baixo, chega a ser arte.
E aparece uma alminha a querer inovar na perfeição e lembra-se de quê?
"sou um génio, vou colocar uma tampa no urinol."
FODA-SE! A grande vantagem do urinol, é que ali não há por onde pegar: o objecto não tem a maldita tampa da discórdia. É um objecto uni-funcional. Um gajo chega-se a um urinol e só há uma tarefa a fazer. É linear! Meter uma tampa num urinol é como meter uma tampa num copo. O que é que querem adiar? o acesso à água?
Sério, é ridículo, além do gasto de plástico. Mais 3000 árvores e 21 koalas morreram só pra fazer a puta da tampa.
Stop the madness.
Acho que mereço um sono descansado só por causa de dar um titulo a um post como "urinol conflituoso", que parece um nome de banda punk de 80's. Boa noite.
Vejamos: temos um urinol, a mais prática e ergonómica peça que se pode encontrar numa casa de banho - virado de cabeça pra baixo, chega a ser arte.
E aparece uma alminha a querer inovar na perfeição e lembra-se de quê?
"sou um génio, vou colocar uma tampa no urinol."
FODA-SE! A grande vantagem do urinol, é que ali não há por onde pegar: o objecto não tem a maldita tampa da discórdia. É um objecto uni-funcional. Um gajo chega-se a um urinol e só há uma tarefa a fazer. É linear! Meter uma tampa num urinol é como meter uma tampa num copo. O que é que querem adiar? o acesso à água?
Sério, é ridículo, além do gasto de plástico. Mais 3000 árvores e 21 koalas morreram só pra fazer a puta da tampa.
Stop the madness.
Acho que mereço um sono descansado só por causa de dar um titulo a um post como "urinol conflituoso", que parece um nome de banda punk de 80's. Boa noite.
domingo, abril 05, 2009
O taxista - queixume.
Apanhei um taxista fechado. Não abriu a boca. Não foi rude, nem mal educado. Não me disse que tinha uma amante mulata na Amadora há anos e que têm um filho que já anda no sétimo ano e que até tem boas notas. Não me disse onde é que o deputado X vai almoçar prolongadamente todos os dias, à conta do povinho. Não me disse que isto anda mal, que a crise tá a dar cabo de tudo e que a culpa é do Sócrates, do 25 de Abril, dos Champalimauds, das Testemunhas de Jeová ou das criançolas com aquele cabelo lambido, colado à cara. Não chamou camelo-do-caralho ao gajo que quase ia arrancando a frente do taxi.
Não faz dele um gajo civilizado, porém. Quero o meu dinheiro de volta, não é para isto que ando de taxi.
Não faz dele um gajo civilizado, porém. Quero o meu dinheiro de volta, não é para isto que ando de taxi.
sexta-feira, abril 03, 2009
quinta-feira, abril 02, 2009
Esquerda caviar
A saga terminou. O ultimo vestígio de vida que estava no frigorífico já foi para o caixote.
Mas, confesso: era salmão fumado. Como é que conseguirei continuar a defender a revolta do proletariado face ao capitalismo selvagem do grande Satã, ( do qual não sei nada, visto não ver televisão ) quando ando a explorar salmões de viveiro, perguntarão?
Consigo. Porque o salmão fez a parte dele, que foi expelir o cheiro mais nauseabundo que me lembro, assim que abri p'ra ver se 'tava bom.
Imaginem algo entre uma bomba de mau cheiro e um peixe podre. Não deixa muito espaço à imaginação, eu sei.
Mas, confesso: era salmão fumado. Como é que conseguirei continuar a defender a revolta do proletariado face ao capitalismo selvagem do grande Satã, ( do qual não sei nada, visto não ver televisão ) quando ando a explorar salmões de viveiro, perguntarão?
Consigo. Porque o salmão fez a parte dele, que foi expelir o cheiro mais nauseabundo que me lembro, assim que abri p'ra ver se 'tava bom.
Imaginem algo entre uma bomba de mau cheiro e um peixe podre. Não deixa muito espaço à imaginação, eu sei.
quarta-feira, abril 01, 2009
in the backseat - Arcade Fire
I like the peace
in the backseat,
I don't have to drive,
I don't have to speak,
I can watch the country side,
and I can fall asleep.
My family tree's
loosing all its leaves,
crashing towards the driver's seat,
the lightning bolt made enough heat
to melt the street beneath your feet.
Alice died
in the night,
I've been learning to drive.
My whole life,
I've been learning.
Olha, uma letra que faz sentido.
in the backseat,
I don't have to drive,
I don't have to speak,
I can watch the country side,
and I can fall asleep.
My family tree's
loosing all its leaves,
crashing towards the driver's seat,
the lightning bolt made enough heat
to melt the street beneath your feet.
Alice died
in the night,
I've been learning to drive.
My whole life,
I've been learning.
Olha, uma letra que faz sentido.
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