terça-feira, setembro 29, 2009
Too much info
Há alguns anos, estava inscrito e usava todos os serviços online que se podiam lembrar. Era o começo da era "2.0" e das redes sociais. A necessidade de partilha de informação dava espaço para todo o tipo de redes, desde partilha de ideias, marcas de vinho, livros ou shampoo pra gatos. Passado este tempo, parece-me que passei de uns 30 serviços online para 1: facebook.
domingo, setembro 27, 2009
Eleições, 'tá na cara.
Tou a ficar velho, é sabido. Por isso meto estes gajos todos no mesmo saco, os políticos. Juro que houve tempos em que não pensava assim, era um gajo esperto e com os dentes da frente e tudo, mas a idade está a progredir bem rápido, e parece que a minha aptidão para julgar politicos está em sincronia com a quantidade de cabelos brancos.
Se pareço ter cara de votar no Bloco, os meus cabelos dirão que voto no PP. Os cotovelos votam na CDU. O dedo do meio do pé esquerdo vota no PNR ( é feio e torto e no dia em que ficar ligeiramente queimado depois de uma escalada a um pico europeu de segunda categoria num dia pouco frio, é um favor que me fazem se o amputarem ). O joelho direito, meio perro, vota no PSD. De resto, voto em branco.
Se pareço ter cara de votar no Bloco, os meus cabelos dirão que voto no PP. Os cotovelos votam na CDU. O dedo do meio do pé esquerdo vota no PNR ( é feio e torto e no dia em que ficar ligeiramente queimado depois de uma escalada a um pico europeu de segunda categoria num dia pouco frio, é um favor que me fazem se o amputarem ). O joelho direito, meio perro, vota no PSD. De resto, voto em branco.
quinta-feira, setembro 24, 2009
Foi ao bingo
Naquela parte da cidade, está tudo quieto. À noite, costumo apanhar velórios a acabar, com gente a sair da igreja, no meio da praça, paredes meias com o Técnico. Pelo caminho, encontrei uma mercearia que vende baba de caracol. Nunca se sabe quando vamos precisar.
Vim de longe e ainda bem
Fui jantar a casa dos meus pais. É em certos aspectos, como ir a uma consulta médica: só se fala de doenças e leio todas as revistas de social que apanho à frente.
Lá li uma história que me despertou algum interesse e impressão. Alguma pena, até. Dizia-se de uma apresentadora de televisão que teve de mudar a sua vida por causa da mudança de programa que apresentava: "a sua vida toda passava-se em 200 metros: o estudio, a casa, o colégio dos miudos, o restaurante, o supermercado". Na mesma rua.
Que vazio.
Lá li uma história que me despertou algum interesse e impressão. Alguma pena, até. Dizia-se de uma apresentadora de televisão que teve de mudar a sua vida por causa da mudança de programa que apresentava: "a sua vida toda passava-se em 200 metros: o estudio, a casa, o colégio dos miudos, o restaurante, o supermercado". Na mesma rua.
Que vazio.
domingo, setembro 20, 2009
Gosto de trabalhar
Como tal, para mim, trabalhar é um acto de paixão. Faço-o com gosto. E isso nota-se: estou tão contente quando trabalho, que só quero trabalhar mais e mais. Felizmente, há pessoas que me ajudam e alimentam esta paixão, oferecendo-me trabalhos, ainda que não tenham dinheiro para pagar estas pequenas mas prazerosas tarefas que precisam para elas. Sabem tão bem como eu que não se deve cobrar pelo prazer - É feio. Que Deus nosso senhor disse "Amai-vos uns aos outros". Que a ganancia é o mal do mundo. Que os PPR's são uma tanga. Que as trocas directas estão de volta. Assim, como bons samaritanos que são, pedem para fazer logotipos à pala, porque sabem que até nem me custa nada. Eu gosto.
.... Se fossem mamar na 5ª pata do cavalo também tinha a sua piada.
.... Se fossem mamar na 5ª pata do cavalo também tinha a sua piada.
sábado, setembro 19, 2009
À Feira da Ladra II
Chegando mais acima, passando os dois carros de tunning mais feios do universo conhecido, é a Feira. Vou lá desde adolescente de gosto musical duvidoso, mas activo.
Se chegarmos tarde à feira, os adolescentes já foram para casa.
Os freaks das bolsas de feltro, brincos, mortalhas e calças hippies também.
Os antiquários já fecharam.
O pessoal dos dvd's já desapareceu.
Mas a Feira está cheia. Ficaram as sobras. Ficaram espalhadas pelo chão, aos montes, capas de cassettes, livros, copos, garrafas, singles, biblots, cascas de laranja, sapatos, roupa. Mais roupa. Ficaram a beber minis e a comer sandes de torresmos. Ficaram os agarrados, o pessoal que mora no Cais do Sodré, na Mouraria. Vêm mais tarde, e nesta altura só cá está quem sabe que a esta hora vende-se tudo a cinquenta centimos, só porque é roubado, ou porque ninguém quer voltar com nada para casa.
p.s. Muita gente nunca foi à Feira de Ladra e não acredita quando digo que TUDO se vende. Neste dia, segui com atenção um senhor a comprar a leiteira velha sem tampa, junto com uma chávena. Um euro chegava, mas regateia-se, claro.
Se chegarmos tarde à feira, os adolescentes já foram para casa.
Os freaks das bolsas de feltro, brincos, mortalhas e calças hippies também.
Os antiquários já fecharam.
O pessoal dos dvd's já desapareceu.
Mas a Feira está cheia. Ficaram as sobras. Ficaram espalhadas pelo chão, aos montes, capas de cassettes, livros, copos, garrafas, singles, biblots, cascas de laranja, sapatos, roupa. Mais roupa. Ficaram a beber minis e a comer sandes de torresmos. Ficaram os agarrados, o pessoal que mora no Cais do Sodré, na Mouraria. Vêm mais tarde, e nesta altura só cá está quem sabe que a esta hora vende-se tudo a cinquenta centimos, só porque é roubado, ou porque ninguém quer voltar com nada para casa.
p.s. Muita gente nunca foi à Feira de Ladra e não acredita quando digo que TUDO se vende. Neste dia, segui com atenção um senhor a comprar a leiteira velha sem tampa, junto com uma chávena. Um euro chegava, mas regateia-se, claro.
quinta-feira, setembro 17, 2009
À Feira da Ladra I
Subindo em direcção à Feira da Ladra, passa-se por uma zona degradada e isolada. Há um edifício grande do exercito que serve de muleta a três prédios prestes a cair.
No primeiro, um velho nu sentado na cama, mesmo à porta, vê televisão.
No segundo, a velha tapa a vista para o Tejo com um lençol coçado às flores, ficando a olhar uma nesga da sua rua sem transito,
impavida.
No terceiro, todas as portas e janelas estão entaipadas, menos duas, a porta e a janela do rés-do-chão. À porta, um cão preto grande está preso ao chão por uma corrente com meia-duzia de elos, que mal o deixa levantar a cabeça.
Todos os prédios, o primeiro, o segundo e o terceiro têm uma colecção de plantas iguais em vasos de plastico comidos pelo sol.
No primeiro, um velho nu sentado na cama, mesmo à porta, vê televisão.
No segundo, a velha tapa a vista para o Tejo com um lençol coçado às flores, ficando a olhar uma nesga da sua rua sem transito,
impavida.
No terceiro, todas as portas e janelas estão entaipadas, menos duas, a porta e a janela do rés-do-chão. À porta, um cão preto grande está preso ao chão por uma corrente com meia-duzia de elos, que mal o deixa levantar a cabeça.
Todos os prédios, o primeiro, o segundo e o terceiro têm uma colecção de plantas iguais em vasos de plastico comidos pelo sol.
Taxistas em 2009
Em 2008 crackei o código de acesso à mente dos taxistas: É-me possível agora ser convidado para almoçar, lanchar, oferecerem-me a virgindade da filha ( as if... ) ou convidarem-me para o crisma do sobrinho, ao fim de 10 minutos de conversa informal. Mas hoje descobri o melhor truque de todos: hipnotizá-los de modo a que se esqueçam de ligar o taximetro. Distraído pela sua apaixonante descrição da vida no Libano - " um gajo lá nem pode beber nem ir às putas" - e da vida dificil de taxista, sempre perseguido por pretos a quem insiste em não fazer o serviço, agarrados e moscovitas viciosos, este senhor esqueceu-se de ligar o taximetro. Lá tive tarifa à médio-oriente, a olho.
Lá fiquei a saber que no Libano não se usa papel higienico. É a minha dica de viagem de hoje.
O gajo ainda falava do filha-da-puta do Kadafi, acho que ainda não soube que o senhor já morreu. Não quis ser eu a dar-lhe a má noticia, por isso deixei-o falar. É sempre duro saber uma coisa dessas assim de chofre.
Lá fiquei a saber que no Libano não se usa papel higienico. É a minha dica de viagem de hoje.
O gajo ainda falava do filha-da-puta do Kadafi, acho que ainda não soube que o senhor já morreu. Não quis ser eu a dar-lhe a má noticia, por isso deixei-o falar. É sempre duro saber uma coisa dessas assim de chofre.
sexta-feira, setembro 04, 2009
quarta-feira, setembro 02, 2009
terça-feira, setembro 01, 2009
Pratos da moda
Curto mesmo quando encontro uma daqueles restaurantes de que se ouve falar bem, bem pipis, e depois vamos a ver e é uma chafarica de terceiro mundo disfarçada. O de hoje tem uma maneira bonita de fazer vista, original q.b...
Enquanto nos restaurantes fashion usam pratos brancos enormes, com mais 10 cm de bordo do que é preciso, neste fazem ao contrário: TIRAM metade da dose, para que sobrem 10-estécticos-cm de bordo. Jesus, que fominha que eu passei.
Enquanto nos restaurantes fashion usam pratos brancos enormes, com mais 10 cm de bordo do que é preciso, neste fazem ao contrário: TIRAM metade da dose, para que sobrem 10-estécticos-cm de bordo. Jesus, que fominha que eu passei.
twitter versus blogger
O twitter é um filha-da-puta: como é mais divertido e rápido que o blog, tirou-me a energia de escrever mais do que 140 caracteres.
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