Chegando mais acima, passando os dois carros de tunning mais feios do universo conhecido, é a Feira. Vou lá desde adolescente de gosto musical duvidoso, mas activo.
Se chegarmos tarde à feira, os adolescentes já foram para casa.
Os freaks das bolsas de feltro, brincos, mortalhas e calças hippies também.
Os antiquários já fecharam.
O pessoal dos dvd's já desapareceu.
Mas a Feira está cheia. Ficaram as sobras. Ficaram espalhadas pelo chão, aos montes, capas de cassettes, livros, copos, garrafas, singles, biblots, cascas de laranja, sapatos, roupa. Mais roupa. Ficaram a beber minis e a comer sandes de torresmos. Ficaram os agarrados, o pessoal que mora no Cais do Sodré, na Mouraria. Vêm mais tarde, e nesta altura só cá está quem sabe que a esta hora vende-se tudo a cinquenta centimos, só porque é roubado, ou porque ninguém quer voltar com nada para casa.
p.s. Muita gente nunca foi à Feira de Ladra e não acredita quando digo que TUDO se vende. Neste dia, segui com atenção um senhor a comprar a leiteira velha sem tampa, junto com uma chávena. Um euro chegava, mas regateia-se, claro.
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