Não sei se já observaram isto, mas há posturas muito distintas nos diferentes de transporte públicos. Distintas entre os autocarros, metro, etc etc. As posturas têm pouco de distinto. Aliás, nivelam pelas barracas, como mínimo denominador comum. Devo ter andado uns dias de seguida só de metro, e devo ter ficado habituado ao silêncio. Vamos por partes:
No taxi, o gajo com menos nivel, 'tá na cara, é o taxista. Apanha-se de tudo, mas se eu for caladinho, o taxista é capaz de arriscar um fugaz "então ontem o Benfica, aquilo é que foi??", o que no meu caso resolve a coisa. Tivesse o taxista saber a minha opinião sobre a revolução industrial no Burquina Faso e arrancava mais de mim. Na outra vertente, ele irá contar-me a verdade sobre o Cavaco, as mulheres, a gripe A e o Sebastianismo.
Já no metro, as pessoas ficam caladas. Vão sozinhas para o emprego, caladinhas como ratos. Não há muito barulho, tirando o filha-da-puta do chaval de ténis Lacoste com o telemóvel em alta voz a ouvir musica dos tops da Amadora.
No autocarro, a coisa complica-se. Para já, um autocarro é como um fractal: dentro de um autocarro, podem ir taxistas, o que é um fenómeno recursivo. Depois, há muita gente ávida de interacção social ( leia-se confronto ), velhos, grávidas, doidos, pitas, eunucos, macacos e anões. Os autocarros no inverno são verdadeiros campos de batalha.
1 comentário:
Haja alegria e Casal Garcia!
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