Os prédios, um pouco como as pessoas, começam por parecer normais até que ao fim de uns tempos começamos a perceber que afinal não há prédios normais.
Os vizinhos da frente são invisiveis e manifestam-se pela presença de terceiros. Ora é o eletricista ou o canalizador. Vejo que há uma força motriz atrás daquela casa mas não vejo nada. Devem ser forças da natureza.
A de baixo é surda, parto do príncipio que é uma velha. Só lhe ouço a televisão. Tem uma neta beta.
Os de cima não fazem barulho.
Os de cima de cima são os melhores: têm um cão que gosta de descer a escada a cavalgar o mais rápido possível mas que infelizmente não passa a obdecer a ordens por mais alto que as gritem.
Falta-me descobrir qual foi o vizinho que sussurou para a escada um SHIUUUUU muito alto para que os trolhas no rés-do-chão camartelassem mais baixo.
1 comentário:
"A de baixo é surda, parto do príncipio que é uma velha. Só lhe ouço a televisão." - como eu compreendo!
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