terça-feira, maio 31, 2016

O Gu-lag

Nas redes sociais, José Cid e Nuno Markl estão a ser fustigados, ameaçados, perseguidos, obrigados a pedir desculpas, por causa de uma entrevista feita há 6 anos, no canal Q.

Há seis anos, no canal Q. Eu insistiria nesta parte.

segunda-feira, maio 30, 2016

Devagar com o andor

Estive uma semana fora e não apanhei estas manifestações do pessoal dos colégios privados que querem continuar a ser financiados pelo estado, mantendo alunos que, por opção, querem que o estado pague a sua educação. Algumas notas sobre isto:

1. O nosso ensino público é bom.
Pude ver videos das manifs feitas pelo pessoal dos colégios e constatar a diferença: ninguém vindo de uma escola pública faria aquela figura porque sabia que levava na tromba. Amarelo? Mais beto não dá. Palavras de ordem? Onde é que andaram quando havia manifs a sério para tirar notas?
2. A Dupla-Tributação está entre nós.
Dupla tributação é um argumento fraquinho. Não me lembro de ser bem usado. Neste caso é bem mal usado. Vejam lá: "Eu já pago impostos, nao posso pagar o colégio do meu filho para ter acesso a ensino de qualidade.". Porque depois aparece um outro tipo, tipo eu (com filhos na escola pública, por exemplo) e diz "eu já pago impostos, os meus putos estão na escola pública, não posso pagar a minha pública e a tua privada", estão a ver como é fácil. Corolário do argumento da dupla-tributação: A única coisa que não pagas duas vezes é o sol, porque não pagaste uma primeira. (Atenção: Como não tenho filhos sequer, ainda acho isto mais parvo).

3. Os impostos são de todos. A gestão dos dinheiros públicos não funciona como um kickstarter. Eu não tenho poder de escolha sobre para onde vão os meus impostos. Para isso é que voto num programa de governo. Sim, sociologicamente era mais interessante. Mas duvido que fosse bonito de ser ver. Eu, por exemplo, nunca ia ajudar o funding do exercito, dos hospitais a sul de Benavente e dos transplantes de orgãos para pessoas com multas de transito por pagar.

4. Dependendo da ocasião, a esquerda portuguesa é mais neo-liberal do que a direita
Ver a esquerda em bloco defender que o mercado é que manda e ver a direita preocupada com os professores que perdem o seu emprego e a perda de qualidade de vida das pessoas implicadas é refrescante. Se ao menos houvesse memória para perceber como também é irónico.

5. Tudo acontece por um motivo
Portugal é um país pick-and-chose. Não interessa a ideologia, ela adapta-se caso a caso, conforme o que for preciso resolver. Vivemos numa espécie de ditadura regida pelo Paulo Coelho.

quinta-feira, maio 19, 2016

Malucos do Riso, Versão brasileira pós-Dilma


Um dia destes foi jantar uma amiga brasileira lá a casa. Em vez de lhe dar as boas noites, dei-lhe os pêsames.

terça-feira, maio 17, 2016

Na volta, este tipo escreve assim, com crowdsource. Não consigo notar a diferença.



Genética renovada precisa-se

Há coisas que não mudam, nomeadamente as pessoas com que esbarro na Cinemateca. Parece que não mudaram desde 98. Metade bebe copos na Bica. A outra metade no Damas. Se pensar que a cultura funciona como a genética, chego à conclusão que todos os filmes portugueses são filhos de primos direitos.

Descobri um filão

No facebook, os comentários dos fans às citações do Pedro Chagas Freitas dão-lhe uma continuidade inesperada. É uma espécie de cadáver esquisito com sentido. Tanto quanto é possível.

segunda-feira, maio 09, 2016

domingo, maio 01, 2016

Tipos de humor

Historicamente, tive uma dificuldade extrema de fazer conversa de circunstância com uma ex-patroa. E na altura não percebia porquê. Sempre que tentava fazer uma piada era levado a sério, sempre que falava a sério achava que estava a fazer uma piada. O mesmo acontecia no sentido oposto. Hoje vi que partilhou uma citação do Pedro Chagas Freitas. E como esperado, não foi no gozo.