sexta-feira, dezembro 22, 2017

Um 2018 analógico e sustentável

Isto da internet e de viver no futuro é tudo muito bonito até ao momento em que se percebe que os malditos humanos resistem a obedecer a uma app e que a entropia ganha a todas as outras leis, por mais taxas ou regras estas impliquem.
Ainda que não viajando muito, 2017 foi o ano em que nao usei Airbnb's. Diz que usar hoteis ou hostels é um pouco mais caro e tem menos mobiliário pseudo-hipster, mas tudo é o que esperamos. Não há quartos improvisados em vãos de escada e chego ao quarto com a cama feita. Além disso, pequeno almoço continental.
Também não usei Ubers. Depois de um episódio algo bizarro com a polícia, desisti. Resolvam-se. Se é legal, é legal. Se não é legal, não é legal. Usaria na mesma, como uso os chineses ilegais que toda a gente usa. Mas este rame-rame fez-me desistir.
Também deixei de fazer as compras de Natal online. As vantagens de viver numa cidade que em meia dúzia de anos se tornou uma capital europeia não podiam ser só as rendas para meter toda a gente a morar na margem sul ou o colapso da rede de transportes públicos. Finalmente, pode-se encontrar qualquer coisa à venda em Lisboa. Por isso passei a sentir-me estupido ao pedir para me entregarem uma torradeira vinda da Tailandia em 10 meios de transporte diferentes. Como o universo dá voltas, acabei por fazer as compras como faria em 1997: fui à Baixa.
Bom Natal e até para o ano. Depois explico como é impossível ter internet e um modo de vida sustentável ao mesmo tempo.

1 comentário:

il disse...

eu cá acho que o truque é não dar o valor da última bolacha do pacote a essas coisas (muito boa gente o faz...)
isto é como a informação. só serve de alguma coisa se for sustentada e no tempo certo! se for útil comprar online vai, mas se não for continuamos amigos.
e sim, longa vida ao pequeno almoço continental!
já a minha torradeira é alemã, comprei-a numa loja em lisboa e todos os dias torra que é um mimo huhuhuh
boas festas