quarta-feira, dezembro 11, 2019

O taxismo explicado por pontos

No outro dia tive de puxar pelos galões de profissional do taxi (do ponto de vista do utilizador), usando todos os ensinamentos que recolhi em muitos anos.
Um dos métodos básicos de criar empatia com um taxista é, como são naturalmente bélicos (estão ao volante de um carro pelo menos 8 horas por dia e habitualmente com poucas horas de sono), arranjar um inimigo comum e muito grande, geralmente "o sistema". Para provar que não estou só um gajo com a mania, pelo meio digo qualquer coisa como "pode ir por aqui, apanhamos a António Augusto de Aguiar e depois podemos dar lá a volta para ir às Picoas". Para um taxista, ver que alguém sabe o nome de uma rua ou outra é prova que sabemos sobre tudo. Feito isto, a semente da indignação justificada começa a germinar.
Estabelecido que estamos do mesmo lado da barricada, podemos então distinguir-nos dos Outros. O taxista começará, mais cedo ou mais tarde, esta narrativa famosa:
"Sabe, há colegas meus que fazem X. Eu não. Amigo, aqui entre nós, eu até podia fazer, mas sou mais sério que isso."
Concordo com a necessidade de gente séria "nesta altura" e continuo a conversa.  Mais à frente na conversa, tiro-lhe o tapete debaixo dos pés devagar. "Ah, mas no que toca a Y, toda a gente faz isso."
O taxista sério deixa de o ser, e eu vou o resto do caminho a vender a ideia que nem fazer X nem Y deve ser olhado com bons olhos. 
Se isto correr bem, não me deixam sair do taxi sem acabar a conversa.
Quando vejo pessoal da minha família que sei que já dependeu do estado para tudo, desde subsídio de desemprego a apoios para abrir empresas, a alinhar com a ideia que "os outros" é que são dependentes de subsídios porque são preguiçosos, sem conseguir entender que, mais cedo ou mais tarde, serão "os outros" de alguma conversa de taxista, fico preocupado:
Nem eu nem ninguém que tente entender a origem destas narrativas tem a paciência de ter uma conversa séria com taxistas e com os seus primos. E há gente que se abusa disto apenas para seu proveito.

1 comentário:

Daniel Silva disse...

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The Portuguese had a brutal record in the Americas as a colonial power. The most horrendous abuses occurred in the colony of Brazil: natives were enslaved, murdered, tortured and raped in the conquest and early part of the colonial period and later they were disenfranchised and excluded from power. Individual acts of cruelty are too numerous and dreadful to list here. Portuguese Conquistadors in Brazil reached levels of cruelty that are nearly inconceivable to modern sentiments.

Today, Portugal is the Biggest Racist country that i have ever lived in. I feared for my life there and i consider myself lucky that my family got out alive! I have never lived in such poverty (Sopas dos Pobres everyday) 40% unemployment rate and 60% of the population earn less than $932 USD per month, and that’s considered Middle Class here! Within the European Union it is the worst of the worst place to live in.

The bottom line is the bulk of the People in the poor country of Portugal exist in a brainless comma that is fed by Ignorance, anti-Spanish hate, and severe Racism of pretty much everybody that isn’t Portuguese! And, Portugal started the Global Slave Trade in 1441 so it is definitely NOT a safe place for Blacks!!

I found important websites that explain the Severe multi-generational Racism and Hate that exist in Portugal today, and i highly encourage all to read them and spread the word in order to avoid innocent, and desperate people from living or visiting there. Get educated on the Truths about Racist Portugal now.



Be SAFE friends. Hugs.
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