terça-feira, fevereiro 18, 2020

A internet dos burros

O Facebook já morreu, mas não se nota. Este blog vai durar mais que o Facebook. E que a Uber. Acreditem.
Não sei se é assim que fazem, mas eu internetadopto pessoas que tenho fé que são mesmo boas pessoas. Posso estar enganado, mas se toda a gente se enganar um pouco e internetadoptar um burro virtual, todos os dias ajuda uma pessoa no mundo real a ter uma vida melhor.
Eu tenho 2 ou 3 internetadoptados. Não é gente burra, mas comportam-se como tal porque são inocentes, desinformados, toinos.
São aqueles que ora são nazis ora são antifa, conforme a notícia falsa ou clickbait que os indigna naquele dia. Tento não ser paternalista e indicar-lhes outro ponto de vista.
Depois, há aqueles que têm a ideia que são mais espertos que os outros - Isto sou eu.
E depois há aqueles que têm a ideia que são mais espertos que os outros e ouvem Joe Rogan ou o Jordan Peterson e essa cambada que aprendeu o poder de usar palavras de 3 silabas, uns Paulos Coelhos urbano-depressivos. E esses eu quero mesmo é que se fodam mais à sua ignorancia, porque aquilo não tem cura.

segunda-feira, fevereiro 17, 2020

Aquele cabrão do Chega que não tem outro nome

Aquele cabrão do Chega, vindo da mesma saca de putas onde vêm os astrólogos, mediuns, espiritas e vendedores de banha da cobra que vivem à custa da miséria alheia, sabe bem o que faz. É fácil dizer a pessoas que estão desesperadas, o que elas querem ouvir. Porque quem está a passar as passas do Algarve, mesmo csbendo muito bem que fazer rezas com velas caras, esfregar-se em alho da cabeça aos pés ou mandar benzer o ouro de lá de casa não lhe vai tirar o enguiço, quer ainda assim acreditar que talvez dê algum resultado, e tentar não custa. Aquele cabrão usa o mesmo estratagema - e há muito boa gente, como dizem os velhos, com-estudos-e-tudo que vai nisso - para sacar votos, a unica coisa que lhe interessa. Por isso é que não pode valer tudo, por isso é que é complicado deitar abaixo este cabrão, porque há muita gente que quer acreditar.

Preparação e revelação

A taxista queria conversa e dei-lha. Metade do caminho queixou-se dos preços das casas em Lisboa. A outra metade foi descrevendo a casa que tinha arranjado, por um bom preço. Não era um "casarão", mas era uma boa casa. Tinha 2 quartos, tinha um quintal, estava perto de todos os transportes públicos. Gabei-lhe a sorte. Depois listou-me as desvantagens de viver na margem sul, para esses desgraçados que para lá vão. Depois revelou-me a renda que pagava, menos de 400 euros. Gabei-lhe a sorte novamente.
E finalmente, revelou onde era a casa.
Bobadela.
Não consegui perguntar-lhe onde ficava a Bobadela, pareceu-me falta de educação.

sexta-feira, fevereiro 14, 2020

Desilusão

Descobrir que trabalho com alguém com menos de 25 anos que se identifica com a Iniciativa Liberal. É um atestado de falta de empatia.

quinta-feira, fevereiro 13, 2020

Auto-avaliação

Tenho olhado para histórias com ferramentas diferentes. Tenho reparado que as daqui do blog teem mais ou menos sempre a mesma estrutura. Durante anos. Parece-me que é o que toda a gente faz, conta sempre a mesma história. Vou fazer um esforço para encontrar mais uns pontos de vista. Meus mas menos previsíveis. 

sábado, fevereiro 08, 2020

Uma novidade

Pela primeira vez em muito tempo, tenho controlo sobre o meu calendário.

domingo, fevereiro 02, 2020

No fundo só tenho ouvido variações disto

- Racismo? Cá não há racismo, isso é uma invenção dos pretos. Eu cá falava menos sobre isso, que só ajuda a criar racistas.

sábado, fevereiro 01, 2020

Limite de caracteres

Uma prova viva de que o que é partilhado nas redes sociais é desenhado para criar emoções extremas, confundir, manipular e no fim, ser aproveitado para promover políticas populistas, é ver um amigo mais velho com quem já trabalhei, no dia a dia, passar de um tipo normal para o seu tempo, diga-se machista, xenófobo, sexista, homofóbico, racista mas nas doses que passavam debaixo do radar no seu tempo, isto é, só um tipo normal, um porreiraço, que se vê como o tipo normal que é, que vota PS ou PSD ou uma treta qualquer sem qualquer vontade de promover estas crenças antigas em causas, e que de repente, por partilhar as notícias e os memes que partilha, passa a ser ora anti-feminista ora racista extrema-direita ora defensor das minorias. Visto de fora, parece que às quintas votaria no Livre, às segundas no Chega (mas nunca nos partidos do "sistema", os do costume). O pior é que não há como dar a volta a isto senão explicando com muita paciência que estas notícias aparentam ser reais, mas são só manipulações. E assim que se tenta explicar algo que implica um nível extra de compreensão, uma subleitura - forma e conteudo, mensagem e mansageiro, as estrutura das estruturas - numa rede social, já se sabe qual é o resultado: zero.

Este post não vai servir para elucidar ninguém, porque é muito longo.