Com os meus amigos queques mais queques, especialmente os mais velhos, evito muito falar de racismo. Eu sei que eles são boas pessoas. Mas têm um discurso brutalmente racista. Não é que sejam racistas. Eu sei que são boas pessoas. Mas o previlégio com que viveram não os deixa ver mais além. Foi uma vida inteira de acumulação de privilégio. Vai-se a ver, aquela treta muito bloco-de-esquerda da "micro-agressão" é real. Por exemplo, eu. Eu sou boa pessoa. Há bocado, ao falar daquela aventesma racista do Chaga a falar de ciganos, fui racista ao ser paternalista com os ciganos num todo, como se não se soubessem defender. No entanto, não senti uma urgência de votar no Chaga nesse momento. Pelo contrário, só deu para ver como essa besta se explora as emoções de pessoas que eu sei que são boas pessoas para ganhar votos.
1 comentário:
Sim, são questões complexas e complicadas. As pessoas nem sentem que estão a colocar o "outro" nunca situação de vulnerabilidade ou de ostracização ou de "diferente".
Ainda ontem um amigo meu no grupo de whatsapp fez uma piada homofóbica, uma pessoa validou e eu fiquei "se eu disser algo" vao dizer "só estamos a brincar, ah que sensivel" . Também são boas pessoas.
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