terça-feira, novembro 17, 2009

Sem chuva, hoje.

Em direcção ao Cais do Sodré, dou de caras com o puto do Stevie Wonder. É mesmo puto. Pela rua do arsenal, passo à casa que no 5º andar tem um quintal com uma fonte fechada, de onde a única maneira de ver o rio é subindo ao telhado. Passo por aquele gajo comuna da câmara, com cara de quem ia defender o proletariado sem almoçar. Subo a rua Augusta, onde ainda ontem perdi de vista uma manequim e vou em direcção ao restaurante indiano do costume. Está cheio.
Paro ali ao lado, na igreja. Tiro umas fotos com a intenção de arranjar uns títulos espirituosos. Sigo pela rua das Portas de Santo Antão. Já passa da hora de almoço, mas todos os tascos continuam cheios. Subo. Uns metros acima do elevador do Lavra, entro na tasca mais pequena que vi. O homem à minha frente, muito lentamente, come a sopa a 10 cm do prato, com a mão a tremer. Não é mais velho que eu, mas engana. À saída, passo pela montra das malas de 200 contos. Apanho o autocarro para o Saldanha, com um puto a ouvir Michael Jackson em alta-voz. Aponto para casa depois de ter visto como os centros comerciais estão cada vez melhores com o Natal. ( o oposto. )


Stairway to heaven

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