A t.v. apoderou-se da minha alma, novamente. Por duas noites seguidas, fico agarrado à recém-chegada t.v., na sala, até às 3, 4 da matina. Depois, claro, acordo todo fodido. A porra da televisão está a fazer-me gramar com noticias sobre cogumelos venenosos, gripe A, corrupção e sucateiros a toda a hora, e em repetição. Este demónio hipnotizou-me a raios catódicos e recuei varias décadas de evolução, quase sem me dar conta: larguei o "simulação e simulacro do Baudrillard e passei para a Maria e o ultimo da Margarida Rebelo Pinto; à noite, depois de comer vegetais salteados em cama de portobello ia discutir a divergência epistemologica no anarquismo social de Bakunin com a vizinha do lado - agora meto-me na conversa com a porteira a falar mal da lambisgoia do 4º que é uma badalhoca e deixa a escada que é um nojo, enquanto como uma sandes de torresmos com a boca aberta; Andava a rever as obras de Jarmush e a recordar os "limites do controlo", quando dou por mim a ver "A Mumia" pela 6ª vez; pensando bem, já antes dizia que mal da lambisgoia do 4º e comia de boca aberta.
De qualquer forma, um dia destes a televisão sai da sala.
6 comentários:
E onde a pões?
de volta no quarto, desligada.
tv no quarto é do melhor...
@lucas: Eu penso que percebo o que queres dizer... Mas a minha até é um estimulo à vida sexual: está desligada da ficha, sem antena, ao lado da cabeceira, virada para os meus pés. é inocua, assim.
Que eu saiba sempre foste menino dos torresmos. Não venhas agora com venas que é da televisão.
Quem nunca pecou que atire a primeira pedra.
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