Aos senhores do yogurte

Ficaram invejosos do sucesso do fabuloso jingle do Pingo Doce, e resolveram fazer uma música ainda pior. Expliquem-me que raio de ideia é aquela?

Milagre.

twitter versus facebook

Facebook ganha. Blogger continua a ganhar ao twitter.

Estou prestes a fechar o twitter, depois de 2 anos a usar aquilo. Acho que deve ficar reservado a comunicação B2B e notícias.

Filosoficamente falando

"The compulsion arises because the past gives you an identity and the future holds the promise of salvation, of fulfillment in whatever form. Both are illusions."

isto é só para disfarçar, estou a ver os X-men e a comer torradas.

Só

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar

Só por ter dois sois
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
Chamei casa a esse lugar

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não tem chão
E as mãos perdem a razão

Só por enfrentar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
Deixo o tempo decidir

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não tem chão
E as mãos perdem a razão

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
E sei que nenhuma vai ganhar

Send "Só" Ringtone to your Cell

Jorge palma

Entrudo

Rescaldo e conclusão

Viver 24 horas non-stop não rende pontos extra. Porque hoje não consegui fazer absolutamente nada. Belo feriado. Até já tenho caimbras de estar sentado.

Dia dos namorados, claro

Não podia deixar de mandar a minha boca sobre o dia mais-criado-pelos-media que existe. Há uns anos bons, ninguém ligava a esta data. Pouco a pouco, os telejornais foram dando-lhe a importância que não tem e ontem, que queira muito simplesmente ir tomar um café pelo Chiado, não havia uma porra de um lugar para sentar na baixa toda. Ainda entrei no Ben&Jerrys ( pela primeira vez na vida ), mas a música de fundo era tão má que eu nem conseguia concentrar-me o suficiente para escolher entre pistaccio ou tiramisu. Os casalinhos todos contentes, a rapar frio e chuva, mas eles, muito românticos, lá foram dar florzinhas e levá-las à Fnac do chiado. Em vez de ficarem em casa e aproveitar o quente da cama....

Carnaval

Ontem houve jantarada de Natal. Era suposto ir toda a gente mascarada, mas como somos todos do contra, o máximo possível é trazer uma máscara ou uma peruca. Portanto, dicas de Carnaval do P.p.C. ( sigla = familiaridade e reconhecimento nos media. Vide MEC. ) :

Gajos mascarados de gaja: a facilidade com que vocês soltam esses pulsinhos deixa-me sempre nervoso. Poupem mais uns cobres e façam depilação definitiva.
Meninas: Pintem os olhos no carro, em andamento. Ponham uma peruca. estão automaticamente mascaradas de travesti. ( uma amiga minha pintou-se no meio de encontrões dados pelos filhos e ficou perfeita )
Mascaras e acting:
Cabeça de cavalo - relinchem, pulem, andem a trote - usei uma, faz sucesso mas mete medo - não dá jeito porque não dá para beber imperial por uma palhinha.
Darth Vader - é a melhor para fazer coisas "normais". Andar de carro com o darth vader no banco de trás fica bem visualmente. Beber vodkas por uma palhinha é possível.

A ver debates, lembrei-me de ir desenhando.

O circo está montado

Os telejornais de hoje foram geniais, para mim, que gosto de ver a barraca a arder. Não é mau, sendo eu anarca.
Assisti à desautorização de todos os poderes deste país. Não é mau, sendo eu anarca.
Vi que apesar de haver uma providencia cautelar imposta por tribunal, ela não foi acatada. Não acataram uma ordem superior. Não é mau, sendo eu anarca.
Pior do que tudo, vi que uma ordem directa de um tribunal ficou nas mãos de um segurança. - o emprego mais português possível - um homem só, fez frente ao sistema. Não é mau, sendo eu anarca.
A Manuela Moura Guedes veio dizer que a censura está institucionalizada. Eu já sabia, sendo anarca.
Vi que até o presidente do supremo tribunal diz que não tem como saber se escutas foram destruidas ou não. Esta eu nem sei que dizer....

Isto seria tudo muito mais cómico se eu vivesse numa comuna hippie sem pagar impostos.

Voltaram

Os sonhos lúcidos. Ia a entrar numa casa, escura, cheia de divisões, com gente vestida de preto. Algumas pessoas dizia-me coisas que não percebia. De repente parei, olhei para mim e pensei "porra, só posso estar a sonhar.". Despertei. A partir daí, tudo o que está no sonho acontece como queremos. Deixo aqui alguns artigos interessantes.

Hospitais

Gosto de ir a hospitais, acho um piadão a aquilo tudo. Acho que é por ser um catalisador de piadas de mau gosto. Quem vai lá doente não deve conseguir apreciar isto - também já entrei doente e não teve tanta piada, pelo menos para mim - o que é chato. O pessoal que trabalha no hospital gosta de atender gente bem disposta, mesmo que tenha as tripas a escorrer pelo corredor fora. Os bombeiros que conheço confirmam isto.
Hoje lá fui. Exames de rotina.
Só o exame já tem piada - mas não para mim, lá está - em si. Os médicos ajudam nisto, usam ice-breakers ao nível. No fundo, são como taxistas: dá-se corda e ao fim de 2 minutos já me estão a dizer que devia ter vindo mais cedo e "assim apanhava a enfermeira loura".
- "eh, de certeza que gostaria de a conhecer em circunstancias mais agradáveis. Tubos no nariz não me ficam bem."
Desta vez não aconteceu nada de escabroso, que eu saiba. A anestesia era de qualidade, só tive tempo de dizer "woo, isso tá a fazer efeito depressa.".

a puta da sociedade

Gamado do bitaites.org

Living for the city

Ando muito pela cidade, como é possível repararem pelo blog fora. Só ando de transportes públicos e a pé. E de taxi, claro ( isso são outras estórias ). Quando acabo de jantar cedo, às vezes vou dar um passeio até onde calha. Saio na direcção do Campo Grande, vou até ao Saldanha, umas vezes desço até à estefania, outras para o lado do Marquês, já continuei até ao Bairro Alto. Ando. Ando bastante. Meto os headphones com o Stevie Wonder, como sempre, e vou andando. Pelas ruas secundárias, a fugir às avenidas. Vejo a Lisboa que não se faz de carro, vejo Lisboa passo a passo.

Desabafo:
Hoje ri-me que nem um perdido ( no pun intended ) e espumei um bocado a ler o blog da sacrossanta associação de moradores do bairro onde moro. É um bairro onde nada se passa, sinceramente. Não tem alma. Não tem um tasco. Não tem pessoas a passear a pé. Não tem porra nenhuma.

Nos vários sites em que muitos dos meus vizinhos se acotovelam em comentários a clamar pela "solução" para este bairro, vejo pessoas a queixarem-se da CML, das estradas, das rotundas, da insegurança, do abandono, dos projectos adiados, da esquadra da policia, etc etc. Queixam-se especialmente que a CML os abandonou ( snif ).

E a razão é só uma: este bairro não tem estes problemas. Mesmo.
O pessoal da CML, a olhar para a pilha de coisas a fazer em Alfama, no Beato, na Madragoa, no Bairro, em Alcântara, só se pode rir, quando recebe um email da Quinta do Lambert, a reclamar por uma "solução".

Som de 80's

Com layout de 80's. Este deu-me gozo.

Edit - para quem chegou há pouco tempo, o Prezado é designer. Além da peça acima, faz coisas diferentes todos os dias, sempre ligadas a ilustração, design gráfico, web, escreve umas coisas etc. É um chato.

Com este sol maravilhoso na rua

Há aqui ao lado um jardim onde as famílias queques da Quinta do Lambert levam os seus pequenos, que conduzem as suas bicicletas com rodinhas embrulhados em capacetes, joelheiras, cotoveleiras e sweaters Amarras aos ombros amarradas.
Fico com saudades do tempo em que me fodia todo a andar a pé. Era um tropeço do pior, porque os meus maiores obstáculos eram os meus joelhos. Sempre no meio do caminho. Sempre cheio de crostas nos joelhos. Só andar na rua era uma habilidade, por isso é que fiquei cromo do Chuckie Egg a nivel mundial. Sair à rua era para comprar mais jogos ou para levar boladas na cabeça. E que grandes boladas eu levava.
Não quero mentir, mas acho que só vi pele nos meus joelhos depois dos 30. Tenho uma foto desse dia.

O país dos fuçangas

Os habitantes de Corcovelo de Ribanxes de Cima levantam-se às 4 da matina para marcar uma consulta no centro de saúde de lá da aldeia. "há poucos médicos", dizem, encostados à parede, de corta-unhas em riste. Há poucos médicos, realmente. Mas há fuçanguice: o xico-esperto do Zé Manel da ti Maria chegou à porta do centro 10 minutos antes em 2003, e numa escalada irracional, já vai a aldeia toda no dia antes, à noite. Preve-se que em 2012 acampem à porta 3 dias antes, por este andar.
E depois penso: Labregos, provincianos. Gostam de sofrer. Miserabilistas.
E depois lembro-me: Espera, uma amiga minha diz que em Lisboa se quer arranjar lugar para os miudos no colégio, tem de começar meses antes dos miudos nascerem. Há aqui um padrão?
E depois rio-me: Os cromos que acampam propositadamente à porta da Fnac para terem o Harry Potter nas mãos antes da miúda chata do 5º esquerdo.
E depois vejo: Esta corrida online aos bilhetes de XX e La Roux * fez-me lembrar como somos uns fuçangas da merda, sempre com medo que nos levem tudo.
...Eu ainda sou do tempo em que comprava um bilhete à porta dum concerto.


*Quem tiver um bilhete a pesar-lhe na carteira, já sabe. Deixem comentário e desde que não estejam em Estremoz, eu apanho a carreira e vou buscar.

Só podes dar o que é teu

Fado da tristeza

Não cantes alegrias a fingir
Se alguma dor existir
A roer dentro da toca
Deixa a tristeza sair
Pois só se aprende a sorrir
Com a verdade na boca


Quem canta uma alegria que não tem
Não conta nada a ninguém
Fala verdade a mentir
Cada alegria que inventas
Mata a verdade que tentas
Porque é tentar a fingir


Não cantes alegrias de encomenda
Que a vida não se remenda
Com morte que não morreu
Canta da cabeça aos pés
Canta com aquilo que és
Só podes dar o que é teu


Cantada pelo Camané