quarta-feira, novembro 30, 2011
Os cromos de cronos
Semanas a engonhar senhor cliente lembra-se então de rapidamente enviar um email, preciso disto disto disto para ainda hoje. Pois com certeza o universo pelo menos o meu dobra-se perante o seu cordial pedido em modo incondicional e no mesmo movimento em que saco do casaco para sair que tenho outras coisas urgentes por fazer pergunto-me porque e onde se desenvolveu esta mania de que ser profissional é aceitar tudo o que é dito e ao mesmo tempo que faço da manga braguilha, sai a mão de dedo em riste feito um das caldas dos grandes. Poupem-me.
terça-feira, novembro 29, 2011
Isaltino, podias fazer isto
É duro ver inocentes com a honra manchada sem fundamentos. Depreendo que dada a qualidade da justiça ser suspeito eu fraquinha, Isaltino Morais tenha de recorrer a advogados para efectuar tanto requerimento. Sendo que ainda está por vir uma acusação em que Isaltino reconheça alguma responsabilidade - nem vou falar em culpa - propunha uma solução criativa que de um golpe, melhoraria a qualidade da justiça: O Requerimento Open-Source. Aproveitando os requerimentos gastos em inocentes ricos, os mesmos requerimentos seriam disponibilizados pelos advogados - aqui apelo a um gesto pro-bono dos advogados - em minutas em PDF editáveis, descarregadas a partir do website da loja do cidadão para que pobres culpados as pudessem preencher com os seus dados e adiar consecutivamente a sua prisão ganhando todos nós uma sociedade cada vez mais igualitária e justa.
Hiperpost
Claustro Cisterciense, Portimão ( local não é importante ) |
domingo, novembro 27, 2011
crise real
Um facto que poderia ser interessante de estudar é o aparecimento repentino de memes nacionais idiotas à semelhança dos americanos idiotas. Veio com a troika. Porquê? Crise de valores?
sábado, novembro 26, 2011
sexta-feira, novembro 25, 2011
deus dá-me descanso
José chega a casa, furibundo, Maria está na cadeira de pés para cima. Nisto:
- MARIA PELA ULTIMA VEZ CONTA-ME O QUE ACONTECEU.
- zé, já te disse, um an...
- TU NAO REPITAS A HISTORIA DO ANJO QUE EU PERCO A CABEÇA!
- Ó zé 'mor mas foi assim, eu eu eu
- MARIA COM QUE CARA VOU DIZER AO PESSOAL DE LÁ DA CARPINTARIA, COM QUE CARA É QUE ENTRO LÁ?
- Ó zé, essa gente não interessa, o que interessa é o que nós temos, olha temos roupinhas para escolher, tu tens de fazer um berço...
- DEUS ME DÊ PACIÊNCIa!!! porra já estou rouco.
- Mas é isso que te tou a tentar explicar, zé... deus...
- MARIA Maria, NÃO ABUSES DA SORTE.
- MARIA PELA ULTIMA VEZ CONTA-ME O QUE ACONTECEU.
- zé, já te disse, um an...
- TU NAO REPITAS A HISTORIA DO ANJO QUE EU PERCO A CABEÇA!
- Ó zé 'mor mas foi assim, eu eu eu
- MARIA COM QUE CARA VOU DIZER AO PESSOAL DE LÁ DA CARPINTARIA, COM QUE CARA É QUE ENTRO LÁ?
- Ó zé, essa gente não interessa, o que interessa é o que nós temos, olha temos roupinhas para escolher, tu tens de fazer um berço...
- DEUS ME DÊ PACIÊNCIa!!! porra já estou rouco.
- Mas é isso que te tou a tentar explicar, zé... deus...
- MARIA Maria, NÃO ABUSES DA SORTE.
quinta-feira, novembro 24, 2011
G'eve Ge'al
Isto da troika e do Portugal-bom-aluno e do tão-sempre-a-fazer-greves tem mesmo aquele fedor do salazarismo que até na classe política se manifesta, o medo de desagradar ao patrão que nos dá de comer pobres de deus que não merecemos tanto é melhor é viver caladinho e obediente sem levantar cabelo que ainda nos tiram o pouco que temos, lá andamos a ir mostrar a caderneta todos os dias a mostrar à professora para ela não meter mais bolinhas vermelhas e pelo caminho chibando os colegas que não são meninos da mamã. Hoje há greve geral e há-de haver muito boa gente a achar que trabalhando com afinco e olhando para o chão, tudo se resolve.
segunda-feira, novembro 21, 2011
Lisboa é porreira, mas para quem sabe
Arbitrário nasceu o dia escolhendo fazê-lo pela manhã, que forrada com um frio de calabouço se foi escoando até ao rio. As tágides*, cheias de vontade, empurravam as pessoas ( as boas e as más por igual ) ainda a dormir dos cacilheiros.
Os mais determinados empanturram-se com folhados de salsicha ou sandes de panado logo no casario mais rente à água e afogam a goela com um favaíto. Evitando este pessoal do Cais do Sodré, há quem suba a Rua do Alecrim e só depois da ginástica matinal quartel de bombeiros depois, tome um pequeno almoço ali na esquina ao lado da loja dos 300 e das belas artes. O panado é mais barato porque não está no mesmo apartado, nesta terra concorrência é que não. Findo isto trabalham-se umas horas valentes mas almoça-se com vista para a Baixa, nem que seja contra-picada.
* Estas, assim que lhes viram costas, agarram o pessoal mais preguiçoso e pensador armado aos cucos e mandam brutas amonas, a que os incautos replicam com vários "foda-se, larguem-me tava só a ver se o senhor já tinha pescado alguma coisa, caralho."
Há greve? venham a pé. |
* Estas, assim que lhes viram costas, agarram o pessoal mais preguiçoso e pensador armado aos cucos e mandam brutas amonas, a que os incautos replicam com vários "foda-se, larguem-me tava só a ver se o senhor já tinha pescado alguma coisa, caralho."
Fim de semana
Por casa, que tentarei isolar para que não arrefeça a rua, os invernos portugueses são assim, as casas contaminam o tempo ameno que faz lá fora, no sofá limpei o Lux do organismo.
quinta-feira, novembro 17, 2011
O limite do terror
A meio de barrar uma torrada, acabou-se a manteiga.
Primeiro pensamento:
Há margarina liquida no frigorífico.
Primeiro pensamento:
Há margarina liquida no frigorífico.
quarta-feira, novembro 16, 2011
Situation comedy
avante camarada avante |
terça-feira, novembro 15, 2011
Datação por tupperware 14
Ainda lá está o Passos Coelho? matem-me já. |
segunda-feira, novembro 14, 2011
Esquadra
No bar a conversa subia de volume e descia de nível, a guerra dos sexos continuava, discutia-se experiência versus exigência, cada lado da discussão a querer ratificar a azelhice natural do lado oposto, o quão complicadas são as mulheres obviamente o quão complicados são os homens - mas não são porra é simples vocês é que são uma puta de um puzzle não há duas iguais porra metam isto na cabeça. Noite vai alta nisto desaparece uma mala, a chuva começa a cair a caminho da esquadra.
A esquadra é um calabouço onde se prendem polícias. O relógio de parede da loja dos 300, os azulejos um sim outro não rachados a parede que não vê tinta há anos o computador que tem tanta memória como uma máquina de escrever, a luz quase morta. Tudo para que não tenhamos vontade de voltar lá.
À saída, a chuva mais que muita obriga a retirar para arcos e ruelas, aquele trovão que acordou meia Lisboa aparece, de 10 metros fazem-se 100, uma molha seguida de um taxi a estufar a 35 graus dá origem a uma bela constipação.
A esquadra é um calabouço onde se prendem polícias. O relógio de parede da loja dos 300, os azulejos um sim outro não rachados a parede que não vê tinta há anos o computador que tem tanta memória como uma máquina de escrever, a luz quase morta. Tudo para que não tenhamos vontade de voltar lá.
À saída, a chuva mais que muita obriga a retirar para arcos e ruelas, aquele trovão que acordou meia Lisboa aparece, de 10 metros fazem-se 100, uma molha seguida de um taxi a estufar a 35 graus dá origem a uma bela constipação.
sexta-feira, novembro 11, 2011
Cuidai
11/11/11
Segundo a escatologia Prezadiana o mundo chega ao fim na data supracitada conquanto ninguém o refira a revelação não deve ser divulgada deve ser calada sob pena da 5ª vinda do Salvador - o gajo da gascidla que nunca toca quando está gente para abrir a porta e depois um gajo tem de acartar uma bilha de 13 kilos pela escada acima que se fode - não se consumar.
Segundo a escatologia Prezadiana o mundo chega ao fim na data supracitada conquanto ninguém o refira a revelação não deve ser divulgada deve ser calada sob pena da 5ª vinda do Salvador - o gajo da gascidla que nunca toca quando está gente para abrir a porta e depois um gajo tem de acartar uma bilha de 13 kilos pela escada acima que se fode - não se consumar.
quarta-feira, novembro 09, 2011
Golpe Militar
Otelo diz que um golpe militar hoje seria mais fácil mas não tem noção. Como lisboeta - não fui à tropa e não sou o Nuno Rogeiro, por isso é a única patente que posso usar - devo relembrar Otelo que pode contar com as mesmas G3 e Chaimites usadas há 30 anos, com a manutenção possível. Relembro que a gasolina para as Chaimites está mais cara e que provavelmente os militares teriam de ir de 46 ou o 32 ou o 36 e depois apanhar o elevador de Santa Justa para chegar ao quartel do Carmo, o que dado acções da parte de guerrilheiros perigosos - ver deputados, troika - será improvável conseguirem chegar lá em tempo útil. Depois, a censura já não tem uma sede, está em todas as empresas e em todos nós, não é um chip mas está ligado à conta bancária e auto-nivela-se: quando temos pouco dinheiro calamo-nos, quando temos muito a censura desaparece. É linear.
Depois de tudo isto, tirando ser meio parvo, relembro ainda que as consequências ao nível musical seriam desastrosas: Não temos Faustos, Sergios Godinhos ou Adrianos Correias de Oliveiras em potencial para explorar e ainda temos de nos avir com subprodutos actuais, que em muito me fazem ter saudades do tempo da outra senhora. Por isso, vamos lá largar as G3 e ver se não falhamos a hora do anti-histamínico.
Depois de tudo isto, tirando ser meio parvo, relembro ainda que as consequências ao nível musical seriam desastrosas: Não temos Faustos, Sergios Godinhos ou Adrianos Correias de Oliveiras em potencial para explorar e ainda temos de nos avir com subprodutos actuais, que em muito me fazem ter saudades do tempo da outra senhora. Por isso, vamos lá largar as G3 e ver se não falhamos a hora do anti-histamínico.
terça-feira, novembro 08, 2011
Doutros tempos
Banda sonora para o Metropolis onde estou a dever uma excursão indutrial-retro sem direito a guarda-roupa especial.
segunda-feira, novembro 07, 2011
Oslo
Oslo a discoteca, não a cidade nórdica. Apesar dos espelhos e luzes, aqui o PIB é o mais baixo do país e só encontramos dois grupos sócio-económicos: as putas e os universitários.
A ambos reservam-se os espaços onde a imperial é barata, o copo de plástico e a entrada gratuita.
A ambos reservam-se os espaços onde a imperial é barata, o copo de plástico e a entrada gratuita.
sexta-feira, novembro 04, 2011
A sociedade fascina-me
O pessoal conservador defende a família mas não os abortos. Os bloquistas defendem os abortos e a família são os amigos. O pessoal conservador defende diz que os bloquistas não ligam à família mas as empresas fascistas querem que os empregados as tratem como sendo amigos ou melhor família e façam umas borlas. Os bloquistas ajudam os amigos mas uma empresa nunca é amiga à partida. Os bloquistas defendem a solidariedade os fascistas a esmola. Os bloquistas recusam-se a trabalhar de borla, os fascistas dizem que eles não querem trabalhar. Os fascistas acham que se resolve tudo com mais trabalho os bloquistas com mais dinheiro. Os bloquistas são fascistas. Os fascistas são fascistas.
Noite em Lisboa
quinta-feira, novembro 03, 2011
quarta-feira, novembro 02, 2011
O dilúvio, curta infantil
De lá, olhou para Alcântara, viu as águas a subir, o vento a passar nas chaminés a uivar o magnificat de Bach deus não precisava de ditar mais nada: procurou uma osga e outra, um pardal e outro, um casal de caracóis, um de pombos, ratos gaivotas baratas carochos corvos cães gatos hamsters e lagartixas a mulher descrente desceu o escadote bambo e zarpou, cacilheiro. Tejo abaixo Noé o limpa chaminés, sem factura é mais barato.
À barra interpelou-o uma tágide das finanças que lhe penhorou os corvos e retirou a carta de marear.
À barra interpelou-o uma tágide das finanças que lhe penhorou os corvos e retirou a carta de marear.
terça-feira, novembro 01, 2011
pequena quadra fora de horas e do formato
Mesmo aquela chuva mais miudinha
Quase não chegando a ser orvalho
Ajudou-me com espantosa destreza
No que foi um espalho do caralho.
Agora vou descansar e queixar-me para o candeeiro, que esse é que me ouve as lamurias e troca dicas com a almofada.
Quase não chegando a ser orvalho
Ajudou-me com espantosa destreza
No que foi um espalho do caralho.
Agora vou descansar e queixar-me para o candeeiro, que esse é que me ouve as lamurias e troca dicas com a almofada.
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